domingo, 31 de agosto de 2014

O MUNDO MATERIAL - Refletindo...

   O Mundo Material

Nós seres humanos, nascidos e vividos essencialmente no século XX, fomos educados por uma geração de pais distantes de uma educação voltada para o afeto, mas sim voltadas para as conquistas do TER. 

Obviamente que não culpa individual sobre esse distanciamento das coisas do coração, pois que os mesmos foram também educados rigidamente por seus pais para TER e não para SER.

Na primeira metade do século XX sofreram muitas privações no pós guerra, não só do ponto de vista emocional, mas também do ponto de vista material. Esse cenário cultural motivou a busca constante pelo TER e justifica esse comportamento materialista que se verifica ainda hoje, fortemente presente nas coisas da matéria. 

Essa é a geração dos nossos avós, de nossos pais que mergulharam fortemente na construção das cosias materiais, e se esqueceram de amar, e se amaram, esqueceram de demonstrar.

Diante desse cenário posturas e noções culturais vão se desenvolvendo levando as pessoas encarnadas a adotarem uma postura de supervalorização do mundo material e corporais, como sendo a única realidade.

Durante as Reuniões Mediúnicas, ao doutrinarmos entidades já desencarnadas, percebemos claramente que esse domínio materialista é tão forte sobre suas crenças, que os espíritos acabam por desperdiçar todo o seu tempo no mundo espiritual em busca das coisas materiais que saciam desejos ainda enraizados no seu Perispírito, de coisas vividas na Terra quando ainda estavam no corpo. 

Estão tão ligados à matéria que muitas vezes não percebem nem mesmo que já desencarnaram há tempos.

 É preciso trabalhar nessas entidades a necessidade de se colocarem frente ao espelho de sua vida, para que possam despertar para a mudança de pensamento, de comportamento, sobretudo, para que percebam que os sentimentos que nutrem, não pertencem à vida espiritual plena, mas sim, à vida terrena, e que se acometeu quando ainda estavam encarnados.

É indispensável o despertar dessas entidades desencarnadas para o auto-amor, de forma que, passem a não aceitar a condição de ainda errantes na vida espiritual, vivendo de restos de energias daqueles a quem consegue obsidiar, quando poderiam seguir o caminho de luz, de amor, com a espiritualidade Socorrista que está ali lhes dando a oportunidade de aprender a transformar esses sentimentos ruins em energia salutar, mudando a sua essência espiritual.

O materialismo traz como base afetiva o sentimento de segurança e bem estar. Porém, é preciso compreender que a segurança e o bem estar não estão na abundância das coisas materiais, mas sim, no que constitui o necessário e o indispensável, à sua vivência. Quando houver esse entendimento por parte da humanidade, com relação à vida material, o homem deixará de ter medo e de se sentir dependente das coisas do TER, pois que o apego reflete a dependência e a posse reflete no medo.

A vida é rígida pela Lei da Impermanência, e vai de encontro a tudo o que o materialismo propõe. Tudo é transformação e sempre está em crescimento na escalada da evolução. Hoje tudo se tem, amanhã tudo se vai.

Quando o homem compreender que não existe um corpo que se desenvolva sem a alma, e em contrapartida, nenhuma alma que evolua sem corpo, e a inda que a Terra é a escola que pode nos proporcionar um aprendizado constante no trabalho conjunto do corpo e da alma, cuja graduação se dará com o desenvolvimento do espírito nas diversas escalas espirituais, aí sim, o materialismo cairá sob um abismo de deixará de ocupar um lugar de extrema importância para a humanidade.

Dentre as disciplinas a serem estudas e desenvolvidas nesse caminho de evolução espiritual, estão as questões dos valores morais, mudanças de hábitos, autoconhecimento, coragem para mudar, projetos enobrecedores de benefícios mútuos, enfim, trilhar um caminho de luz, edificante no bem e no amor, e sobretudo, comprometido com a superação da rotina materialista que a vida terrena nos impõe.


Vida e Paz!

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