O Mundo Material
Nós seres humanos, nascidos e
vividos essencialmente no século XX, fomos educados por uma geração de pais
distantes de uma educação voltada para o afeto, mas sim voltadas para as
conquistas do TER.
Obviamente que não
culpa individual sobre esse distanciamento das coisas do coração, pois que os
mesmos foram também educados rigidamente por seus pais para TER e não para SER.
Na primeira metade do século XX
sofreram muitas privações no pós guerra, não só do ponto de vista emocional,
mas também do ponto de vista material. Esse cenário cultural motivou a busca
constante pelo TER e justifica esse comportamento materialista que se verifica
ainda hoje, fortemente presente nas coisas da matéria.
Essa é a geração dos
nossos avós, de nossos pais que mergulharam fortemente na construção das cosias
materiais, e se esqueceram de amar, e se amaram, esqueceram de demonstrar.
Diante desse cenário posturas e
noções culturais vão se desenvolvendo levando as pessoas encarnadas a adotarem
uma postura de supervalorização do mundo material e corporais, como sendo a
única realidade.
Durante as Reuniões Mediúnicas,
ao doutrinarmos entidades já desencarnadas, percebemos claramente que esse
domínio materialista é tão forte sobre suas crenças, que os espíritos acabam
por desperdiçar todo o seu tempo no mundo espiritual em busca das coisas
materiais que saciam desejos ainda enraizados no seu Perispírito, de coisas
vividas na Terra quando ainda estavam no corpo.
Estão tão ligados à matéria que
muitas vezes não percebem nem mesmo que já desencarnaram há tempos.
É preciso
trabalhar nessas entidades a necessidade de se colocarem frente ao espelho de
sua vida, para que possam despertar para a mudança de pensamento, de
comportamento, sobretudo, para que percebam que os sentimentos que nutrem, não
pertencem à vida espiritual plena, mas sim, à vida terrena, e que se acometeu
quando ainda estavam encarnados.
É indispensável o despertar
dessas entidades desencarnadas para o auto-amor, de forma que, passem a não
aceitar a condição de ainda errantes na vida espiritual, vivendo de restos de
energias daqueles a quem consegue obsidiar, quando poderiam seguir o caminho de
luz, de amor, com a espiritualidade Socorrista que está ali lhes dando a
oportunidade de aprender a transformar esses sentimentos ruins em energia
salutar, mudando a sua essência espiritual.
O materialismo traz como base
afetiva o sentimento de segurança e bem estar. Porém, é preciso compreender que
a segurança e o bem estar não estão na abundância das coisas materiais, mas
sim, no que constitui o necessário e o indispensável, à sua vivência. Quando
houver esse entendimento por parte da humanidade, com relação à vida material,
o homem deixará de ter medo e de se sentir dependente das coisas do TER, pois
que o apego reflete a dependência e a posse reflete no medo.
A vida é rígida pela Lei da
Impermanência, e vai de encontro a tudo o que o materialismo propõe. Tudo é
transformação e sempre está em crescimento na escalada da evolução. Hoje tudo
se tem, amanhã tudo se vai.
Quando o homem compreender que
não existe um corpo que se desenvolva sem a alma, e em contrapartida, nenhuma
alma que evolua sem corpo, e a inda que a Terra é a escola que pode nos
proporcionar um aprendizado constante no trabalho conjunto do corpo e da alma,
cuja graduação se dará com o desenvolvimento do espírito nas diversas escalas
espirituais, aí sim, o materialismo cairá sob um abismo de deixará de ocupar um
lugar de extrema importância para a humanidade.
Dentre as disciplinas a serem
estudas e desenvolvidas nesse caminho de evolução espiritual, estão as questões
dos valores morais, mudanças de hábitos, autoconhecimento, coragem para mudar,
projetos enobrecedores de benefícios mútuos, enfim, trilhar um caminho de luz,
edificante no bem e no amor, e sobretudo, comprometido com a superação da
rotina materialista que a vida terrena nos impõe.
Vida e Paz!
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