Dor
X Evolução
Cultuar a dor como meio puro e
simples de crescer e evoluir é um grave engano.
Deus nos fez perfeitos em sua
essência, para sermos felizes e não para sofrermos como condição de obtermos o
direito de evoluirmos na vida.
É preciso compreender que quando
nos deparamos de frente com os nossos defeitos e erros, sofremos, daí então,
vivemos a dor.
Muitas vezes, desejamos continuar
a agir como antes, porém, o crivo da nossa razão e consciência, ao cederem aos
apelos do bom senso, nos mostra que devemos mudar para agirmos dentro do que é
“certo” e não mais dentro do que simplesmente desejamos.
Importante esclarecer e compreender que o
certo está muito distante de ser o perfeccionismo de que tratamos no item
anterior, pois que o “certo” é o caminho a seguir e o objetivo é consequência
do bem que semeou. O perfeccionismo é o objetivo que se deseja atingir, as
vezes não importando nem os meios de que se utilizou para chegar a ele.
Diante desse processo de combate
constante ao que desejamos em prol do que se deve fazer, que então, sofremos e
vivemos na dor, que não é aqui exatamente a dor física, mas a dor mais profunda
do ser, a dor moral.
É preciso entender a dor como um
processo de reeducação do espírito, para que este possa libertar-se da dor.
Dentro desse propósito de
educação espiritual, que viabiliza o sentimento de bem estar físico e
espiritual, e permite o crescimento moral e espiritual do indivíduo.
É preciso está voltado para as
mazelas que os espíritos trazem consigo de vidas pretéritas, que se apresentam
destruindo não só os espíritos encarnados, mas sobremaneira, àqueles
desencarnados que são: o orgulho, a insensatez, a rebeldia, a hostilidade, o
desamor, o ódio, o desejo incessante de vingança, entre muitos outros.
O que educa o espírito é o
esforço que se tem que fazer para aprender o caminho do bem, do amor e da
verdade.
Não devemos mais nos permitir se
esconder em nossos próprios esconderijos mentais, par não toar contato com a
realidade pessoal, pois assim, criamos uma neura de virtudes, com hábitos e
condutas rígidas, de maneira que não conseguiremos associar nossas ações ao que
teorizamos, intensificando ainda mais os nossos conflitos e, por consequência,
a dor. Daí vem a culpa, a baixa estima e o medo constante de errar.
Ao culpar-se, deve-se rever a sua
conduta como meio de modificar-se; a baixa estima exige um olhar crítico para a
identificação de seus valores reais. O medo de errar reflete o medo do
desconhecido e o desapego dos padrões. Deve-se desenvolver o ser criativo que
todos têm dentro de si para que possa lidar com a própria sombra sem se punir
severamente mas, buscando o processo de mudança constante em prol da evolução
moral e espiritual.
Não é preciso se condenar, menos
ainda, se colocar na cruz do Cristo, como os homens de vidas pretéritas o
fizeram.
É preciso reconhecer os erros,
aceita-los como verdade do seu ser e, buscar ainda que seja pelo sofrimento e
pela dor, a humildade para corrigi-los. Eis uma atitude de auto-amor, cujo
propósito é lançar um olhar para si próprio.
Melhorar é transformar o negativo
em positivo; o mal no bem; o desamor em amor; e não apenas colocar de lado,
esquecer ou anular, o nosso lado ruim, a nossa sombra.
É indispensável ao processo
evolutivo, enfrentar as dores e os sofrimentos, aceitá-los como verdade e ter
humildade e coragem para modifica-los.
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