LIVRO PRIMEIRO
AS CAUSAS PRIMÁRIAS
CAPÍTULO III– CRIAÇÃO
I – Formação dos Mundos
(Da questão 37 à 42)
O Universo compreende a infinidade dos mundos que vemos e não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço e os fluidos que o preenchem.
O Universo não pode ter sido feito por si mesmo, e se existisse de toda a eternidade, como Deus, não poderia ser obra de Deus.
Comentário de Kardec: “A razão nos diz que o Universo não poderia fazer-se por si mesmo, e que, não podendo ser obra do acaso, deve ser obra de Deus.”
Deus criou o universo por sua Vontade. Nada exprime melhor essa vontade todo-poderosa do que estas belas palavras do Gênese: “Deus disse: Faça-se a luz, e a luz foi feita”.
Tudo o que se pode dizer, e que podeis compreender, a respeito do modo de formação dos mundos, é que os mundos se formam pela condensação da matéria espalhada no espaço.
Os cometas seriam, como agora se pensa, um começo de condensação da matéria, mundos em vias de formação; absurdo, porém, é acreditar na sua influência. Quero dizer, influência que vulgarmente lhe atribuem; porque todos os corpos celestes têm a sua parte de influência em certos fenômenos físicos.
Deus renova os mundos, como renova os seres vivos, portanto, é perfeitamente possível que um mundo completamente formado despareça, e a matéria que o compõe espalhar-se de novo no espaço.
Somente o Criador pode conhecer a duração da formação dos mundos; da Terra por exemplo; e bem louco seria quem pretendesse sabê-lo, ou conhecer o número de séculos dessa formação.
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