IV- Necessário e Supérfluo- LIVRO TERCEIRO - AS LEIS MORAIS - CAPÍTULO V- LEI DE CONSERVAÇÃO

LIVRO TERCEIRO
AS LEIS MORAIS
CAPÍTULO V- LEI DE CONSERVAÇÃO
IV- Necessário e Supérfluo
(Questão 715 a 717)

O homem sensato conhece o limite do necessário por intuição e muitos o conhecem à custa de suas próprias experiências.

A Natureza traçou o limite do necessário em nossa própria organização, mas o homem é insaciável. A Natureza traçou limites de suas necessidades na sua organização, mas os vícios alteraram a sua constituição e criaram para ele necessidades artificiais.

Aqueles que açambarcam os bens da Terra para se proporcionarem o supérfluo, em prejuízo dos que não têm sequer o necessário, desconhecem a lei de Deus e terão de responder pelas privações que ocasionarem.

 Comentário de Kardec: O limite entre o necessário e o supérfluo nada tem de absoluto. A civilização criou necessidades que não existem no estado de selvageria, e os Espíritos que ditaram esses preceitos não querem que o homem civilizado vivo como selvagem. Tudo é relativo e cabe à razão colocar cada coisa em seu lugar. A civilização desenvolve o senso moral e ao mesmo tempo o sentimento de caridade que leva os homens a se apoiarem mutuamente. Os que vivem à custa das privações alheias exploram os benefícios da civilização em proveito próprio; não têm de civilizados mais do que o verniz, como há pessoas que não possuem da religião mais do que a aparência.


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