CAPÍTULO IV
OS LAÇOS DE FAMÍLIA FORTALECIDOS PELA REENCARNAÇÃO E QUEBRADOS PELA UNICIDADE DA EXISTÊNCIA
“18. Os laços de família não são destruídos pela reencarnação, como pensam certas pessoas; ao contrário, eles são fortalecidos e se estreitam; é o princípio oposto que os destrói.” (Pg. 49).
1º) Os Espíritos formam, no espaço, grupos ou famílias unidos pela afeição, pela simpatia e semelhança de inclinações;
2º) A encarnação não os separa senão momentaneamente.
3º) Esses Espíritos felizes por estarem juntos, se procuram; depois de sua entrada na erraticidade, se reencontram como amigos ao retorno de uma viagem;
4º) Frequentemente, se seguem na encarnação, se reúnem em família ou num mesmo círculo, trabalhando em conjunto para o seu adiantamento.
5º) Os que se encontram desencarnados continuam unidos aos encarnados e velando pelos que estão cativos do corpo.
6º) Os mais avançados procuram sempre fazer progredir os mais retardatários;
7º) Após cada existência deram um passo a caminho da perfeição;
8º) Quanto menos ligado à matéria, mais viva é a sua afeição, por ser mais depurada, não perturbada pelo egoísmo, nem pelas nuvens das paixões;
9º) A única afeição real que sobrevive à destruição do corpo é a afeição de alma a alma (Afeições Espirituais), porque os seres que não se unem aqui neste mundo senão pelos sentidos, não tem nenhum motivo para se procurarem no mundo dos Espíritos; As afeições carnais se extinguem com a causa que a fez nascer, ou seja, com a morte física.
10º) A união e a afeição que existem entre os parentes são indício da simpatia anterior que os aproximou;
11º) Quando se fala de uma pessoa que não tem nada a ver com a família, Deus permite, nas famílias, essas encarnações de Espíritos antipáticos, com o duplo objetivo de servir de prova para alguns, e de meio de adiantamento para outros.
12º) A fusão entre diferentes categorias de Espíritos na Terra se estabelece pela fusão de espíritos não afins. Assim os maus se melhoram pouco a pouco ao contato com os bons e pelos cuidados que deles recebem; seu caráter se abranda, seus costumes se depuram e suas antipatias se apagam.
13º) O fato de um homem reencarnar sucessivas vezes na Terra, não significa que terá dez pais, dez mães ou filhos de outras vidas; porém, reencontrará sempre senão os mesmo objetos de sua afeição, que lhe foram ligados na Terra.
CONSEQUÊNCIAS DA DOUTRINA
1. DA NÃO REENCARNAÇÃO
· Não existe entre elas nenhuma laço anterior;
· São estranhas umas às outras, ou seja, o pai não conhece seu filho;
· A filiação das famílias está reduzida à filiação corporal, sem nenhum laço espiritual;
· O destino das almas é irrevogavelmente fixado após a sua única existência, cessando o progresso da humanidade; se viverem bem irão para a morada dos bem-aventurados e se mal irão para o inferno eterno, jamais se reencontrarão;
· Ruptura absoluta dos laços de família;
2. DA REENCARNAÇÃO
· Podem ter se conhecido, se amado, e se reunirão mais tarde para estreitar os laços de família;
· O progresso é consequência e todos aqueles que se amaram na Terra, se reencontraram sobre a Terra e no espaço, e gravitam juntos para chegar a Deus;
· Os que falham no caminho tardam seu adiantamento e sua felicidade, porém, poderão progredir com a ajuda dos que os amam;
· Há solidariedade perpétua entre os encarnados e os desencarnados
· Pluralidade das existências
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