domingo, 23 de novembro de 2014

IV-Caracteres do Homem de Bem- O Livro dos Espíritos, Allan Kardec-LIVRO TERCEIRO -CAPÍTULO XII -PERFEIÇÃO MORAL

LIVRO TERCEIRO
AS LEIS MORAIS
CAPÍTULO XII -  PERFEIÇÃO MORAL
IV- Caracteres do homem de bem

 (Questão 918)
Os sinais pelos quais se pode reconhecer no homem o progresso real que deve elevar o seu Espírito na hierarquia espírita, é p de que o Espírito prova a sua elevação aliando todos os atos da sua vida corpórea constituem a prática da lei de Deus e quando compreende por antecipação a vida espiritual.

Comentário de Kardec: O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e de caridade na sua mais completa pureza. Se interrogar sua consciência sobre os atos praticados, perguntará se não violou essa lei, se não cometeu nenhum mal, se fez todo o bem que podia, se ninguém teve de se queixar dele. Enfim, se fez para os outros tudo o que queria que lhe fizessem.

       O homem possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperança de recompensa, e sacrifica o seu interesse pela justiça.

       Ele é bom, humano e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem exceção de raças ou de crenças.

      Se Deus lhe deu o poder e a riqueza, olha essas coisas como um depósito do qual deve usar para o bem, e disso não se envaidece porque sabe que Deus, que lhes deu, também poderá retirá-los.

      Se a ordem social colocou homens sob sua dependência, trata-os com bondade e benevolência porque são seus iguais perante Deus; usa de sua autoridade para lhes erguer o moral e não para os esmagar com o seu orgulho.

      É indulgente para com as fraquezas dos outros porque sabe que ele mesmo tem necessidade de indulgência e se recorda destas palavras do Cristo: “Que aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra”.

      Não é vingativo: a exemplo de Jesus, perdoa as ofensas para não se lembrar senão dos benefícios, porque sabe que lhe será perdoado assim como tiver perdoado.

      Respeita, enfim, nos seus semelhantes, todos os direitos decorrentes da lei natural, como desejaria que respeitassem os seus.

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