segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A LUZ DA RAZÃO E O PODER DA FE - COMO EU ENTENDO O HOMEM NOVO - JOSÉ HERCULANO- COMO EU ENTENDO O HOMEM NOVO - JOSÉ HERCULANO PIRES - comentários Valentim Neto - 2014 PIRES

A LUZ DA RAZÃO E O PODER DA FÉ   


O conceito religioso da Fé como graça especial, concedida por Deus aos crentes de uma determinada religião, pertence ao passado. Esse conceito equivale a uma interpretação profundamente injusta da Justiça Divina. 

A Fé é um dom, sem dúvida, mas a doação de Deus é sempre universal, nunca se processa na medida estreita dos humanos.

Deus é o Criador e nós somos as suas criaturas. Isso quer dizer que Deus é Pai e nós somos os Seus filhos. 

Como poderia o Pai Supremo, que é fonte de todo o amor, de toda a misericórdia, conceder apenas a alguns dos Seus filhos o dom fundamental da Fé, sem o qual o humano não poderia se elevar a Ele?  

O novo conceito da Fé, estabelecido pelo Espiritismo, coloca o problema em termos claros e precisos.

A Fé, como dom natural, está presente no coração de todas as criaturas humanas. A semelhança do amor, que todos trazemos em gérmen dentro de nós, a Fé precisa germinar em nosso coração e ser cultivada por nós à luz da Razão. Assim, a Fé nos é dada como semente, mas temos de cultivá-la e desenvolvê-la. Nesse sentido, a Fé se torna uma conquista que temos de fazer na vida.

Todas as nossas faculdades não devem também ser cultivadas? A Fé é uma faculdade da alma, do Espírito, e cabe-nos desenvolvê-la em nós mesmos.  

Fé e Razão se ligam com o Sol e a Terra. A Razão é o sol espiritual que alumia o nosso entendimento, afugentando as trevas e o frio da ignorância e da superstição, para nos dar a luz da com- preensão e o calor da vida.

Um humano sem fé está morto em si mesmo, é o seu próprio sepulcro. Mas basta-lhe acender a luz da razão para libertar-se da morte e do túmulo, para ressuscitar como Lázaro ante a voz do Messias. 

O materialista, o ateu, o humano sem fé, na verdade confia em si mesmo, tem fé nas suas pró- prias forças. É como o peixe das profundezas, que sabe dominar a água, mas ainda não conhece a luz do sol. 

A fé humana que o sustenta nas lutas diárias da vida vai se abrir na fé divina que lhe mostrará o esplendor das estrelas. A luz da Razão, à semelhança da luz solar, fará germinar e crescer o poder da fé em seu coração. Ninguém se perde, ninguém está condenado para sempre. 

A Justiça de Deus se cumpre no íntimo de nós mesmos, porque Deus está em nós, presente em nós na misericórdia das suas leis.  

(Vou opinar:  
- Esse conceito equivale a uma interpretação profundamente injusta da Justiça Divina. 

No estágio evolutivo espiritual em que nos encontramos, de resgates e expiações, é natural a demonstração da nossa ‘cegueira’ frente aos valores espirituais. 

Se pensássemos bem na frase do Mestre: 
Aquele que quiser, pegue ‘sua’ cruz e siga-me! Entenderíamos facilmente a razão de estarmos ‘acomodados’, em acreditar que os ‘outros’ devem carregar a nossa cruz! Assim sendo, é muito ‘cômodo’ a- creditar que ‘Deus’ privilegiou uma comunidade, exatamente ‘aquela’ em que estou!...   

- O materialista, o ateu, o humano sem fé, na verdade confia em si mesmo, tem fé nas suas próprias forças.  

Devemos ter extremo cuidado com as palavras, elas podem ser entendidas ou mal entendidas dependendo apenas da disposição do ‘ouvinte’. 

As palavras ‘fé’, ‘esperança’, ‘crença’, ‘credo’, ‘acreditar’, ‘certeza’, ‘confiança’ etc., podem representar a ‘mesma’ coisa ou ‘outra’ coisa dependendo apenas do ‘humor’ do irmão. Paulo diz: 

Fé, esperança e caridade! Aqui a ‘fé’ aparenta ser a ‘fé raciocinada’, e a ‘esperança’ seria uma ‘confiança’ em Deus! Podemos fazer uma série de considerações pelas ‘palavras’, mas o importante é que, a ‘fé’ deve representar uma lúcida ‘confiança’ em si mesmo e em Deus!...)   

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