LIVRO
TERCEIRO
AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO
IX- LEI DE IGUALDADE
VII- Igualdade Perante o Túmulo
(Questão 823 a 824)
O desejo de perpetuar a própria memória
nos monumentos fúnebres está no derradeiro
ato de orgulho.
A suntuosidade dos monumentos fúnebres, na maioria
das vezes, determinada pelos parentes que desejam honrar a memória do falecido,
o fazem por orgulho deles, que querem honrar-se a
si mesmos. Oh! Sim, nem sempre é pelo morto que se fazem todas
essas demonstrações mas por amor-próprio, por consideração ao mundo como
para exibição de riqueza. Crês que a lembrança de um ser querido seja
menos durável no coração do pobre porque ele só pode colocar uma flor
sobre sua tumba? Crês que o mármore salva do esquecimento aquele que foi
inútil na Terra?
Não se trata de uma reprovação de maneira absoluta
as pompas fúnebres. Quando homenageiam a memória de um
homem de bem são justas e de bom exemplo.
Comentário de Kardec: A tumba é o lugar de encontro de todos os homens, nela se
findam impiedosamente todas as distinções humanas. É em vão que o rico tenta
perpetuar a sua memória por meio de faustosos monumentos. O tempo os destruirá,
como aos seus próprios corpos. Assim o quer a Natureza. A lembrança das suas
boas e más ações será menos perecível do que do seu túmulo. A pompa dos
funerais não o lavará de suas torpezas e não o fará subir sequer um degrau na
hierarquia espiritual.
(2) Há quem
estranhe a existência do túmulo de Allan Kardec no Cemitério de Père Lachaise,
em Paris, visitado pelos espíritas. Outros censuram a visita de espíritas
aos túmulos de parentes e amigos. Como se vê, são excessos de zelo que a
doutrina não endossa. O túmulo de Kardec, como disse o médium Francisco
Cândido Xavier, após visitá-lo- “É uma mensagem permanente de luz.”. Quanto aos
outros, veja-se o item 323. (N do T)
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