domingo, 19 de outubro de 2014

VII- Igualdade Perante o Túmulo- O Livro dos Espíritos, Allan Kardec -AS LEIS MORAIS CAPÍTULO IX- LEI DE IGUALDADE

LIVRO TERCEIRO
AS LEIS MORAIS
CAPÍTULO IX- LEI DE IGUALDADE
VII- Igualdade Perante o Túmulo
(Questão 823 a 824)

O desejo de perpetuar a própria memória nos monumentos fúnebres está no derradeiro ato de orgulho.

A suntuosidade dos monumentos fúnebres, na maioria das vezes, determinada pelos parentes que desejam honrar a memória do falecido, o fazem por orgulho deles, que querem honrar-se a si mesmos. Oh!  Sim, nem sempre é pelo morto que se fazem todas essas demonstrações mas por amor-próprio, por consideração ao mundo como para exibição de riqueza. Crês que a lembrança de um ser querido seja menos durável no coração do pobre porque ele só pode colocar uma flor sobre sua tumba? Crês que o mármore salva do esquecimento aquele que foi inútil na Terra?
      
Não se trata de uma reprovação de maneira absoluta as pompas fúnebres. Quando homenageiam a memória de um homem de bem são justas e de bom exemplo.

Comentário de Kardec: A tumba é o lugar de encontro de todos os homens, nela se findam impiedosamente todas as distinções humanas. É em vão que o rico tenta perpetuar a sua memória por meio de faustosos monumentos. O tempo os destruirá, como aos seus próprios corpos. Assim o quer a Natureza. A lembrança das suas boas e más ações será menos perecível do que do seu túmulo. A pompa dos funerais não o lavará de suas torpezas e não o fará subir sequer um degrau na hierarquia espiritual.  


(2) Há quem estranhe a existência do túmulo de Allan Kardec no Cemitério de Père Lachaise, em Paris, visitado pelos espíritas.  Outros censuram a visita de espíritas aos túmulos de parentes e amigos. Como se vê, são excessos de zelo que a doutrina não endossa. O túmulo de Kardec, como disse o médium Francisco Cândido Xavier, após visitá-lo- “É uma mensagem permanente de luz.”. Quanto aos outros, veja-se o item 323.  (N do T)

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