sexta-feira, 3 de outubro de 2014

II- Sucessão e Aperfeiçoamento das Raças- O Livro dos Espíritos de Allan Kardec - LIVRO TERCEIRO - AS LEIS MORAIS CAPÍTULO IV- LEI DA REPRODUÇÃO

LIVRO TERCEIRO
AS LEIS MORAIS
CAPÍTULO IV- LEI DA REPRODUÇÃO
II- Sucessão e Aperfeiçoamento das Raças
(Questão 686 a 687)
É verdade que há neste momento raças humanas que diminuem de forma evidente e que chegará um momento em que terão desaparecido da Terra; mas outras lhes tomarão o lugar, como outras tomarão o vosso, um dia.

Os homens de hoje são s descendentes aperfeiçoados dos seres primitivos, ou seja, são os mesmos espíritos que voltaram para se aperfeiçoarem em novos corpos, mas que ainda estão longe da perfeição.

Assim, a raça humana atual que, por seu crescimento, tende a invadir toda a Terra e substituir as raças que se extinguem, terá também o seu período de decrescimento e extinção.

Outras raças mais perfeitas a substituirão, descendendo da raça atual, como os homens civilizados de hoje descendem dos seres brutos e selvagens dos tempos primitivos.

Do ponto de vista puramente físico, os corpos da raça atual procedem dos corpos primitivos, por via de reprodução, porém a origem das raças se perde na noite dos tempos, mas como todos pertencem à grande família humana, qualquer que seja o tronco primitivo de cada uma, puderam mesclar-se e produzir novos tipos.

Do ponto de vista físico, o caráter distintivo e dominante das raças primitivas está no desenvolvimento da força bruta, em detrimento da intelectual. 

Atualmente dá-se o contrário: o homem faz mais pela inteligência do que pela força física, e no entanto faz cem vezes mais, porque colocou a seu serviço as forças da Natureza, o que não fazem os animais.

O aperfeiçoamento das raças animais e vegetais pela Ciência não é contrário à lei natural, pois que tudo se deve fazer para chegar à perfeição. O próprio homem é um instrumento de que Deus se serve para atingir os seus fins. Sendo a perfeição o alvo para que tende a Natureza, favorecer a sua conquista é corresponder àqueles fins.

Mas o homem é geralmente movido, nos seus esforços para o melhoramento das raças, apenas por interesse pessoal, que não tem outro objetivo senão o aumento de seu bem-estar; nesse caso, não importa que o seu mérito seja nulo, contanto que se faça o progresso. Compete a ele tornar meritório o seu trabalho, através da intenção. Ademais, por meio desse trabalho ele exercita e desenvolve sua inteligência e é sob esse aspecto que tira maior proveito.


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