LIVRO
TERCEIRO
AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO
IX- LEI DE IGUALDADE
VI- Igualdade de Direitos do Homem e da Mulher
(Questão 817 a 822)´
O homem e a mulher são iguais perante Deus e têm os
mesmos direitos.
Deus
deu a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir.
A inferioridade moral da mulher em certas regiões
procede do domínio injusto e cruel que o homem
exerceu sobre ela. Uma consequência das instituições sociais e do abuso da
força sobre a debilidade. Entre os homens pouco adiantados do ponto de
vista moral a força é o direito.
A mulher é fisicamente mais fraca do que o homem com
a finalidade de lhe assinalar funções particulares. O
homem se destina aos trabalhos rudes, por ser mais forte; a mulher aos
trabalhos suaves; e ambos a se ajudarem mutuamente nas provas de uma vida
cheia de amarguras.
A debilidade física da mulher a coloca naturalmente
na dependência do homem pois Deus
deu a força a uns para proteger o fraco e não para o escravizar.
Comentário de Kardec: Deus apropriou a organização de cada ser às funções que ele
deve desempenhar. Se deu menor força física à mulher, deu-lhe ao mesmo tempo
maior sensibilidade, em relação com a delicadeza das funções maternais e a
debilidade dos seres confiados aos seus cuidados.
As funções a que a mulher foi destinada pela
Natureza têm até mais importância quanto as conferidas ao homem; é ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.
Os homens, sendo iguais perante a lei de Deus, devem
sê-lo igualmente perante a lei humana pois este
é o primeiro princípio de justiça:
“Não
façais aos outros o que não quereis que os outros vos façam”.
De acordo com isso, para uma legislação ser
perfeitamente justa deve consagrar a igualdade de direitos entre o homem e
a mulher, porém de funções, não.
É necessário que cada um, tenha um lugar
determinado; que o homem se ocupe de fora e a mulher do lar, cada um
segundo a sua aptidão.
A lei humana, para ser justa, deve consagrar
a igualdade de direitos entre o homem e a mulher; todo privilégio
concedido a um ou a outro é contrário à justiça.
A emancipação
da mulher segue o progresso da civilização, sua escravização marcha com a barbárie.
Os sexos, aliás, só existem na organização física, pois os Espíritos podem
tomar um e outro não havendo diferenças entre eles a esse respeito. Por
conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos.
Há mais de
cem anos, este livro indicava a solução do problema feminino: igualdade de
direitos e diversidade de funções. Mando e mulher não são senhor e escrava, mas
companheiros que desempenham uma tarefa comum, com a mesma responsabilidade
pela sua realização. O feminismo adquire um novo aspecto à luz deste princípio.
A mulher não deve ser a imitadora e a competidora do homem, mas a sua
companheira de vida, ambos mutuamente se completando na manutenção do lar, que
é a célula básica da estrutura social (N do T)
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