LIVRO
TERCEIRO
AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO
IX- LEI DE IGUALDADE
II- Desigualdade de Aptidões
(Questão 804 a 805)
Deus
criou todos os Espíritos iguais, mas cada um deles viveu mais ou menos
tempo, e por conseguinte realizou mais ou menos aquisições; a diferença
está no grau de experiência e na vontade, que é o livre-arbítrio:
daí decorre que uns se aperfeiçoam mais rapidamente, o que explica o fato
de que os homens em geral não têm as mesmas aptidões, e sim, aptidões diversas.
A
mistura de aptidões é necessária a fim de que cada um possa contribuir
para os desígnios da Providência, nos limites do desenvolvimento de suas
forças físicas e intelectuais; o que tini não faz, o outro faz., e é
assim. que cada um tem a sua função útil. Além disso, todos os mundos
sendo solidários entre si, é necessário que os habitantes dos mundos
superiores, na sua maioria criados antes do vosso, venham habitar aqui
para vos dar exemplo.
Passando de um mundo superior para um inferior, o
Espírito conserva integralmente as faculdades adquiridas, pois que o Espírito que progrediu não regride mais. Ele pode escolher, no
estado de Espírito, um envoltório mais rude ou uma situação mais precária
que a anterior, mas sempre para lhe servir de lição e ajudá-lo a
progredir.
Comentário
de Kardec: Assim, a diversidade das aptidões do homem não se relaciona com
a natureza íntima de sua criação, mas com o grau de aperfeiçoamento a que ele
tenha chegado como Espírito. Deus não criou, portanto, a desigualdade das
faculdades, mas permitiu que os diferentes graus de desenvolvimento se
mantivessem em contato a fim de que os mais adiantados pudessem ajudar os mais
atrasados a progredir. E também a fim de que os homens, necessitando uns dos
outros, compreendam a lei de caridade que os deve unir.
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