LIVRO
TERCEIRO
AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO
VI- LEI DE DESTRUIÇÃO
III-
Guerras
(Questão 742 a 745)
A causa que leva o homem à guerra é a predominância da natureza animal sobre a espiritual e a
satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos só conhecem o
direito do mais forte, e é por isso que a guerra, para eles, é um estado
normal. A medida que o homem progride, ela se torna menos frequente,
porque ele evita as suas causas e, quando ela se faz necessária, ele sabe
adicionar-lhe humanidade.
A guerra desaparecerá um dia da face da Terra, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de
Deus. Então todos os povos serão irmãos.
O objetivo da Providência ao tornar a guerra
necessária é a liberdade e o progresso.
Se a guerra deve ter como efeito conduzir à
liberdade, o fato de ela ter geralmente por fim e por resultado a escravização momentânea se deve à explicação de que servirá para sovar os povos, a
fim de fazê-los andar mais depressa.
Aquele que suscita a guerra em seu proveito, esse é o verdadeiro culpado e necessitará de muitas
existências para expiar todos os assassínios de que foi causa, porque
responderá por cada homem cuja morte tenha causado para satisfazer a sua
ambição.
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