LIVRO
TERCEIRO
AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO
VI- LEI DE DESTRUIÇÃO
IV-
Assassínio
(Questão 746 a 751)
O assassínio é um crime aos olhos de Deus, um grande crime, pois aquele que tira a vida de um
semelhante interrompe uma vida de expiação ou de missão, e nisso
está o mal.
Não há sempre no assassínio o mesmo grau de
culpabilidade, pois que Deus é justo e julga mais a intenção
do que o fato.
Deus escusa o assassínio em caso de legítima defesa
pois só a necessidade o pode acusar; mas,
se pudermos preservar a nossa vida sem atentar contra a do agressor, é o
que devemos fazer.
O homem não é culpável pelos assassínios que comete
na guerra, quando é constrangido pela força; mas
é responsável pelas crueldades que comete. Assim, também o seu sentimento de
humanidade será levado em conta.
Tanto o parricídio ou o infanticídio são igualmente
culpáveis aos olhos de Deus, porque todo o crime é crime.
Entre certos povos, já adiantados do ponto de vista
intelectual, o infanticídio é um costume e consagrado pela legislação, porém o desenvolvimento intelectual não acarreta a necessidade do bem; o Espírito
de inteligência superior pode ser mau; é aquele que muito viveu sem se
melhorar: ele o sabe.
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