LIVRO
PRIMEIRO
AS
CAUSAS PRIMÁRIAS
CAPÍTULO
III– CRIAÇÃO
V – Pluralidade dos Mundos
(Questões 55 à 58)
Todos os globos que circulam no espaço são habitados e
o homem terreno está bem longe de ser, como acredita, o primeiro em
inteligência, bondade e perfeição.
Há,
entretanto, homens que se julgam espíritos fortes e imaginam que só este
pequeno globo tem o privilégio de ser habitado por seres racionais. Orgulho e
vaidade! Creem que Deus criou o Universo somente para eles.
Comentário
de Kardec: “Deus
povoou os mundos de seres vivos, e todos concorrem para o objetivo final da
Providência. Acreditar que os seres vivos estejam limitados apenas ao ponto que
habitamos no Universo seria pôr em dúvida a sabedoria de Deus, que nada fez de
inútil e deve ter destinado esses mundos a um fim mais sério do que o de
alegrar os nossos olhos. Nada, aliás, nem na posição, no volume ou na
constituição física da Terra, pode razoavelmente levar-nos à suposição de que
tenha o privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de mundos
semelhantes.”
A constituição física dos diferentes globos não é a mesma;
eles absolutamente não se assemelham. Em virtude disso, os seres que os habitam têm organização diferente, assim, como
entre vós os peixes são feitos para viver na água e os pássaros, no ar.
Considerando que todos os seres vivam de maneira diferente dos seres
humanos, com órgãos não semelhantes aos dos homens, não se pode deixar de
acreditar que não haja outras fontes de luz e de calor, além
do Sol. Não tendes em conta a eletricidade, que em certos mundos desempenha um
papel desconhecido para vós e bem mais importante que o que lhe cabe na Terra? Não se pode supor que os mundos mais distanciados do Sol são privados
de luz e calor, de vez que o Sol lhes aparece apenas como uma estrela, sabendo
que os seres vivos são diferenciados uns dos outros.
Comentário
de Kardec:
“As condições de existência dos seres nos diferentes mundos devem ser
apropriadas ao meio em que têm de viver. Se nunca tivéssemos visto peixes, não
compreenderíamos como alguns seres pudessem viver na água. O mesmo acontece com
outros mundos, que sem dúvida contêm elementos para nós desconhecidos. Não
vemos na Terra as longas noites polares iluminadas pela eletricidade das
auroras boreais? Que haveria de impossível para a eletricidade ser mais
abundante que na Terra, desempenhando um papel geral cujos efeitos podemos
compreender? Esses mundos podem conter em si mesmos as fontes de luz e calor
necessárias aos seus habitantes.”
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