sábado, 12 de julho de 2014

V- Pluralidade dos Mundos, O Livro dos Espíritos, Allan Kardec - LIVRO PRIMEIRO - CAPÍTULO III: CRIAÇÃO,

LIVRO PRIMEIRO
AS CAUSAS PRIMÁRIAS
CAPÍTULO III– CRIAÇÃO
V – Pluralidade dos Mundos
(Questões 55 à 58)
Todos os globos que circulam no espaço são habitados e o homem terreno está bem longe de ser, como acredita, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição.

Há, entretanto, homens que se julgam espíritos fortes e imaginam que só este pequeno globo tem o privilégio de ser habitado por seres racionais. Orgulho e vaidade! Creem que Deus criou o Universo somente para eles.

Comentário de Kardec:Deus povoou os mundos de seres vivos, e todos concorrem para o objetivo final da Providência. Acreditar que os seres vivos estejam limitados apenas ao ponto que habitamos no Universo seria pôr em dúvida a sabedoria de Deus, que nada fez de inútil e deve ter destinado esses mundos a um fim mais sério do que o de alegrar os nossos olhos. Nada, aliás, nem na posição, no volume ou na constituição física da Terra, pode razoavelmente levar-nos à suposição de que tenha o privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de mundos semelhantes.”

A constituição física dos diferentes globos não é a mesma; eles absolutamente não se assemelham. Em virtude disso, os seres que os habitam têm organização diferente, assim, como entre vós os peixes são feitos para viver na água e os pássaros, no ar.

Considerando que todos os seres vivam de maneira diferente dos seres humanos, com órgãos não semelhantes aos dos homens, não se pode deixar de acreditar que não haja outras fontes de luz e de calor, além do Sol. Não tendes em conta a eletricidade, que em certos mundos desempenha um papel desconhecido para vós e bem mais importante que o que lhe cabe na Terra?  Não se pode supor que os mundos mais distanciados do Sol são privados de luz e calor, de vez que o Sol lhes aparece apenas como uma estrela, sabendo que os seres vivos são diferenciados uns dos outros.

Comentário de Kardec:As condições de existência dos seres nos diferentes mundos devem ser apropriadas ao meio em que têm de viver. Se nunca tivéssemos visto peixes, não compreenderíamos como alguns seres pudessem viver na água. O mesmo acontece com outros mundos, que sem dúvida contêm elementos para nós desconhecidos. Não vemos na Terra as longas noites polares iluminadas pela eletricidade das auroras boreais? Que haveria de impossível para a eletricidade ser mais abundante que na Terra, desempenhando um papel geral cujos efeitos podemos compreender? Esses mundos podem conter em si mesmos as fontes de luz e calor necessárias aos seus habitantes.”


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