FILME " MINHA VIDA EM OUTRA VIDA"
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Mistérios do edifício Joelma - O FILME
Mistérios do edifício Joelma
By Alan Silva
Dia 1º de fevereiro de 1974, aproximadamente 8:50 da manhã, um funcionário escuta um ruído de vidro rompendo proveniente do 12º andar, foi verificar e constatou que um aparelho de Ar condicionado estava queimando, correu para desligar a energia no quadro de luz porém ao voltar encontrou fogo seguindo pela fiação exposta na parede, as cortinas se incendiaram e o incêndio começou a se propagar pelas placas altamente combustíveis do forro, correu para pegar um extintor mas ao voltar o fogo já havia se alastrado de forma que ficou impossível adentrar na sala devido a quantidade de fumaça, ele então subiu até o 13º andar para alertar os ocupantes mas ao tentar voltar encontrou muita fumaça e calor.
A partir daí o incêndio se alastrou sem controle algum, o funcionário então fez varias corridas de elevadores enquanto a atmosfera permitiu, salvando varias pessoas, porém, em uma tentativa de tentar salvar mais vidas, morreu no 20º andar devido as condições ruins.
O saldo desta tragédia foi de 300 feridos e 179 mortos.
De todas as vítimas as que mais se destacaram foram 13 pessoas que tentaram escapar por um elevador sem sucesso e acabaram morrendo carbonizadas em seu interior, devido ao estado dos corpos não foi possível fazer a identificação uma vez que naquela época não existia a análise de DNA, as vítimas foram então enterradas lado a lado no cemitério São Pedro na Vila Alpina SP.
Os corpos originaram o mistério das 13 almas, e a elas são atribuídos milagres. Muitas pessoas acreditam que os espíritos das pessoas mortas no incêndio vagueiam pelo prédio até hoje, o local atrai centenas de curiosos, principalmente as segundas feiras, dia das almas.
Ao lado da sepultura das 13 almas, hoje existe uma capela. Algumas pessoas que visitam o local contam que em certos momentos ouvem- se sons de pessoas chorando, e quando vão verificar de onde vem, descobrem que o som está saindo da tumba dos 13 corpos das vítimas do incêndio, sendo que o som dos choros só para quando colocam água sobre a sepultura.
Mas este é somente um dos inúmeros mistérios que rondam a tragédia do edifício Joelma.
Em um escritório de advocacia alugado, pouco tempo após a reinauguração, uma assistente ficou até mais tarde para organizar documentos deixados no final do expediente. Como já era tarde da noite, e devido a existência de muitas salas ainda vazias e sem utilização, o prédio mantinha um silêncio sombrio e assustador.
Isso em conjunto com as lembranças do incêndio que ocorreu no passado produzia a atmosfera mais assustadora possível. Em certo momento, a assistente ouviu um barulho na antessala do escritório similar ao de uma porta sendo aberta, quando foi olhar, a assistente encontrou a porta fechada como estava antes. Ela então imaginou que fosse outra porta em outra sala do mesmo andar que havia gerado o ruído.
Instantes depois ela ouviu o ruído de porta se abrindo novamente, quando se voltou, viu um vulto de uma mulher passando pela antessala, ela então se assustou dando um alto grito, foi observar o local e não havia ninguém além dela. Rapidamente, pegou suas coisas e saiu do escritório, quando foi trancar a porta, novamente viu o vulto de uma mulher no fundo do corredor, desaparecendo em seguida.
A assistente rapidamente deixou o edifício e pouco tempo depois se demitiu já que havia necessidade dela ficar até mais tarde mais algumas vezes e claro que ela não queria encontrar aquele vulto novamente.
Mas este não é um caso isolado, veja abaixo o relato de um motorista que fazia entregas no edifício. “Havia chegado com minha perua Kombi no subsolo do Edifício “Praça da Bandeira”, para entrega de algumas encomendas, isso aproximadamente às 20h00min’. Estacionei como de costume, sendo que meu ajudante retirou as encomendas da perua para entregá-las no local solicitado. Permaneci então ali dentro da perua sozinho, aguardando o retorno do ajudante para irmos embora.
Algum tempo depois, como que por espanto, vi surgir no fundo do estacionamento uma mulher vestida toda de branco, sendo que ela veio se deslocando em direção à minha perua. Nesse momento notei que ela não estava caminhando, e sim flutuando a alguns centímetros do chão, indo em direção à outra parede do estacionamento, desaparecendo em seguida.
Saí então da perua e subi até o andar onde estava meu ajudante, e contei para ele o que havia acontecido, saindo em seguida rapidamente do edifício. Hoje evito de todas as maneiras fazer entregas à noite naquele local”.
A professora Volquimar Carvalho dos Santos, 21 anos, trabalhava no setor de processamento de dados de um banco que funcionava no 23º andar do Edifico Joelma. Ela era funcionária da empresa havia um ano e meio. O irmão dela, Álvaro, trabalhava no 10º andar do mesmo prédio.
A família de Volquimar é espírita. Ao ser dado o aviso de incêndio, Volquimar e outras quatro companheiras tentaram fugir pela escada, mas quase foram atropeladas pelos funcionários desesperados que tentavam se salvar. Elas correram para a cobertura do prédio, mas acabaram morrendo por asfixia.
Álvaro, irmão de Volquimar, sobreviveu ao incêndio. Álvaro localizou o corpo da irmã no IML horas depois do incêndio ter terminado.
Meses depois, Volquimar enviou uma mensagem psicografada para a mãe através do médium Chico Xavier. Na mensagem ela contava como tinha sido os seus últimos minutos de vida. Em 1979, a história de Volquimar se transformou no filme “Joelma, 23º andar”.
O roteiro é baseado nas cartas psicografadas por Chico Xavier que estão no livro “Somos Seis”. Fatos estranhos ocorreram durante as filmagens deste filme, como ruídos estranhos no local onde não havia ninguém, refletores que eram “derrubados” embora estivessem bem fixados, sendo um dos fatos mais incríveis, foi a imagem de uma “pessoa” que não estava nas filmagens ao lado dos personagens em uma das cenas, indicando nitidamente ser um dos possíveis “Fantasmas do Edifício Joelma”. Mas “Joelma” guarda muito mais mistérios do que você pode imaginar, inclusive antes mesmo de sua construção.
Talvez a tragédia ocorrida no edifício, pode ter tido influência de algo ocorrido. Em 23 de novembro de 1948, depois de várias denuncias do estranho desaparecimento de mulheres em uma casa na rua Santo Antonio, no Bexiga. O químico e professor Paulo Ferreira de Camargo se suicida no exato momento em que a policia retirava do poço do seu quintal os corpos de sua mãe e suas duas irmãs, pessoas que ele mesmo havia matado 19 dias antes.
O “Crime do Poço” como ficou conhecido, foi uma vingança de Paulo contra sua família que não aceitava seu romance com uma enfermeira. Existiram muitas especulações, pois o suicida não deu nenhuma explicação.
Ao perceber a presença da polícia , se matou, deixando para sempre dúvidas e suposições das mais absurdas. Paulo era professor do Departamento de química da USP que naquela época se localizava na Alameda Glette “uma carreira brilhante interrompida de maneira estúpida”.
Após a retirada dos corpos das vítimas de dentro do poço um dos bombeiros morreu de “infecção cadavérica” o que sugere que foi mais uma vítima da maldição existente no local.
Obs.: Infecção Cadavérica: (Infecção cadavérica é uma infecção adquirida qdo em contacto com cadáveres, geralmente em necrotérios. O cadáver em decomposição é um depositório de bactérias e qdo entra em contacto com alguém sem luva, máscara, dá-se o contágio, provocando diversos tipos de infecções pelo corpo da vítima).
A casa onde ocorreu o crime ficou fechada até que foi comprada demolida e no terreno foi construído o Edifício Joelma Atual Praça das Bandeiras. Teria sido então essa tragédia causada por influência das mortes que ocorreram no local?
O fato é que até hoje pessoas relatam acontecimentos inexplicáveis que vão além da nossa imaginação. Mas se você tiver coragem, que tal pegar o primeiro ônibus com destino ao Centro de São Paulo e descobrir por conta própria?
“Deus não escolhe os capacitados. Êle capacita os escolhidos.”
SER, CRER e CRESCER - Elucidações para uma Vida Melhor - Artigo
Elucidações para uma Vida Melhor
Adésio Alves Machado
Ser
Dentro do contexto evolutivo onde se acha inserido, o Espírito espírita possui ao alcance três opções para chegar ao seu desiderato final - a perfeição espiritual, quais sejam: Ter, Não Ter e Ser.
Claro que as duas primeiras opções, e isto salta aos olhos de quem sabe o que é SER espírita, nada têm a haver com ele, porque a real necessidade dele é SER. Mas SER o quê? É isto que importa abordar na oportunidade.
Abraçamos uma doutrina de tríplice aspeto, cada um deles convergindo para o outro. São interagentes. Em essência, os três - Ciência, Filosofia e Religião - concitam para um único objetivo: o AMAR o próximo, em regime de reciprocidade, como único meio para SER feliz.
O Espiritismo é, pois, esta doutrina que revoluciona todos os conceitos vigentes em matéria de moralidade, realizando no âmago da criatura humana uma mudança que ela não logra deter, porque uma lei divina a impulsiona inexoravelmente objetivando a perfeição : a Lei do Progresso.
Além do mais, ele revive o Cristianismo na sua fase primeira, aquela sustentada a duras penas pelos Apóstolos de JESUS, principalmente após assumirem a Casa do Caminho.
O espírita há de SER aquele que tudo faz para viver a lei de amor, justiça e caridade, espelhando-se o mais possível nos conceitos crísticos, segundo os quais, com relação ao amor, afirma que em amar quem nos ama nenhuma vantagem existe. Nossa meta é amarmos até os inimigos.
Segundo a lei de justiça, haveremos de vivenciá-la fazendo aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem e, finalmente, a lei de caridade, a qual fica resumida na maneira como a entende JESUS: “Benevolência para com todos, indulgência às imperfeições alheias e perdão das ofensas” ( O Livro dos Espíritos perg. 886 ).
SER espírita, o que equivale a SER cristão, enfim, é:
- começar o seu dia na luz da oração, porque, ao procurarmos o amor do CRIADOR, pelo mecanismo da prece, estamos certos de que SEU amor por nós nunca falha;
- aceitar serenamente qualquer tipo de dificuldade, sem discussões nervosas, porque hoje é sempre o dia de se fazer o melhor que se pode;
- trabalhar com alegria, sabedor de que o trabalho é lei da vida, é benção que se não deve desperdiçar, porque “ o preguiçoso é um cadáver que pensa” , segundo André Luiz;
- fazer o bem que pode, sentindo-se feliz ao fazê-lo e pedindo a DEUS oportunidades de realizá-lo, todos os dias;
- saber aproveitar os minutos, porque tudo volta, menos a hora perdida;
- cultivar a disciplina, para não ser comparado ao carro sem freio numa ladeira;
- estimar a simplicidade, pelo fato de estar consciente de que “o luxo é o mausoléu dos que se avizinham da morte”, segundo André Luiz;
- viver a necessidade de perdoar, porque sabe que será perdoado como houver perdoado;
- usar de gentileza, mais ainda dentro de casa, agindo de modo especial com os parentes, do mesmo modo como age com as visitas;
- lutar por ser bom, sem SER displicente; generoso, sem SER perdulário; justo, mas não implacável; franco, mas não insolente; paciente, mas não irresponsável; tolerante, mas não indiferente; calmo, mas não sossegado em demasia; confiante; mas não fanático; diligente, mas não precipitado; enfim, SER espírita é, antes de tudo, procurar conhecer-se para se analisar, escolhendo posições de equilíbrio, porque este nunca é demais.
SER espírita é ajudar constantemente; é cumprir as obrigações; é amparar o enfermo; é perdoar sem condições; é compulsar os bons livros; é evitar acessos de cólera; é desenvolver simpatia pessoal; é cultivar entendimento; é habituar-se à meditação; é confiar na compaixão divina; ela que sabe como afastar as trevas da noite com a luz do sol, que oferece sempre oportunidade de recomeço e, ainda, sem que nós saibamos, de forma nítida e clara, vai-nos oferecendo as ensanchas de encontrarmos a nossa redenção espiritual pelos caminhos cheios de calhaus, como o é o do mundo de provas e expiações.
Não podemos acumular todas as condições de SER espírita aqui enunciadas, mas se já conseguimos algumas delas incorporar em nosso viver e conviver, podemos dar-nos por satisfeitos sem deixar, no entanto, de continuar na busca das demais.
Crer
Convidado a abraçar esta doutrina realmente libertadora, uma das primeiras necessidades do espírita é a aquisição da fé. Ele precisa CRER para que a sua transformação moral se faça de forma consciente, sem nenhum tipo de imposição.
Que seja um ato voluntário, espontâneo, fruto, deste modo, da sua capacidade de discernimento em cima dos postulados do Espiritismo.
Leva em consideração, aquele espírita que deseja CRER, como profundo conhecimento, o que se acha no frontispício do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, onde se lê: “Fé inabalável só o é aquela que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade”.
Perfeitamente compreensível é o fato de que a fé precisa assentar em base segura, base que é a inteligência a mais perfeita possível daquilo em que se deve CRER. E, se queremos CRER, não nos é suficiente ver; torna-se necessário, acima de tudo, compreender. E por uma razão muito simples: a fé imposta, cega, já não faz parte deste mundo, já existe uma reação natural contra “o crer ou morre”.
Esse tempo criou um grande número de incrédulos, porque pretendia impor-se, procurando abolir uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre arbítrio. O incrédulo não aceita mais este tipo de fé, de CRER.
Quer provas convincentes, a fim de que a criatura não alimente nenhuma dúvida, depois de CRER. Há, pois, de se buscar a fé raciocinada, porque ela se apoia em fatos e na lógica de tudo que afirma, nunca entrando em conflito com a Ciência, esta que tem derrubado muitos dogmas através dos tempos da predominância da fé cega.
A pessoa passa a CRER porque sabe, ama a DEUS porque sabe, aceita o próximo como irmão porque sabe, perdoa porque sabe, procura amar até o inimigo porque sabe e ninguém tem certeza senão porque compreendeu.
Tendo o Espiritismo para se apoiar, o espírita crê conscientemente que triunfará sobre a incredulidade, arrastando na sua retaguarda, pelo seu exemplo, outros tantos que buscarem a fé, o CRER baseado na razão.
O CRER alicerçado na lógica torna o homem capaz da execução não só das realizações materiais, mas sobretudo das morais, as quais se constituem na sua maior necessidade, haja vista as lições de JESUS, Seus exemplos, Sua vida de sacrifícios.
Nada pode conseguir quem duvida de si, quem não crê que é capaz.
Com o CRER fortalecido pela fé raciocinada, as montanhas de dificuldades serão transpostas, vencidos serão os preconceitos rotineiros, os interesses materiais, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas que são calhaus no caminho dos que trabalham pelo progresso da Humanidade.
O CRER com logicidade dá a perseverança, oferece a energia e os recursos que fazem sejam vencidos os obstáculos, assim nas pequenas tarefas como nas grandes.
O CRER hesitante, sem estudo, conduz à incerteza de que se aproveitam os adversários contumazes e gratuitos para semearem suas idéias divisionistas, destituídas de arrazoados lógicos.
O CRER é, antes de tudo, confiança que se tem na realização de algo que se almeja, é a certeza, a fé de lograr determinado fim.
O CRER oferece uma espécie de lucidez que permite se vislumbre, em pensamento, o fim que se colima e os meios a serem utilizados para alcançá-lo.
Porque o crê caminha com total segurança, faculta a calma, a paciência, a resignação e a fortaleza moral para que sejam executadas as grandes realizações.
Aquele que vacila no CRER percebe de imediato a sua própria fraqueza, sente-se tomado pelo desinteresse de prosseguir, queixa-se da sorte, percebe-se fraco e candidata-se ao fracasso retumbante.
Estejamos munidos do CRER espírita para nos candidatarmos aos grandes objetivos morais da vida, quando haveremos de nos vencer, porque vamos seguir as pegadas do Incomparável Mestre e Senhor JESUS, Aquele que soube CRER até os últimos instantes de Sua passagem pela Terra, pedindo a DEUS perdão para as nossas inferioridades e imperfeições.
Crescer
Costuma-se falar muito em crescimento, e é natural que assim seja, porque a nossa necessidade primeira consiste, em verdade, em crescermos moral e espiritualmente. Esse crescimento está sendo desenvolvido na área psicológica, tendo em vista a larga infância psíquica em que ainda estagia a nossa humanidade.
Sempre tivemos nossos anseios atendidos, nossas vontades respeitadas, imaturamente, na maioria das vezes, pelos que por nós se responsabilizaram. Acostumamo-nos e, desta forma, hoje encontramos sérias dificuldades para nos conduzir sozinhos, tomar decisões, viver com mais acertos do que desacertos.
Acalentamos dúvidas sempre que nos deparamos com situações em que devemos adotar este ou aquele procedimento. Nesses instantes procuramos transferir para os outros as soluções de nossos problemas.
Todavia, o CRESCER que desejamos aqui expor é, exatamente, o de que mais temos necessidade: o moral/espiritual, isto é, aquele que nos levará ao Reino de DEUS, porque queremos CRESCER com JESUS, ELE a nos servir de Modelo e Guia. É, pois, todo um CRESCER especial, bem diferente do que conceitua o mundo. Que meios, recursos, possuímos para CRESCER? A resposta é uma só: o conhecimento.
Espiritismo, acima de tudo, é conhecimento, recurso este que fará com que nos ajustemos à vida na sua expressão maior, aquela que engloba os dois planos existenciais - material e espiritual..
Haveremos de CRESCER apoiados nas três grandes áreas do conhecimento, elas que são a Ciência, a Filosofia e a Religião, sem que se choquem, se conflitem, pelo contrário, estabeleçam uma convivência harmoniosa, porque uma necessita da outra para sobreviver.
A Ciência e a Filosofia haverão de ser religiosas, assim como a Religião precisa ser científica e filosófica. As três se integram, interagem em perfeita sintonia, uma acompanhando a subida da outra. Apoiam-se porque derivam de DEUS, e DEUS quer o nosso melhor bem-estar. Compete- nos fazer esta descoberta.
O Espírito aqui reencarnado ainda se mostra instável, susceptível, medroso, ciumento, já que não superou a fase infantil, nela ainda habitando sob conflitos de várias etiologias. Busca amparo nas pessoas que considera fortes e eleitas como seus heróis ou seus superiores.
Os empreendimentos dessas pessoas são, para elas, sempre coroados de êxito. Desconhecem que elas também se sacrificam, travam lutas íntimas, têm que renunciar... Mas esta parte preferem ignorar, nela não acreditando, caso lhes seja revelada.
A imaturidade emocional que trazem os que buscam CRESCER leva-os à violência, à agressividade, decorrentes de caprichos com todas as características de infantilidade. Todos nascemos para a auto-realização, e fazemos parte de um grupo social no qual nos encontramos para servir e ser servido, procurando dar mais do que receber, caso já possuamos o conhecimento da realidade trazida por JESUS. I
Isto nos propiciará total segurança e disposição para o nosso CRESCER, que será sempre resultado da junção íntima existente entre ele - CRESCER - e os outros dois: SER e CRER, desde que saibamos estabelecer tal conexão, é óbvio.
Com raríssimas exceções, não se chega ao CRESCER sem partir dos erros, porque em todas as áreas do comportamento estão presentes a glória e o fracasso, como subprodutos do mesmo empreendimento. Para que atinjamos o CRESCER necessário é nos munirmos, acima de tudo, de perseverança, da repetição sem enfado, alijando as reclamações, queixas e cansaço.
Procuremos não complicar os mecanismos de defesa que todos nós trazemos internamente ao acionarmos novas tentativas de fugas psicológicas, tentativas onde paira de forma destacada a subestima pessoal e a desconsideração pelos nossos próprios valores.
A falta de amor a nós mesmos é causa de terríveis desajustes da alma, o que leva as esgotamento dessas forças inesgotáveis que estão ao alcance do nosso esforço pessoal.
Nosso sistema imunológico, sempre ao nosso dispor, malgrado não o acessemos sempre que necessário, por desconhecê-lo em essência, e também o trabalho de Carl Simonton com a sua psiconeuroimunologia, só é acionado pelo nosso SER, pelo nosso QUERER e pelo nosso CRESCER. Todo o nosso sucesso, portanto, no avanço evolucionista, depende única e exclusivamente de nós e de mais ninguém.
(Este artigo foi retirado do livro .... do mesmo autor, que pode ser adquirido através de seu e-mail ou pelos telefones ........)
Escritor, Orador e Radialista.
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FATAL ENCONTRO COM A LUZ - Artigo
FATAL ENCONTRO COM A LUZ
A maioria da humanidade terrena jaz distraída, jornadeando pelos
labirintos sombrios da vida material. Vive, em realidade, postergando o encontro fatal com uma fé religiosa racional, lúcida, convincente. Enquanto isso, vai preferindo as ilusões factíveis que são do agrado momentâneo somente do mundo físico e dos que a ele se mantêm enjaulados.
Acordar espiritualmente, para essa maioria dos humanos, é caminhar sobre calhaus onde espinhos lhes espetam a consciência, mesmo assim sem lograr que seus olhos vejam o que se faz necessário e urgente, pejados que estão pelo bafio das ilusões transitórias que satisfazem por momentos.
Não querem esses religiosos tristes e pessimistas, que apenas vivem
com a sua própria dor e a dos seus seguidores, empregar esforços no sentido de se apropriarem, através de uma visão atualizada, de princípios religiosos racionais embasados que se acham em estudos metódicos e persistentes, os quais abrangem tudo quanto lhes falta em matéria de solidificação e de maturidade do real senso religioso.
Tomada tal iniciativa, melhor poderão, iluminando-se a si mesmos, esclarecer os seus seguidores. Esse religiosos "acomodados acomodadores" na visão de Joanna de Ângelis, costumam mostrar-se diante dos que lhes seguem os passos com promessas falaciosas onde sobressai o simplismo na "crença em Jesus" para que o ser humano possa "salvar-se", pois que Ele carrega todas as faltas e problemas dos que nEle acreditam e O aceitam.
É a propagação da lei do menor esforço. "Se Jesus pode assumir os meus problemas, por que iria eu carregá-los?" - deve ser o pensamento inicial dos baldos da verdadeira fé, aquela que é estruturada na razão. Desta forma, os "religiosos" pouco ou quase nada vão exigindo dos seus seguidores em matéria de transformação dos princípios educativos norteadores, não incentivam o amor pelo próximo, o prazer que é trabalhar no e pelo Bem dos demais irmãos em humanidade, indiscriminadamente.
Convivem assim com a punição do céu para os "pecadores" e a "morte" imposta por um impiedoso Deus, Aquele da época de Abraão e de Moisés.
Estivessem em suas épocas, até que se poderia dar-lhes uma certa razão, mas estamos no 3º milênio, em pleno século XXI, quando estão sendo atingidos os corações e as mentes pelas ternas e sublimes palavras de Jesus, sempre nos convidando à vivência do amor recíproco, entre todos.
Mostrou Jesus um Pai, não algo ou alguém que, para ser amado, tivesse, antes de ser temido pela Sua capacidade de punir severamente aquele que não Lhe fizesse a vontade.
Não obstante tantas informações enganosas distribuídas às pessoas
naquela época recuada, havia o conforto da difusão da imortalidade da da esperança aos que ainda se encontravam nos alicerces dos ventres generosos do amor.
Hoje, no entanto, abomina-se a ideia da reencarnação e, com isso, as mentes se desarvoram em busca de soluções cabíveis para os seus problemas, suas lutas, suas dores físicas e/ou morais.
Uma verdade precisa ser repetida: ninguém ficará totalmente e para sempre divorciado da estrutura da vida do espírito porque temos um compromisso com a Consciência Espiritual, e e Ela somente chegaremos através do conhecimento encontrado na literatura religiosa espírita.
Fatos inevitáveis estão ocorrendo na vida da criatura, cuja finalidade é despertar-lhe a realidade espiritual, por mais ela teime em se mostrar distraída. Ela é forçada à necessidade da fé religiosa como suporte de segurança, sem a qual as suas aflições se tornam acerbas e insuportáveis. É a dor que passa a fazer o que o amor não conseguiu.
Algumas pessoas, nesses instantes, ainda buscam uma saída para não encontrar a Luz. costumando fugir pelos mecanismos depressivos ou alucinantes das drogas, simplesmente por teimosia.
É, em verdade, uma relutância que leva o ser a se submeter aos impositivos transformadores de conduta e modo de viver, que uma nova vida solicita.
Toda alegria derivada dos sentidos se mostra breve, enquanto as que são decorrentes dos hábitos saudáveis e das ações enobrecidas têm sabor de perenidade. Estas, destaquemos, só podem ser detonadas pela pessoa caso ela baseie seus pensamentos e idéias no Evangelho de Jesus e Sua vivência.
Ignoram os indivíduos adormecidos que as mais doridas aflições
derivam do arrependimento quanto ao tempo perdido na malversação das horas, nos abusos vividos de forma desregrada e nos compromissos não cumpridos.
Possuidores que são do conhecimento, os Nobres Espíritos, mostraram, ao trazerem à Terra a Luz Imarcescível do Espiritismo, que Ela haveria de nos iluminar, não abruptamente, porque encegueceria ou fanatizaria, mas sim de forma gradual, tocando-nos suavemente a fim de que nos adaptássemos ao seu fulgor.
Não seria pedagógico, como igualmente não o seria caso a Luz rasgasse as trevas íntimas do homem, fazendo-o sofrer em vez de torná-lo feliz, pois a quase totalidade vive atormentada pela consciência de culpa de seus erros transatos.
"O bem aturde o mal qual ocorre com a labareda que aquece e também queima", adverte Joanna de Ângelis, mostrando o estado
espiritual infantil em que estagia a humanidade e os infantis religiosos. Inevitável o enfrentamento dos frívolos e distraídos com a Luz, abrindo espaço para que se instale em seu interior a convicção da vida imortal e como a ela chegar pelos caminhos não mais da dor, mas do amor.
ADÉSIO ALVES MACHADO
Escritor, Orador e Radialista.
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O DEFICIENTE - Artigo publicado em 24/10/2003
O Deficiente
Doenças Congênitas, Monstros e Prodígios
Adauto Reami
Nenhum pai ou mãe deseja ou aceita com normalidade filhos com defeito congênito. Deve ser um dos momentos mais difíceis para o médico ou equipe hospitalar, quando precisa comunicar a família que o bebê não saiu de acordo com os projetos sonhados.
Para tais situações se faz necessário adotar-se uma generosa postura de aceitação fundamentadas no amor que Jesus nos ensinou.
Se a sociedade ainda alimenta preconceitos raciais de cor e contra a pobreza, podemos fazer ideia de como está marcada a história cultural das deficiências físicas que podem se manifestar até mesmo em alguém de nossa descendência.
Obstinados pelo preconceito, essas pessoas são vistas como híbridos animais e até algumas décadas atrás eram exibidas como aberração da natureza em atração circense. Doença congênita é muito terrível sim, mas nada que impossibilite essas pessoas de viverem plena e produtivamente.
São múltiplos e diferentes os casos da deficiência congênita que temos conhecimento na história da humanidade. Poderíamos começar lembrando a história do gigante caolho que Ulisses derrota na odisseia, poema épico de Homero, é uma deformação em que a criança nasce apenas com um olho, ciclopia; a Síndrome de Hurler, ou Gargulismo, deficiência genética no metabolismo de açucares que causa deformação facial, Gêmeos Siameses, (com duas cabeças no mesmo corpo), podemos incluir ainda a Síndrome de Down e os conhecidos casos de cérebro exposto, as más formações de mãos e pés, corpos humanos com cabeças de supostos animais etc...
Devido à falta de explicação para a origem de tantos defeitos, a ciência acabou colaborando com o desenvolvimento de crenças e mitos dos mais variados.
Mas graças aos avanços das pesquisas da genética molecular e o projeto Genoma Humano, muitos ou quase metade desses defeitos congênitos já tem explicação; e a outra parte seriam de causa desconhecida.
Cuidados básicos que a gestante deve ter, tais como não fumar, não beber, alimentar-se bem, fazer os exames pré-natais, etc, contribuem para a prevenção e diminuição de riscos, embora muitos dos casos de doença genética sejam casuais, independendo de fatores de risco.
Enquanto não possuímos os meios de diminuirmos esses casos, o que devemos fazer é levar a zero o preconceito com relação ao deficiente.
A questão 335 do Livro dos Espíritos diz que além do gênero de vida que lhe deve servir de prova, o espírito pode também escolher o corpo, porque as imperfeições deste corpo são para ele provas que ajudam o seu progresso, se vence os obstáculos que nele encontra. Mas a escolha não depende sempre dele. Quando o espírito é atrasado ou não tem aptidão para fazer uma escolha com conhecimento de causa, Deus lhe impõe experiências como instrumento
de expiação. Os espíritos mais evoluídos fazem o próprio planejamento, conscientes de suas responsabilidades que lhe servirão de provação.
Consultas: REVISTA SUPER INTERESSANTE Agosto/ 2000
(Artigo originalmente publicado no Informativo Peixinho Vermelho n. 52 em 24/10/2003 e reproduzido com autorização do Centro Espírita Seareiros de Jesus)
domingo, 27 de julho de 2014
A MÁGOA - Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis
A Mágoa
À semelhança de ácido que corrói a superfície na qual se encontra, a mágoa desgasta, a pouco e pouco, as peças delicadas das engrenagens orgânicas do homem, destrambelhando-lhe os equipamentos muito delicados da organização psíquica.
A mágoa é conselheira impiedosa e artesã de males cujos efeitos são imprevisíveis.
Penetra no âmago do ser e envenena-o, impedindo-lhe o recebimento dos socorros do otimismo, da esperança e da boa vontade em relação aos fatores que o maceram.
Instalando-se, arma a sua vítima de impiedade e rancor, levando-a a atitudes desesperadas, desde que lhe satisfaça a programação vil.
Exala amargura e desconforto, expulsando as pessoas que intentam contribuir para a mudança de estado, graças às altas cargas vibratórias negativas, que exteriorizam mau humor e azedume.
Quem acumula mágoas, coleciona lixo mental.
Reage às tentativas de alojamento da mágoa nos teus sentimentos. Não estás no mundo por acaso; antes, com finalidades adredemente estabelecidas que deves atender.
Acompanha a marcha do Sol, e enriquece-te de luz, não mergulhando na sombra dos ressentimentos destrutivos.
Sorri ante o infortúnio, agradecendo a oportunidade de superá-lo através dos valores éticos e educativos que já possuis, poupando-te à consumpção de que é portadora a mágoa.
DOENÇAS - Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis
Doenças
Qualquer equipamento de uso, sofre os efeitos do tempo, o desgaste dos serviços, os desajustamentos, caminhando para a superação, o abandono...
O que hoje é de relevante importância, amanhã encontra-se ultrapassado e, assim, sucessivamente.
O corpo humano, da mesma forma, não pode permanecer indene às injunções naturais da sua aplicação e das finalidades a que se destina.
Elaborado pelos atos pretéritos, é resistente ou frágil, conforme o material com que foi constituído em razão dos valores pertinentes a cada ser. Muito justo, portanto, que enferme, se estropie, se desgaste e morra.
Transitório, em razão da própria junção, é, todavia, abençoado instrumento do progresso para o Espírito na sua marcha ascensional.
Chamado à reflexão, por esta ou aquela enfermidade, mantém-te sereno. Vitimado por uma ou outra mutilação, aprofunda o exame dos teus valores íntimos e busca retirar da experiência as vantagens indispensáveis.
Surpreendido pelos distúrbios da roupagem física ou da tecelagem no sistema eletrônico do psiquismo, tenta controlá-los e, mesmo lutando pela recuperação, mantém-te confiante.
Não te deixes sucumbir sob as injunções das doenças. Através da mente sã reconquistarás o equilíbrio da situação. E se fores atingido na área da razão, desde hoje entrega-te a Deus e confia n’Ele.
A doença faz parte do processo normal da vida como parcela integrante do fenômeno da saúde
Episódios Diários - Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis
Programa Evolutivo
O delinquente primário, diante das leis humanas, não raro, tem o direito de responder ao processo em clima de liberdade e, mesmo quando condenado, faz jus a vários recursos que lhe amenizam a pena.
O criminoso renitente, pela circunstância da conduta, encontra-se incurso nas penalidades severas e experimentará o isolamento em educandários de segurança, não fruindo de maior consideração...
Assim também ocorre com o Espírito.
Quando os seus erros e delitos são de pequena monta, reencarna-se sob provações reparadoras, enfrentando as disciplinas que o reeducarão, para depois gozar de paz e de liberdade.
Os calcetas e empedernidos, os refratários ao amor e os que se arrojaram aos despenhadeiros do suicídio, do homicídio, recomeçam, na Terra, encarcerados nas expiações lenificadoras...
A provação é oportunidade para o Espírito renovar-se. A expiação constitui-lhe corretivo severo.
Provado, o Espírito se sente estimulado a conquistas novas, enquanto resgata os débitos anteriores. Expiando, recupera-se e aprende, sem outra alternativa, enjaulado no processo de depuração. A provação é solicitada. A expiação é imposta.
Na primeira, há liberdade de ação; na segunda, desaparece a livre opção, ante o impositivo estabelecido.
Sob prova ou expiação, estás colocado no dispositivo da evolução de que necessitas e que é melhor para o teu progresso. Aplica a razão e o sentimento lúcidos nesse programa evolutivo e ergue-te, da posição em que te encontres, alcançando o triunfo da tua reencarnação.
PERTURBAÇÕES - Episódios Diários - Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis
Perturbações
Apesar de tuas boas disposições, surgem momentos em que estranhos estados d’alma assomam, perturbando-te a lucidez e o entusiasmo. Esses constituem desafios graves, que podem levar a imprevisíveis resultados negativos.
Surgem como depressão ou desinteresse, que deflui de uma observação infeliz, ou de uma palavra azeda, ou de uma discussão desgastante...
Há ocasiões em que se manifestam como nuvem obnubiladora do discernimento, insistente, que termina por gerar indisposição íntima, quando não leva a distonias e agressividade mais contundente.
Além dos fatores normais sociopsicológicos do relacionamento ou da emoção, originam-se na interferência psíquica de desencarnados que se comprazem em inquietar, inspirando desespero e conduzindo a estados afligentes...
Vivemos em quase permanente intercâmbio psíquico uns com os outros, no corpo físico e fora dele. Mentes disparam dardos contra outras, atingindo o alvo com pontaria segura e estabelecendo telefonia de comunicação perturbadora. Interrompe as telepatias deprimentes, sobrepondo a tua vontade e corrigindo a sintonia psíquica. Sai um pouco e respira ar puro.
Recorda os planos ideais que acalentas. Dialoga um pouco com alguém que te inspira simpatia. Ora, por alguns instantes. Estes expedientes expulsarão a onda de perturbação que te envolve e tornarás ao estado de tranqüilidade.
ALTERCAÇÃO - Episódios Diários - Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis
Altercação
Surge, inesperada, com ou sem motivo que a justifique.
Toma vulto e leva às mais cruéis conseqüências, se não é po liciada a tempo.
Tem início numa palavra destituída de maldade, num olhar de aparente reproche, numa negativa, ou simplesmente em nada...
A altercação é virose que contamina com facilidade. Perturba o discernimento, desarmoniza a emoção e deixa rastros significativos no comportamento alterado.
Os altercadores sempre encontram motivo para as suas discussões infrutíferas.
Desarmonizados em si mesmos, agradam-se quando ferem e encontram resposta para os duelos verbais que, não raro, levam a ações deploráveis.
A altercação é portadora de alta carga prejudicial de cólera, que atinge quem lhe tomba nas redes perversas e aquele com quem se debate.
Provocado, e convidado diretamente à altercação, desvia o assunto ou desvia-te do agressor. Ele talvez “nada tenha a perder”, conforme alguns apregoam no auge da discussão.
Tu tens a paz que deves preservar, o bem-estar que não podes tisnar com a perturbação e os sagrados compromissos com a vida.
Não te detenhas, nunca, em altercação, porquanto, todos aqueles que se permitem induzir, deixam-na arranhados, quando não saem vítimas de sutis mutilações emocionais ou orgânicas, graças aos golpes que sofrem.
ARTE DE OUVIR -Episódios Diários - Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis
Arte de Ouvir
Onde quer que te encontres, de uma ou de outra forma, despertarás o interesse de alguém.
Algumas pessoas poderão arrolar-te como antipático e até buscarão hostilizar-te. Outras se interessarão por saber quem és e o que fazes. Inúmeras, no entanto, te falarão, intentando um relacionamento fraterno.
Cada qual sintonizará contigo dentro do campo emocional em que estagia. Como há carência de amigos e abundância de problemas, as criaturas andam a cata de quem as ouça, ansiando por encontrar compreensão.
Em razão disso, todos falam, às vezes simultaneamente. Concede, a quem chega, a honra de o ouvir. Não te apresses em cumulá-lo de informações, talvez desinteressantes para ele.
Silencia e ouve.
Não aparentes saber tudo, estar por dentro de todos os acontecimentos. Nada mais desagradável e descortês do que a pessoa que toma a palavra de outrem e conclui-lhe a narração, nem sempre corretamente.
Sê gentil, facultando que o ansioso sintonize com a tua cordi alidade e descarregue a tensão, o sofrimento...
No momento próprio, fala, com naturalidade, sem a falsa postura de intocável ou sem problema.
A arte de ouvir é, também, a ciência de ajudar.
CALMA PARA O ÊXITO- Episódios Diários - Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis
Calma para o Êxito
Em todos os passos da vida, a calma é convidada a estar presente.
Aqui, é uma pessoa tresvariada, que te agride... Ali, é uma circunstância infeliz, que gera dificuldade... Acolá, é uma ameaça de insucesso na atividade programada... Adiante, é uma incompreensão urdindo males contra os teus esforços... É necessário ter calma sempre.
A calma é filha dileta da confiança em Deus e na Sua justiça, a expressar-se numa conduta reta que responde por uma atitude mental harmonizada. Quando não se age com incorreção, não há por que temer-se acontecimento infeliz.
A irritação, alma gêmea da instabilidade emocional, é respon- sável por danos, ainda não avaliados, na conduta moral e emocional da criatura.
A calma inspira a melhor maneira de agir e sabe aguardar o momento próprio para atuar, propiciando os meios para a ação correta. Não antecipa, nem retarda. Soluciona os desafios, beneficiando aqueles que se desequilibram e sofrem.
Preserva-te em calma, aconteça o que acontecer. Aprendendo a agir com amor e misericórdia em favor do outro, o teu próximo, ou da circunstância aziaga, possuirás a calma inspiradora da paz e do êxito.
DESCONFIANÇA- Episódios Diários - Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis
Desconfiança
Certamente, um coração que pulsa com equilíbrio é resultado de uma consciência pacificada. Para que tal ocorra é indispensável que o homem adquira a sabedoria da confiança.Graças a ela, goza de tranqüilidade íntima, agindo com inteireza moral e sem qualquer prevenção.
A confiança deflui de uma atitude sempre positiva em relação à vida, à criatura em si mesma e ao próximo. Educando-se a vontade e corrigindo-se a óptica para melhor observar os acontecimentos, logra-se adquirir a confiança pessoal que é uma forma de segurança de conduta, elegendo o que fazer, como realizá-lo e para que executá-lo.
A desconfiança grassa entre os homens com ou sem motivo que a justifique. Gera desconforto e mal-estar, armando indivíduos uns contra os outros, dando margem a suspeitas infundadas e a ódios que se instalam, prejudiciais.
Quem padece o mal da desconfiança, apresenta-se instável, arredio, caindo em alienações que estiolam a alegria de viver. Se alguém age mal em relação a ti, ele é quem deve estar inquieto.
Se outrem te prejudica, propositadamente, o drama deve ser dele. Em qualquer situação, espanca a desconfiança da tua agenda de atividade, permanecendo tranqüilo e feliz.
I- Considerações sobre a Pluralidade das Existêcias, O Livro dos Espíritos, Allan Kardec ,CAPÍTULO V: Considerações sobre a Pluralidade das Existências- LIVRO SEGUNDO
LIVRO
SEGUNDO
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO
V– CONSIDERAÇÕES SOBRE A PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS
I- Considerações sobre a Pluralidade das Existências
O dogma da
reencarnação, dizem algumas pessoas, não é novo e foi retirado de Pitágoras.
Mas jamais dissemos que a doutrina espírita fosse uma invenção moderna.
O
Espiritismo deve ter existido desde a origem dos tempos, pois decorre da
própria Natureza. Temos sempre procurado provar que se encontram os seus traços
desde a mais alta Antiguidade.
Pitágoras,
como se sabe, não é o criador do sistema de metempsicose, que tomou dos
filósofos indianos e dos meios egípcios, onde ela existia desde de épocas imemoriais.
A ideia da transmigração das almas era, portanto, uma crença comum, admitida
pelos homens mais eminentes. Por que maneira chegou até eles? Não sabemos. Mas,
seja como for, uma ideia não atravessa as idades e não é aceita pelas
inteligências mais adiantadas, se não tiver um aspecto sério.
A
antiguidade desta doutrina, portanto, em vez de ser uma objeção, devia ser
antes uma prova a seu favor. Há, porém, como igualmente se sabe, entre a
metempsicose dos antigos e a moderna doutrina da reencarnação, a grande
diferença de que os Espíritos rejeitam,
da maneira mais absoluta, a transmigração do homem nos animais e vice-versa.
Os Espíritos, ensinando o dogma da
pluralidade das existências corpóreas, renovam uma doutrina que nasceu nos
primeiros tempos do mundo, e que se conservou até os nossos dias, no pensamento
íntimo de muitas pessoas. Apresentam-na, porém, de um ponto de vista mais
racional, mais conforme às leis progressivas da natureza e mais em harmonia com
a sabedoria do Criador, ao despojá-la de todos os acréscimos da superstição.
Uma circunstância digna de nota é que não foi
apenas neste livro que eles a ensinaram, nos últimos tempos: desde antes da sua
publicação, numerosas comunicações da mesma natureza foram obtidas, em diversas
regiões, e multiplicaram-se consideravelmente depois. Seria o caso, talvez, de
examinar-se por que todos os Espíritos não parecem de acordo sobre este ponto.
É o que faremos logo mais.
Examinemos
o assunto por outro ângulo, fazendo abstração da intervenção dos Espíritos.
Deixemo-los de lado por um instante. Suponhamos que esta teoria não foi dada
por eles; suponhamos mesmo que nunca se tenha cogitado disto com os Espíritos.
Coloquemo-nos
momentaneamente numa posição neutra, admitindo o mesmo grau de probabilidade
para uma hipótese e outra, a saber: a da pluralidade e a da unicidade das
existências corpóreas, e vejamos para que lado nos levam a razão e o nosso
próprio interesse.
Certas
pessoas repelem a ideia da reencarnação pelo único motivo de que ela não lhes
convém, dizendo que lhes basta uma existência e não desejam iniciar outra
semelhante. Conhecemos pessoas que, à simples ideia de voltar à Terra, ficam
enfurecidas. Só temos a lhes perguntar se Deus devia pedir-lhes conselho e
consultar os seus gostos, para ordenar o Universo. De duas uma: a reencarnação
existe ou não existe. Se existe, é inútil opor-se a ela, pois terão de
sofrê-la, sem que Deus lhes peça permissão para isso. Parece-nos ouvir um
doente dizer: — Já sofri hoje demais e não quero tornar a sofrer amanhã.
Qualquer que seja a sua má vontade, isso não o fará sofrer menos amanhã e nos
dias seguintes, até que consiga curar-se.
Da mesma
maneira, se essas pessoas devem reviver corporalmente, reviverão, tornarão a
reencarnar-se; perderão o tempo de protestar, como uma criança que não quer ir
à escola ou um condenado, à prisão, pois terão de passar por ela. Objeções
dessa espécie são demasiado pueris para merecerem exame mais sério. Diremos,
entretanto, a essas pessoas, para tranquilizá-las, que a doutrina espírita
sobre a reencarnação não é tão terrível como pensam, e que, se a estudassem a
fundo, não teriam do que se assustar. Saberiam que essa nova existência depende
delas mesmas: será feliz ou desgraçada, segundo o que tiverem feito neste
plano, e podem desde já elevar-se tão alto, que não mais deverão temer nova
queda no lodaçal.
Supomos
falar a pessoas que acreditam num futuro qualquer após a morte, e não às que só
têm o nada como perspectiva, ou que desejam mergulhar a sua alma no Todo
Universal, sem conservar a individualidade, como as gotas de chuva no oceano, o
que vem a ser mais ou menos a mesma coisa. Se acreditais num futuro qualquer,
por certo não admitireis que ele seja o mesmo para todos, pois qual seria a
utilidade do bem? Por que reprimir-se, por que não satisfazer a todas as
paixões, a todos os desejos, mesmo à custa dos outros, pois que isso não teria consequência?
Acreditais,
pelo contrário, que esse futuro será mais ou menos feliz ou desgraçado, segundo
o que tivermos feito durante a vida; e tereis o desejo de que seja o mais feliz
possível, pois que deverá durar pela eternidade? Teríeis, por acaso, a
pretensão de ser uma das criaturas mais perfeitas que já passaram pela Terra,
tendo, assim, o direito imediato à felicidade dos eleitos? Não. Admitis, então,
que há criaturas que valem mais do que vós e têm direito a uma situação melhor,
sem por isso vos considerardes entre os réprobos.
Pois bem,
colocai-vos por um instante, pelo pensamento, nessa situação intermediária, que
será a vossa, como o admitis, e suponde que alguém venha dizer-vos: — “Sofreis,
não sois tão felizes como poderíeis ser, enquanto tendes diante de vós os que
gozam de uma felicidade perfeita; quereis trocar a vossa posição com a deles?”
— “Sem dúvida!”, responderíeis, “mas o que devo fazer?” — “Quase nada:
recomeçar o que fizestes mal e tratar de fazê-lo melhor.” — Hesitaríeis em
aceitar, mesmo que fosse ao preço de muitas existências de provas?
Façamos
uma comparação mais prosaica. Se a um homem que, sem estar na miséria extrema,
passa pelas privações decorrentes da sua precariedade de recursos viessem
dizer: — “Eis uma imensa fortuna, que podereis gozar, sendo, porém, necessário
trabalhar rudemente durante um minuto” —; fosse ele o maior preguiçoso da
terra, e diria sem hesitar: — “Trabalhemos um minuto, dois minutos, uma hora,
um dia, se for preciso! O que será isso, para acabar a minha vida na abundância?”
Ora, o que é a duração da vida corporal, em relação à da eternidade? Menos que
um minuto, menos que um segundo.
Ouvimos algumas vezes este raciocínio: Deus, que é soberanamente bom, não pode
impor ao homem o reinicio de uma série de misérias e tribulações. Acharão, por
acaso, que há mais bondade em condenar o homem a um sofrimento perpétuo, por
alguns momentos de erro, do que em lhe conceder os meios de reparar as suas
faltas? Dois fabricantes tinham, cada qual, um operário que podia aspirar a se
tornar sócio da firma. Ora, aconteceu que esses dois operários empregaram mal,
certa vez, o seu dia de trabalho e mereceram ser despedidos. Um dos fabricantes
despediu o seu empregado, apesar de suas súplicas, e este, não mais encontrando
emprego, morreu na miséria. O outro disse ao seu: — “Perdeste um dia e me deves
uma compensação; fizeste mal o trabalho e me deves a reparação; eu te permito
recomeçar; trata de fazê-lo bem, e eu te conservarei, e poderás continuar
aspirando à posição superior que te prometi”. Seria necessário perguntar qual
dos dois fabricantes foi mais humano? Deus, que é a própria clemência, seria
mais inexorável que um homem? O pensamento de que a nossa sorte está para
sempre fixada, em alguns anos de prova, ainda mesmo quando nem sempre
dependesse de nós atingir a perfeição sobre a Terra, tem qualquer coisa de
pungente, enquanto a ideia contrária é eminentemente consoladora, pois não nos
tira a esperança. Assim, sem nos pronunciarmos pró ou contra a pluralidade das
existências, sem admitir uma hipótese mais do que a outra, diremos que, se
pudéssemos escolher, ninguém preferiria um julgamento sem apelo.
Um filósofo disse que, se Deus não existisse,
seria necessário inventá-lo, para a felicidade do gênero humano; o mesmo se
poderia dizer da pluralidade das existências. Mas, como dissemos, Deus não pede
licença, não consulta as nossas preferências; as coisas são ou não são. Vejamos
de que lado estão as probabilidades, e tomemos o problema sob outro ponto de
vista, fazendo sempre abstração do ensinamento dos Espíritos e unicamente,
portanto, como estudo filosófico.
Se
não há reencarnação, não há mais do que uma existência corporal, isso é
evidente. Se nossa existência corporal é a única, a alma de cada criatura foi
criada por ocasião do nascimento, a menos que admitamos a anterioridade da
alma. Mas neste caso perguntaríamos o que era a alma antes do nascimento, e se
o seu estado não constituiria uma existência, sob qualquer forma. Não há, pois,
meio-termo: ou a alma existia ou não existia antes do corpo. Se ela existia,
qual era a sua situação? Tinha ou não consciência de si mesma? Se não a tinha,
era mais ou menos como se não existisse; se tinha, sua individualidade era
progressiva ou estacionária. Num e noutro caso, qual a sua situação ao chegar
ao corpo? Admitindo, de acordo com a crença vulgar, que a alma nasce com o
corpo ou, o que dá no mesmo, que antes da encarnação só tinha faculdades
negativas, formulamos as seguintes questões:
l. Por que a alma revela aptidões tão diversas e independentes das ideias
adquiridas pela educação?
2. De
onde vem a aptidão extranormal de algumas crianças de pouca idade para esta ou
aquela ciência, enquanto outras permanecem inferiores ou medíocres por toda a
vida?
3. De
onde vêm, para uns, as ideias inatas ou intuitivas, que não existem para
outros?
4. de
onde vêm, para certas crianças, os impulsos precoces de vícios ou virtudes,
esses inatos de dignidade ou de baixeza, que contrastam com o meio em que
nasceram?
5.
Por que alguns homens, independentemente da educação, são mais adiantados que
os outros?
6.
Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomarmos uma criança hotentote,
de peito, e a educarmos, enviando-a depois aos mais renomados liceus, faremos
dela um Laplace ou um Newton?
Admitamos, ao contrário, uma sucessão de existências anteriores e progressivas,
e tudo se explicará. Os homens trazem, ao nascer, a intuição do que já haviam
adquirido. São mais ou menos adiantados, segundo o número de existências por
que passaram ou conforme estejam mais ou menos distanciados do ponto de
partida: precisamente como, numa reunião de pessoas de todas as idades, cada
uma terá um desenvolvimento de acordo com os números de anos vividos. Para a
vida da alma, as existências sucessivas serão o que os anos são para a vida do
corpo. Reuni um dia mil indivíduos de um, até oitenta anos; suponde que um véu
tenha sido lançado sobre todos os dias anteriores, e que, na vossa ignorância,
julgais todos eles nascidos no mesmo dia: perguntaríeis, naturalmente, por que
uns são grandes e outros pequenos, uns velhos e outros jovens, uns instruídos e
outros ainda ignorantes. Mas, se a nuvem que vos oculta o passado for afastada,
se compreenderdes que todos viveram por mais ou menos tempo, tudo estará
explicado.
Deus,
na sua justiça, não podia ter criado almas mais perfeitas e outras menos
perfeitas, mas, com a pluralidade das existências, a desigualdade que vemos
nada tem de contrário à mais rigorosa equidade. É porque só vemos o presente e
não o passado, que não o compreendemos. Este raciocínio repousa sobre algum
sistema, alguma suposição gratuita? Não, pois partimos de um fato patente,
incontestável: a desigualdade de aptidões e do desenvolvimento intelectual e
moral. E verificamos que esse fato é inexplicável por todas as teorias
correntes, enquanto a explicação é simples, natural, lógica, por uma nova
teoria. Seria racional preferirmos aquela que nada explica à outra que tudo
explica?
No
tocante à sexta pergunta, dirão sem dúvida que o hotentote é uma raça inferior.
Então perguntaremos se o hotentote ó ou não humano. Se é humano, por que teria
Deus, a ele e a toda a sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça
caucásica? Se o não é, por que procurar fazê-lo cristão? A doutrina espírita é
mais ampla que tudo isso. Para ela, não há muitas espécies de homens, mas
apenas homens, seres humanos cujos espíritos são mais ou menos atrasados, mas
sempre suscetíveis de progredir. Isso não está mais conforme à justiça de Deus?
Vimos
a alma no seu passado e no seu presente. Se a considerarmos quanto ao futuro,
encontraremos as mesmas dificuldades.
1. Se a existência presente deve ser decisiva para a sorte futura, qual é, na
vida futura, respectivamente, a posição do selvagem e a do homem civilizado?
Estarão no mesmo nível ou estarão distanciados no tocante à felicidade eterna?
2. O homem que trabalhou toda a vida para melhorar-se estará no mesmo plano
daquele que permaneceu inferior, não por sua culpa, mas porque não teve o tempo
nem a possibilidade de melhorar?
3. O homem que praticou o mal, por não ter podido esclarecer-se, culpado por um
estado de coisas que dele em nada dependeu?
4. Trabalha-se para esclarecer os homens, para os moralizar e civilizar. Mas,
para um que se esclarece, há milhões que morrem cada dia antes que a luz
consiga atingi-los. Qual é a sorte destes? Serão tratados como réprobos? Caso
contrário, o que fizeram eles para merecerem estar no mesmo plano que os
outros?
5. Qual é a sorte das crianças que morrem em tenra idade, antes de poderem ter
feito o mal ou o bem? Se estiverem entre os eleitos, por que esse favor, sem
nada terem feito para o merecer? Por que privilégio foram elas subtraídas às
tribulações da vida?
Há uma doutrina que possa resolver essas questões? Admiti as existências
sucessivas, e tudo estará explicado de acordo com a justiça de Deus. Aquilo que
não pudermos fazer numa existência, faremos em outra. É assim que ninguém
escapa à lei do progresso. Cada um será recompensado segundo o seu verdadeiro
merecimento, e ninguém é excluído da felicidade suprema, a que pode aspirar,
sejam quais forem os obstáculos que encontre no seu caminho.
Essas questões poderiam ser multiplicadas ao infinito, porque os problemas
psicológicos e morais que não encontram solução, a não ser na pluralidade das
existências, são inumeráveis. Limitamo-nos apenas aos mais gerais. Seja como
for, talvez se diga que a doutrina da reencarnação não é admitida na Igreja;
isto seria, portanto, a subversão da religião.
Nosso
objetivo não é, no momento, tratar desta questão, bastando-nos haver
demonstrado que ela é eminentemente moral e racional. Ora, o que é moral e racional
não pode ser contrário a uma religião que proclame Deus como a bondade e a
razão por excelência. O que teria acontecido à religião se, contra a opinião
universal e o testemunho da Ciência, tivesse resistido à evidência e expulsado
de seu seio quem não acreditasse no movimento do sol e nos seis dias da
criação? Que crédito mereceria e que autoridade teria, entre os povos
esclarecidos, uma religião baseada nos erros evidentes, oferecidos como artigos
de fé? Quando a evidência foi demonstrada, a Igreja sabiamente se alinhou ao
seu lado. Se está provado que existem coisas que seriam impossíveis sem a
reencarnação, se certos pontos do dogma não podem ser explicados senão por este
meio, será necessário admiti-la e reconhecer que o antagonismo entre essa doutrina
e os dogmas é apenas aparente.
Mais tarde mostraremos que a religião talvez
esteja menos afastada desta doutrina do que se pensa, e que ela não sofreria
mais, ao admiti-la, do que com a descoberta do movimento da Terra e dos
períodos geológicos, que a princípio pareciam opor um desmentido aos textos
sagrados. O princípio da reencarnação ressalta, aliás, de muitas passagens das
Escrituras, encontrando-se especialmente formulado, de maneira explícita, no
Evangelho:
— “Descendo eles da montanha (após a transfiguração), Jesus lhe: preceituou,
dizendo: — Não digais a ninguém o que vistes, até que o Filho do Homem
seja ressuscitado de entre os mortos. Seus discípulos então o interrogaram,
e lhe disseram:
— Por que dizem então os escribas que é necessário que
Elias venha primeiro? E Jesus, respondendo, lhes disse: — Em verdade,
Elias virá primeiro e restabelecerá todas as coisas. Mas eu vos declaro
que Elias já veio, e eles não o conheceram, antes o fizeram sofre, tudo
quanto quiseram. Assim também eles farão morrerão Filho do Homem. Então entenderam
os discípulos que era de João Batista que ele lhes havia falado. “
(São Mateus, cap. XVII.)
Ora, se João Batista era Elias, houve então a reencarnação do Espírito ou da
alma de Elias no corpo de João Batista.
Seja qual for, de resto, a opinião que se tenha sobre a reencarnação, que a
aceitem ou não, ninguém a ela escapará por causa da crença em contrário. O
ponto essencial é que se apoia na imortalidade da alma, nas penas e recompensas
futuras, no livre-arbítrio do homem, na moral do Cristo, e, portanto, não é antirreligioso.
Raciocinamos, como dissemos, fazendo abstração de todo o ensinamento espírita,
que, para certas pessoas, não tem autoridade. Se, como tantos outros, adotamos
a opinião referente à pluralidade das existências, não é somente porque ela
veio dos Espíritos, mas porque nos parece a mais lógica e a única que resolve
as questões até então insolúveis. Que ela nos viesse de um simples mortal, e a
adoraríamos da mesma maneira, não hesitando em renunciar às nossas próprias ideias.
Do mesmo modo, nós a teríamos repelido, embora
viesse dos Espíritos, se nos parecesse contrária à razão, como repelimos tantas
outras. Porque sabemos por experiência que não se deve aceitar de olhos
fechados tudo o que vem dos Espíritos, como aquilo que vem da parte dos homens.
Seu primeiro título aos nossos olhos é, e antes de tudo, o de se lógica.
Mas
ainda tem outro, que é o de ser confirmada pelos fatos: fato positivos e por
assim dizer materiais, que um estudo atento e raciocinado pode revelar a quem
se der ao trabalho de observá-los com paciência perseverança e diante dos quais
a dúvida não é mais possível. Quando esses fatos se popularizarem, como os da
formação e do movimento da Terra, ser necessário reconhecer a evidência, e os
seus opositores terão gasto em vão os argumentos contrários.
Reconhecemos, em resumo, que a doutrina da pluralidade das existências é a única
a explicar aquilo que, sem ela, é inexplicável. Que é eminentemente consoladora
e conforme à justiça mais rigorosa, sendo para o homem a tábua de salvação que
Deus lhe concedeu, na sua misericórdia.
As próprias palavras de Jesus não podiam deixar dúvida a respeito. Eis o que se
lê no Evangelho segundo São João, capítulo III:
“3. Jesus, respondendo a Nicodemos disse, — Em verdade, em verdade, te digo
que, se um homem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
“4. Nicodemos lhe disse: — Como pode um homem nascer, quando está velho?” Pode
ele entrar de novo no ventre de sua mãe e nascer uma segunda vez?
“5. Jesus respondeu:— Em verdade, em verdade, te digo que, se um homem não
nascer da água e do espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido
da carne é carne e o que é nascido do espírito é espírito. Não te maravilhes de
eu te haver dito: necessário vos é nascer de novo.” (Ver a seguir, o artigo
Ressurreição da carne, item 1010.)
Kardec não
se refere à doutrina da Sociedade Teosófica, que só foi fundada mais tarde, em
1875, mas à teosofia num sentido geral, como era então conhecida a palavra, ou
seja, uma forma de conhecimento intuitivo ou racional das coisas divinas. (N.do
T.)
A reencarnação
está hoje provada, através dos casos de lembranças de vidas anteriores em
crianças, de pesquisas hipnóticas de regressão da memória, de avisos mediúnicos
de renascimento com sinais e condições posteriormente verificados. Embora as
Ciências oficiais ainda relutem em aceitar essas provas, a Ciência Espírita as
considera válidas e espera para breve a sua aceitação oficial. (N. do T.)
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