10. Vivência
Habitualmente perdemos tempo em desgosto inútil, quando nos achamos em antagonismo com alguém ou vice-versa.
Entretanto, vejamos: os outros pensam segundo imaginam; falam o que melhor lhes parece; fazem o que lhes ocorre aos desejos; abraçam o que lhes agrada; adquirem o que estimam; valorizam o que mais amam; inclinam-se para aquilo que os atrai; vivem com quem mais se afinam; estão no caminho que escolheram; acham sempre o que procuram.
Isso, porém, não é novidade, porque todos nos padronizamos por diretrizes idênticas; agimos como somos e reagimos, conforme a própria vontade, na condução de nossos impulsos.
A novidade é reconhecer que os outros e nós teremos inevitavelmente aquilo que fizermos.
Alcançando a certeza disso, vale, acima de tudo, auxiliarmo-nos reciprocamente, sem queixas uns dos outros, de vez que nenhum de nós consegue aperfeiçoamento próprio senão à custa de numerosas experiências.
À frente da realidade, vivamos com as nossas lições, mantendo a consciência em paz, e deixemos aos outros o seu próprio dom de aprender e de viver.
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