A pessoa orgulhosa se coloca
em um pedestal simbólico, aos pés do qual as demais teriam o
dever de postar-se em reverência.
Há ricos, intelectuais e poderosos humildes, como há
pobres, iletrados e desprotegidos da sorte que se deixam
dominar pelo orgulho.
Esse defeito não é conseqüência do eventual destaque
que venhamos a ter, mas sim uma qualidade negativa que uns
cultivam e outros combatem em si próprios.
Voltaire comparava o orgulho a uma bola cheia de ar,
que vaza estrondosamente quando recebe uma espetada.
A humildade é a virtude contrária ao orgulho e traduz-se
em um dos mais importantes qualificativos dos seres
evoluídos.
Sócrates reconhecia suas limitações, Montaigne deu a
público as próprias contradições na busca pelo
autoconhecimento e Jesus Cristo, mesmo sendo o melhor dos
homens, não se sentiu diminuído ao lavar os pés dos próprios
discípulos.
Realmente, não há razão para o orgulho, apanágio de
quem pouco sabe de si próprio e de quem se julga
insubstituível, numa atitude de puro infantilismo ético-moral.
Autor: Luiz Guilherme Marques
Autor: Luiz Guilherme Marques
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