domingo, 1 de abril de 2018

O ORGULHO

O orgulho se traduz na ideia de que somos muito mais importantes do que os outros.

A pessoa orgulhosa se coloca em um pedestal simbólico, aos pés do qual as demais teriam o dever de postar-se em reverência. 

Há ricos, intelectuais e poderosos humildes, como há pobres, iletrados e desprotegidos da sorte que se deixam dominar pelo orgulho.

 Esse defeito não é conseqüência do eventual destaque que venhamos a ter, mas sim uma qualidade negativa que uns cultivam e outros combatem em si próprios. 

Voltaire comparava o orgulho a uma bola cheia de ar, que vaza estrondosamente quando recebe uma espetada. 

A humildade é a virtude contrária ao orgulho e traduz-se em um dos mais importantes qualificativos dos seres evoluídos. 

Sócrates reconhecia suas limitações, Montaigne deu a público as próprias contradições na busca pelo autoconhecimento e Jesus Cristo, mesmo sendo o melhor dos homens, não se sentiu diminuído ao lavar os pés dos próprios discípulos. 

Realmente, não há razão para o orgulho, apanágio de quem pouco sabe de si próprio e de quem se julga insubstituível, numa atitude de puro infantilismo ético-moral.

Autor: Luiz Guilherme Marques

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