quinta-feira, 26 de junho de 2014

Do Livro OS EXILADOS DA CAPELA - TRANSIÇÃO PLANETÁRIA - Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel

Do Livro: Os EXILADOS DA CAPELA

A promessa feita nos páramos etéreos da Capela estava, pois, cumprida:

144 Os EXILADOS DA CAPELA

Ele desceu, o Divino Senhor, ao seio ignaro e impuro da massa humana terrestre, para trazer o auxílio prometido, para redimir com sua presença, sua exemplificação e seus ensinamentos sublimes, as duas raças de homens, a da Capela e a da Terra que, no correr dos tempos, mesclaram, confraternizaram e partilharam os mesmos sofrimentos, angústias e esperanças. 
 
145 Os EXILADOS DA CAPELA XXII A PASSAGEM DO MILÊNIO

 Assim atingimos o último ciclo.  Dois mil anos são transcorridos, após o sublime avatar; entretanto, eis que a humanidade vive agora um novo período de ansiosa e dolorosa expectativa; mais que nunca, e justamente porque seu entendimento se alargou, crescendo sua responsabilidade, necessita ela de um Redentor.  Porque os ensinamentos maravilhosos do Messias de Deus foram, em grande parte, desprezados ou deturpados. 

O rumo tomado pelas sociedades humanas não é aquele que o Divino Pastor apontou ao rebanho bruto dos primeiros dias, aos Filhos da Promessa que desceram dos céus, e continua a apontar às gerações já mais esclarecidas e conscientes dos nossos tempos. 

Os homens se desviaram por maus caminhos e se perderam nas sombras da maldade e do crime.  Como da primeira vez, os degredados e seus descendentes deixaram-se corromper pelas paixões e foram dominados pelas tentações do mundo material.

 Sua inteligência, grandemente desenvolvida no transcorrer dos séculos, foi aplicada na conquista de bens perecíveis; os templos dos deuses da guerra, transferidos agora para as oficinas e as chancelarias, nunca mais, desde muito, se fecharam, e a violência e a corrupção dominam por toda a terra.

147 Edgard Armond
O amálgama das raças e sua espiritualização na unidade - que era a tarefa planetária dosExilados - não produziram os desejados efeitos, pois que parte da humanidade vive e se debate na voragem nefanda da morte, destruindo-se mutuamente, enquanto muitos dos Filhos da Terra ainda permanecem na mais lamentável barbárie e na ignorância de suas altas finalidades evolutivas.
Pode hoje o narrador repetir como antigamente:  - " e viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra..." (Gn, 6:5) 

Por isso, agora, ao nos avizinharmos do encerramento deste ciclo, nossos corações se confrangem e atemorizam: tememos o dia do novo juízo, quando o Cristo, sentado no seu trono de luzes, pedir-nos contas de nossos atos.  Porque está escrito, para se cumprir como tudo o mais se tem cumprido: - "O Filho do Homem será o juiz.
Pois, como “o Pai tem em si mesmo a vida, concede também ao Filho possuir a vida em si; igualmente deu-lhe o poder de julgar, porque é o Filho do Homem." (Jo, 5:22,26-27)

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Não virá Ele, é certo, conviver conosco novamente na Terra, como nos tempos apostólicos, mas, conforme estiver presente ou ausente em nossos corações, naquilo que ensinou e naquilo que, essencialmente, Ele mesmo é, a saber: sabedoria, amor e pureza-assim seremos nós apartados uns dos outros. 

Já dissemos e mostramos que, de tempos em tempos, periodicamente, a humanidade atinge um momento de depuração, que é sempre precedido de um expurgo planetário, para que dê um passo avante em sua rota evolutiva. 

Estamos, agora, vivendo novamente um período desses e, nos planos espirituais superiores, já se instala o divino tribunal; seu trabalho consiste na separação dos bons e dos maus, dos compatíveis e incompatíveis com as novas condições de vida que devem reinar na Terra futuramente. 

No Evangelho, como já dissemos, está claramente demonstrada pelo próprio Mestre a natureza do veredito:
Passarão para a direita os espíritos julgados merecedores de acesso, aqueles que, pelo seu próprio esforço, conseguiram a necessária transformação moral; os já então incapazes de ações criminosas conscientes; os que tiverem dominado os instintos da violência, pela paz; do egoísmo, pelo desprendimento; da ambição, pela renúncia; da sensualidade, pela pureza.

Todos aqueles, enfim, que possuírem em seus perispíritos a luminosidade reveladora da renovação, esses passarão para a direita; poderão fazer parte da nova humanidade redimida; habitarão o mundo purificado do Terceiro Milênio, onde imperarão novas leis, novos costumes, nova mentalidade social, e no qual os povos, pela sua elevada conduta moral, tornarão uma realidade viva os ensinamentos do Messias.

Quanto aos demais, aqueles para os quais as luzes da vida espiritual ainda não se acenderam, esses passarão para a esquerda, serão relegados a mundos inferiores, afins, onde viverão imersos em provas mais duras e acerbas, prosseguindo na expiação de seus erros, com os agravos da obstinação.

149 Edgard Armond

Todavia, a misericórdia, como sempre, os cobrirá, pois terão como tarefa redentora o auxílio e a orientação das humanidades retardadas desses mundos, com vistas ao apressamento de sua evolução coletiva. 

Então, como sucedeu com os Capelinos, em relação à Terra, assim sucederá com os terrícolas em relação aos orbes menos felizes, para onde forem degredados e, perante os quais como antigamente sucedeu, transformar-se-ão em Filhos de Deus, em anjos decaídos.

 E o Senhor disse: - "Em verdade, vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam." (Mt, 24:34)

Em sua linguagem sugestiva e alegórica referia-se o Mestre a esta geração terrena, formada por todas as raças, cuja evolução vem da noite dos tempos, nos períodos geológicos, alcança os nossos dias e prosseguirá pelo tempo adiante.

Não passará, quer dizer: não ascenderá na perfectibilidade, não habitará mundos melhores, não terá vida mais feliz, antes que redima os erros do pretérito e seja submetida ao selecionamento que se dará neste fim de ciclo que se aproxima.

Assim, o expurgo destes nossos tempos - que já está sendo iniciado nos planos etéreos-promoverá o alijamento de espíritos imperfeitos para outros mundos e, ao mesmo tempo, a imigração de espíritos de outros orbes para este.

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 Os que já estão vindo agora, formando uma geração de crianças tão diferentes de tudo quanto tínhamos visto até o presente, são espíritos que vão tomar parte nos últimos acontecimentos deste período de transição planetária, que antecederá a renovação em perspectiva; porém, os que vierem em seguida, serão já os da humanidade renovada, os futuros homens da intuição, formadores de nova raça - a sexta - que habitará o mundo do Terceiro Milênio

Já estão descendo à Terra os Espíritos Missionários, auxiliares do Divino Mestre, encarregados de orientar as massas e ampará-las nos tumultos e nos sofrimentos coletivos que vão entenebrecer a vida planetária nestes últimos dias do século.

Lemos no Evangelho e também ouvíamos, de há muito, a palavra dos Mensageiros do Senhor advertindo que os tempos se aproximavam e, caridosamente, aconselhando aos homens que se guardassem do mal, orando e vigiando, como recomendara o Mestre. 

Mas, agora, essas mesmas vozes nos dizem que os tempos já estão chegados, que o machado já está posto novamente à raiz das árvores e os fatos que se desenrolam perante nossos olhos estão de forma evidente, comprovando as advertências.  Estas, como também sucedeu nos tempos da Codificação, são uniformes nos seus termos em todos os lugares e ocasiões, demonstrando, assim, que há uma ordenação de caráter geral, vinda dos Planos Superiores, para a coordenação harmoniosa concordante dos acontecimentos planetários. 

Que ninguém, pois, permaneça indiferente a estes misericordiosos avisos, para que possa, enquanto ainda é tempo, engrossar as fileiras daqueles que, no próximo julgamento, serão dignos da graça e da felicidade da redenção.

151 Edgard Armond

O Sol entrará, agora, no signo de Aquário.  Este é um signo de luz e de espiritualidade e governará um mundo novo onde, como já dissemos, mais altos atributos morais caracterizarão o homem planetário; onde não haverá mais lugar para as imperfeições que ainda hoje nos dominam; onde somente viverão aqueles que forem dignos do título de Discípulos do Cristo em Espírito e Verdade

O novo ciclo - que se chamará o Reino do Evangelho

- será iniciado pelos homens da Sexta Raça e terminado pelos da Sétima, e em seu transcurso a Terra se transformará de mundo de expiação em mundo regenerado.

 Em grande maioria, julgamos, os atuais moradores da Terra não serão dignos de habitar esse mundo melhor, porque o nível médio da espiritualização planetária é ainda muito precário; todavia, nem por isso seremos privados, qualquer que seja a nossa sorte, dos benefícios da compaixão do Senhor e de Sua ajuda divina; e essa esperança nos levanta, ainda em tempo, para novas lutas, novas tentativas, novos esforços redentores. 

Cristo, essa luz que não pudemos ainda conquistar, representa para nossos espíritos retardados, um ideal humano a atingir, um arquétipo de sublimada expressão espiritual e seu Evangelho, de beleza ímpar e de sabedoria incomparável, uma meta a alcançar algum dia.  Por isso, no novo ciclo que se vai abrir, repetimos: um novo paraíso será perdido para muitos; novos Filhos de Deus mais uma vez acharão formosas as Filhas da Terra, tomá-las-ão para si e ouvirão novamente a palavra do Senhor, dizendo: "Frutificai e multiplicai e enchei a Terra." (Gn,1:22)

 E um pouco mais os sinais desse dia surgirão no mundo, não mais somente provocados pela Natureza, como no passado, mas pelo próprio homem, com a aplicação do próprio engenho, desvairado, para que, assim, a responsabilidade do espírito seja completa

O Evangelho foi ensinado para aplicação em todo um período de tempo e não para uma só época.  Por isso, o que o Mestre disse ontem é como se o dissesse hoje, porque, com ligeiras modificações, tão bem se aplica aos dias em que Ele viveu como aos que nós estamos vivendo.

Os cataclismos antigos eram necessários para o sofrimento coletivo tanto quanto os modernos, visto que o homem pouco coisa evoluiu em todo esse tempo, e o sofrimento continua sendo o elemento mais útil ao seu progresso espiritual.

O homem desviou-se de seus rumos, fugiu do aprisco acolhedor, entronizando a inteligência e desprezando os sentimentos do coração.

 A ciência produziu frutos em largas messes que, entretanto, têm sido amargos, não servindo para alimentar a alma, enobrecendo-a. 

Agora chegará o momento em que o coração dirá ao cérebro: "basta", e o homem, com base nas palavras do Messias, provará que somente o amor redime para a eternidade. 

Em tempos idos, de uma erupção espontânea de Júpiter ou da ruptura de um de seus setores, nasceu um cometa 46 que, pela sua aproximação da Terra, causou profundos...e Segundo dados da astronomia moderna, relativamente à formação de cometas, é improvável que os mesmos tenham se originado de uma erupção planetária; entretanto, a hipótese de que a Terra teria sido atingida por um cometa no final do Cretáceo, causando a extinção de muitas espécies, é sustentada por muitos cientistas. (Nota da Editora) 153 Edgard Armond impressionantes cataclismos.

Terras novas surgiram, mares e oceanos modificaram sua posição, dilúvios, terremotos, maremotos, descargas elétricas de tremendo poder destruidor, envenenamento da atmosfera, meteoritos, tudo desabou sobre o nosso torturado planeta, aterrorizando seus bárbaros e ignorantes habitantes. 

154 Os EXILADOS DA CAPELA

“Guerras e rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porque se levantará nação contra nação e reino contra reino e haverá fome, peste, e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores." (Mt, 24:6-8) - "E o Sol escurecerá e a Lua não dará o seu resplendor e as estrelas cairão do céu e as potências dos céus serão abaladas". (Mt, 24:29)

 E João, no seu Apocalipse, referindo-se aos mesmos cataclismos diz: - "E havendo aberto o 6º selo olhei e eis que houve um grande tremor de terra e o sol tornou-se negro como um saco de cilício e a lua tornou-se como sangue.  E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.  E o céu retirou-se como um livro que se enrola, e todos os montes e ilhas se moveram de seus lugares." (6:12-14)

 E no cap. 21: - "Eu vi um novo céu e uma nova Terra, porque o primeiro céu e a primeira Terra desapareceram, e o mar já não existia." 


Desde os tempos remotos de Israel, muito antes que o Cristo viesse mostrar aos homens o caminho reto da salvação, as vozes veneráveis e impressionantes dos profetas já alertavam os homens sobre os cataclismos do futuro.

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