O Livro dos
Espíritos, Allan Kardec, Tradução de José Herculano Pires.
O Problema Religioso
· O Livro dos Espíritos:
· De Natureza
Religiosa, Kardec o inicia com a definição de Deus. Mas o Deus espírita não é
antropomórfico, não é um ser constituído à imagem e semelhança do homem, como o
das religiões.
· Definição
Espírita: “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”
· Os atributos
de Deus não se confundem com os atributos humanos: Ele é Eterno, Imutável,
Imaterial, Único, Todo Poderoso, soberanamente Justo e Bom.
· Deus não se
confunde com o Universo uma vez que Ele é o Criador e o Mantenedor do Universo.
· Deus existe,
não o podeis duvidar, e isso é o essencial(crença). Deus como inteligência
suprema, é o que é, não comporta especulações ociosas, definições imaginosas.
· O homem deve
conter-se no limite de si mesmo, cuidar das suas imperfeições, melhorar-se.
Basta-lhe saber que Deus existe, e que é soberanamente justo e bom.
· Os Espíritos
confirmam o princípio de Descartes que dizia que Deus está na consciência do
homem como marca do obreiro na sua obra.
· Nada se pode
entender sem Deus. Ele é o centro e a razão de ser de tudo quanto existe. Tirar
Deus do universo é como tirar o Sol do nosso sistema. Absurdo!
· O Deus
Espírita, se assemelha ao aristotélico pelo seu poder de atração, mas se afasta
dele quanto a indiferença em relação ao cosmos. Porque Deus é providência, Deus
é o amor, é o criador e o pai de tudo e de todos.
· O Universo se define por uma tríade: Deus,
espírito e matéria. Essas três coisas são o princípio de tudo o
que existe: a trindade universal.
1. A matéria
porém, não é só o elemento palpável, pois há nela o fluido universal, o seu
lado fluídico, que desempenha o papel de intermediário entre o plano espiritual
e o propriamente material.
· Kardec
pergunta sobre a forma do Espírito puro, não aquele que está revestido por um
envoltório material:
“Os Espíritos têm uma forma determinada,
limitada e constante? – Aos vossos olhos, não; aos nossos sim. Eles são, se o
quiserdes, uma flama, um clarão ou uma centelha etérea.”
· Quanto ao Problema fundamental de Deus e a criação,
O Livro dos Espíritos, entra pelo controvertido terreno da destinação humana.
· A escala
espírita (item 100) mostra uma visão esquemática da escada de Jacó,
que vai da Terra ao céu. Essa classificação
dos Espíritos, funda-se três aspectos fundamentais:
1. No seu grau
de desenvolvimento;
2. Nas
qualidades por eles adquiridas;
3. E nas
imperfeições de que ainda não se livraram.
Os Espíritos
admitem três categorias principais:
3. Espíritos Imperfeitos
– caracterizados pela predominância da matéria sobre o espírito e pela
propensão ao mal.
2. Espíritos Bons –
caracterizados pela predominância do espírito sobre a matéria e pelo desejo de
praticar o bem.
1. Espíritos Puros –
aqueles que atingiram o supremo grau de perfeição.
· Quanto à
encarnação dos espíritos e da finalidade da vida terrena, O Livro dos
Espíritos:
o
Combate o materialismo, mostrando a sua
inconsistência, uma vez que o que torna o homem materialista é a sua vaidade.
o
Kardec corrobora a tese dos Espíritos: o
materialismo é uma aberração da inteligência. “Há pessoas que por uma aberração
da inteligência, não vêm nos seres orgânicos nada mais que a ação da matéria, e
a esta atribuem todos os nossos atos.”
o
Jesus foi o tipo humano mais perfeito
moralmente que Deus ofereceu ao homem para seguir. Jesus é a perfeição moral a
que a humanidade na Terra devem aspirar e seguir.
o
O que interessa a Deus é o pensamento e o
sentimento do homem. As adorações exteriores não são necessárias.
“A verdadeira adoração é a do coração.”
“A vida
contemplativa é condenada, porque inútil, pois Deus não quer o cultivo egoísta
do sentimento religioso, ..., mas a prática da caridade, a experiência viva e
constante do amor, através das relações humanas.”
· Pela Prece...
o
O
homem pensa em Deus, aproxima-se dele, põe-se em comunicação com Ele.
o
O homem pode evoluir mais rapidamente sobre
si mesmo.
o
Podemos fazer três coisas: louvar, pedir e
agradecer desde que seja com o coração e não apenas com os lábios.
· Kardec...
o
Trata do aperfeiçoamento moral do homem;
o
Encara o problema referente às virtudes e aos
vícios, às paixões, ao egoísmo;
o
Define o caráter do homem de bem.
o
Conclui com a mensagem de Santo Agostinho
sobre a maneira de conhecermos a nós mesmos. (Cap. II do Livro III).
o
Livro IV- Penas e gozos terrenos, como um
código da vida moral da Terra e as consequências espirituais do nosso
comportamento terreno.
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