O LIVRO DOS
ESPÍRITOS - Allan Kardec
INTRODUÇÃO
AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
VII - A
CIÊNCIA E O ESPIRITISMO
O Espiritismo não levanta a voz
contra os sábios, isto é, contra as corporações científicas. Porém, não poderia
considerar sua opinião irrevogável a todo o tempo.
A opinião dos sábios
(cientistas):
· No tocante
às COISAS EVIDENTES... é digna de
fé, porque eles a conhecem mais, e melhor que o vulgo.
· No tocante
às COISAS DESCONHECIDAS... vêm
hipoteticamente porque eles não são mais livres de preconceitos que os outros.
Pois, tudo o leva a subordinar ao ponto de vista de sua especialidade.
“Todo homem
que se dedica a uma especialidade escraviza a ele as suas ideias.”
“As ciências comuns se apoiam nas
propriedades da matéria, que podem ser experimentadas e manipuladas à vontade;
os fenômenos espíritas se apoiam na ação de inteligências que têm vontade
própria e nos provam a todo instante não estarem submetidas ao nosso capricho.”
O Espiritismo é o resultado de
uma convicção pessoal, que como indivíduos, podem ter os sábios, abstração
feita de sua condição de sábio.
O Espiritismo está por inteiro na
existência da alma e em seu estado após a morte.
Vê-se pois, que o Espiritismo não
é da alçada da Ciência. Quando as crenças espíritas estiverem vulgarizadas e
aceitas pelas massas, e, a julgar pela rapidez com a qual se propaga, esse
tempo não estará muito longe. Acontecerá com ele como com todas as ideias novas
que encontraram oposição; os sábios render-se-ão às evidências.
O homem que julga sua razão
infalível está bem perto do erro. Os que têm as mais falsas ideias apoiam-se
sobre a sua própria razão e, por isso, repelem tudo o quanto lhe pareçam
impossível. Referimo-nos às criaturas ponderadas, que põem em dúvida aquilo que
não viram e que, julgando o futuro pelo passado, não pensam que o homem tenha
atingido o apogeu, nem que a natureza lhes tenha virado a última página de seu
livro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário