No Livro Os Exilados da Capela, Edgard Armond revela que nos cataclismos terrestres são os meios de retirar do planeta todos aqueles que não estão em conformidade com a evolução espiritual segundo os ensinamentos do Cristo e a vontade de Deus.
Desde o início da Humanidade na Terra, e assim sucede invariavelmente todas as vezes que ocorrem expurgos saneadores do ambiente espiritual planetário, a grande massa pecadora é retirada e somente um pequeno número selecionado sobrevive.
Justamente como disse o Divino Mestre na sua pregação: "São muitos os chamados, poucos os escolhidos." (Mt, 20:16)
OS QUATRO POVOS - PRÉ HISTÓRIA
Após essas impressionantes depurações, os remanescentes humanos agrupados, cruzados e selecionados aqui e ali, por vários processos, e em cujas veias já corria, dominadoramente, o sangue espiritual dos Exilados da Capela, passaram a formar quatro povos principais, a saber: os árias, na Europa; os hindus, na Ásia; os egípcios, na África e os israelitas, na Palestina.
Os árias na Europa- Deles descendem todos os povos de pele branca que, um pouco mais tarde, conquistaram e dominaram a Europa até o Mediterrâneo. Formaram uma poderosa civilização espiritual.
Os hindus na Ásia - Herdaram conhecimentos espirituais avançados e outros elementos civilizadores.
Os egípcios na África - os da primeira civilização - detentores da mais dinâmica sabedoria, povo que, como diz Emmanuel: "Após deixar o testemunho de sua existência gravado nos monumentos imperecíveis das pirâmides, regressou ao paraíso da Capela."
Os israelitas na Palestina - povo tenaz, orgulhoso, fanático e inamovível nas suas crenças; povo heroico no sofrimento e na fidelidade religiosa, do qual disse o Apóstolo dos Gentios: - "Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; porém, vendo-as de longe, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos e hóspedes na Terra." (Pa,11:13)
Povo que até hoje padece, como nenhum outro dos exilados, por haver desprezado a luz, quando ela no seu seio privilegiado brilhou, segundo a Promessa, na pessoa do Divino Senhor -o Messias.
A promessa feita nos páramos etéreos da Capela estava, pois, cumprida: Ele desceu, o Divino Senhor, ao seio ignaro e impuro da massa humana terrestre, para trazer o auxílio prometido, para redimir com sua presença, sua exemplificação e seus ensinamentos sublimes, as duas raças de homens, a da Capela e a da Terra que, no correr dos tempos, mesclaram, confraternizaram e partilharam os mesmos sofrimentos, angústias e esperanças.
Assim atingimos o último ciclo, ou seja, o quinto ciclo. Dois mil anos são transcorridos, após o sublime Cristo; entretanto, eis que a humanidade vive agora um novo período de ansiosa e dolorosa expectativa; mais que nunca, e justamente porque seu entendimento se alargou, crescendo sua responsabilidade, necessita ela de um Redentor.
Porque os ensinamentos maravilhosos do Messias de Deus foram, em grande parte, desprezados ou deturpados. O rumo tomado pelas sociedades humanas não é aquele que o Divino Pastor apontou ao rebanho bruto dos primeiros dias, aos Filhos da Promessa que desceram dos céus, e continua a apontar às gerações já mais esclarecidas e conscientes dos nossos tempos.
Os homens se desviaram por maus caminhos e se perderam nas sombras da maldade e do crime.
De tempos em tempos, periodicamente, a humanidade atinge um momento de depuração, que é sempre precedido de um expurgo planetário, para que dê um passo avante em sua rota evolutiva.
Estamos, agora, vivendo novamente um período desses e, nos planos espirituais superiores, já se instala o divino tribunal; seu trabalho consiste na separação dos bons e dos maus, dos compatíveis e incompatíveis com as novas condições de vida que devem reinar na Terra futuramente.
Não passará, não ascenderá na perfectibilidade, não habitará mundos melhores, não terá vida mais feliz, antes que redima os erros do pretérito e seja submetida ao selecionamento que se dará neste fim de ciclo que se aproxima.
Assim, o expurgo destes nossos tempos - que já está sendo iniciado nos planos etéreos-promoverá o alijamento de espíritos imperfeitos para outros mundos e, ao mesmo tempo, a imigração de espíritos de outros Orbes para este.
Os que já estão vindo agora, formando uma geração de crianças tão diferentes de tudo quanto tínhamos visto até o presente, são espíritos que vão tomar parte nos últimos acontecimentos deste período de transição planetária, que antecederá a renovação em perspectiva.
Porém, os que vierem em seguida, serão já os da humanidade renovada, os futuros homens da intuição, formadores de nova raça - a sexta - que habitará o mundo do Terceiro Milênio.
O Sol entrará, agora, no signo de Aquário. Este é um signo de luz e de espiritualidade e governará um mundo novo onde, como já dissemos, mais altos atributos morais caracterizarão o homem planetário; onde não haverá mais lugar para as imperfeições que ainda hoje nos dominam; onde somente viverão aqueles que forem dignos do título de Discípulos do Cristo em Espírito e Verdade.
O novo ciclo - que se chamará o Reino do Evangelho - será iniciado pelos homens da Sexta Raça e terminado pelos da Sétima, e em seu transcurso a Terra se transformará de mundo de expiação em mundo regenerado.