CAPÍTULO XVI
NÃO SE PODE SERVIR A
DEUS E A MAMON
Salvação dos ricos. – Guardar-se da avareza. - Jesus na casa
de Zaqueu. – Parábola do mau rico. – Parábola dos talentos. – Utilidade
providencial da fortuna. – Provas da riqueza e da miséria. – Desigualdade das
riquezas. – Instruções dos Espíritos: A verdadeira propriedade. – Emprego da
fortuna. – Desprendimento dos bens terrenos. – transmissão da fortuna.
PARÁBOLA DOS TALENTOS
6 – O Senhor age como um homem que, ao
ausentar-se para longe, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens.
E deu
a um cinco talentos, e a outro dois, e a outro deu um, a cada um segundo a sua
capacidade, e partiu logo.
O que
recebera pois cinco talentos, foi-se, e entrou a negociar com eles e ganhou
outros cinco. Da mesma sorte também o que recebera dois, ganhou outros dois.
Mas o que havia recebido um, indo-se com ele, cavou na Terra, e escondeu ali o
dinheiro de seu senhor.
E passando muito tempo, veio o senhor
daqueles servos, e chamou-os a contas. E chegando-se a ele o que havia recebido
os cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, tu me
entregastes cinco talentos; eis aqui tens outros cinco mais que lucrei. Seu
senhor lhe disse: Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel nas coisas
pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes; entra no gozo do teu senhor.
Da mesma sorte apresentou-se também o que
havia recebido dois talentos, e disse: Senhor, tu me entregaste dois talentos,
e eis aqui tens outros dois que ganhei com eles. Seu senhor lhe disse: Bem
está, servo bom e fiel, já que fostes fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a
intendência das grandes; entra no gozo de teu senhor.
E chegando também o que havia recebido um talento, disse: Senhor, sei que és
homem de rija condição; segas onde não semeaste, e recolhes onde não
espalhaste; e temendo me fui, e escondi o teu talento na Terra; eis aqui tens o
que é teu. E respondendo o seu senhor, lhe disse: Servo mal e preguiçoso, sabia
que ceifo onde não semeei, e que recolho onde não tenho espalhado. Devias logo
dar o meu dinheiro aos banqueiros, e, vindo eu, teria recebido certamente com
juro o que era meu.
Tirai-lhe, pois, o talento, e dai ao que tem
dez talentos. Porque a todo o que tem, dar-se-á, e terá em abundância; e ao que
não tem, tirar-se- á até o que parece que tem. E ao servo inútil, lançai-o nas
trevas exteriores: ali haverá choro e ranger de dentes. (São Mateus, XXV:
14-30).
Nenhum comentário:
Postar um comentário