Doutrina do discernimento, o Espiritismo nos acorda para a valorização das forças da
vida, ensinando-nos a preservá-la e a empregá-la com o proveito devido.
Dediquemos um minuto ao inventário das nossas perdas de vitalidade, no que se
refere aos espetáculos violentos, junto dos quais desgastamos recursos preciosos do
corpo e, em algumas ocasiões, chegamos até mesmo a perdê-lo inconsideradamente.
Em séculos do passado, arrasávamos os nervos diante das façanhas de arena,
rejubilando-nos com o sangue de gladiadores e feras ou mantínhamos o coração
alterado por arritmias, à frente de carros e cavalos em tropelia, buscando tolas consagrações.
Na atualidade, temos as lutas livres e a disparada de autos em nome de
competição esportiva ou, ainda, as peças dedicadas ao desregramento emotivo e os
filmes endereçados à exaltação do crime, rotulados de cultura, desbaratando-nos as
reservas físicas e mentais.
Semelhantes exibições abalam as energias nervosas, sacodem-nas e dissipam-nas,
impingindo, não raro, no ânimo de grande número de expectadores imprevidentes,
sugestões de caráter negativo que começam em pensamentos nocivos, na aparência
sem qualquer importância, e terminam na brecha moral por onde a obsessão se
insinua ou o stress negativo se instala repetidamente.
Em seguida, os cultores desses estimulantes deprimentes se declaram enfermos, em
casa, confessando-se inadaptados à vida familiar, a perambularem por consultórios
médicos e hospitais de repouso, sem pensar que desajustaram o sistema nervoso por si
mesmos, a força de se agitarem inutilmente.
Não nos deixemos render à febre de excitações novas que dominam a romagem
terrestre.
Cada espírito responderá, perante a Lei de Causa e Efeito, pelo emprego do corpo
físico em que se manifesta no mundo.
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