sexta-feira, 10 de agosto de 2018

O ESPÍRITA E O ESPIRITISMO.


O companheiro de ação doutrinária, em certas ocasiões, é defrontado por grave problema — o que transparece da visita efetuada por ele ao templo espírita diferente daquele em que se lhe vinculam os costumeiros serviços. 

Algumas vezes surpreende diretrizes diversas e hábitos que julga inadequados ao cultivo dos princípios que esposa e deixa que descontentamento e desânimo se lhe implantem na alma. 

O Espírito André Luiz, nos convida a raciocinarmos:

O Espiritismo é religião de livre exame, sem poderes humanos que lhe domestiquem as manifestações. 

Na condição de doutrina é um conjunto de ensinamentos lógicos, visando ao aperfeiçoamento moral, sem que lhe possamos desfigurar a grandeza, contudo, no setor da interpretação, não nos esqueçamos que a visão da verdade não é igual para todas as inteligências que transitam na Terra, em múltiplos graus evolutivos. 

Devemos, portanto, contar em qualquer organização espírita, inclusive naquela a que nos ajustamos pelos fatores da afinidade, com senões e deficiências que nos refletem as falhas e imperfeições de consciências gravadas ainda por dívida ou ignorância, com necessidade de resgate ou lição perante a vida. 

Em penetrando a seara espírita de que não partilhamos, em sentido direto, lembremo-nos disso. Provavelmente estão aí nossos velhos enigmas humanos: insatisfação, discórdia, fraquezas, competição

Talvez que raízes de crenças do passado com inúmeros preconceitos aí nos desafiem a discussões e protestos, com resultados negativos para a edificação da fraternidade. 

Visitemos, pois, os irmãos de ideal e trabalho que militam noutros campos de nossa sementeira, mantendo-nos no clima de solidariedade construtiva, sem deixar de sermos nós mesmos. 

Leais à nossa identidade de kardecistas, isto é, abraçando a Doutrina Espírita como sendo a escola da fé raciocinada, com alicerces na "verdade que nos fará livres", segundo a conceituação de Jesus, não precisamos aplaudir o erro para sermos agradáveis, exaltando a mentira, e nem nos compete o papel de censores para sermos cruéis, aniquilando a esperança. 

Seja esse ou aquele o método adotado nessa ou naquela instituição ligada às nossas atividades, aproximemo-nos delas, com respeito e apreço fraterno, sabendo que o programa de nossa tarefa em qualquer ambiente a que formos chamados, se resume em duas legendas distintas e inevitáveis: "compreender" e "auxiliar". 

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