O Processo de evolução do ser é na verdade uma construção constante de transformação para melhor a que o sujeito está submetido no desenrolar de sua caminhada. O Espírito André Luiz, no livro Sol nas Almas de Waldo Vieira, afirma que:
"Ninguém evolui num dia ou para um dia apenas. Carecemos de tempo para entender o bem e praticá-lo diuturnamente, absorvendo-o em
profundidade, na alma, para o eterno futuro."
Exige de nós muito mais que um só pensamento bom, um só ato digno, uma só lição assimilada, não nos bastam à
melhoria. Necessário repetir testemunhos de aprendizado e renovação para que ao longo do tempo passemos a agir espontaneamente no bem.
A FRATERNIDADE há de avivar-nos o raciocínio, vincar-nos a memória, calejar-nos a mãos,
modelar-nos a vida.
Eis porque não só o espírita, mas todo e qualquer cidadão de bem, na experiência terrestre, precisa repensar atitudes, transpirar no dever e
persistir no posto individual de trabalho, ano após ano, para só então, através de uma vibração mais elevada, se sentir realmente
sintonizado com os Bons Espíritos e com os desígnios do Alto, mantidos a seu respeito.
A Mediunidade é uma bênção, oportunidade de trabalho, meio de autotransformação. O Espírito André Luiz nos afirma que:
"Na mediunidade, há de amar e compreender tanto os espíritos e os homens que qualquer
incompreensão não mais lhe fará perder a paciência."
A prática mediúnica lhe proporciona o intercâmbio com o mundo espiritual, o qual se desnuda diante das aflições e dificuldades que os Espíritos desencarnados ainda precisam vencer, daí a necessidade de compreender sem julgamento de suas imperfeições, pois que todos estamos sujeitos a estas, e para tanto, é preciso amor naquilo que se faz para que possa ter compaixão e enxergar adiante uma nova chance para quem ainda se dispõe a permanecer no erro.
Na exemplificação da verdade, há de se familiarizar tanto com as necessidades das criaturas
que penetrará os anseios do próximo, em muitas ocasiões, apenas por vê-lo.
Na assistência social, há de se inteirar tanto dos menores problemas que lhe dizem respeito,
segundo as épocas do ano, as pessoas, os desfavorecidos e os sofrimentos, que se
espantará ao perceber o quanto conhece de ciência mental e vida prática. Eis uma forma de exercer a sua mediunidade, e que, para isso, necessariamente, você não precisa de uma religião específica. É o exercício da caridade.
No culto do Evangelho, seja no lar ou onde se realizar a sua religião, há de abordar tantos temas e lições, enfrentando tantos imprevistos e
dificuldades, que o terá para si na condição de tarefa claramente imprescindível. Isso quer dizer que quando estamos no culto, muitas vezes desinteressadamente, algo ali é dito em perfeita sintonia com o que a gente precisa ouvir para despertar ou para mudar.
Nas redes sociais e demais canais de divulgação da Doutrina Espírita Cristã, há de se habituar tanto com o manejo e os efeitos das
palavras que as cultivará e selecionará com devotamento espontâneo, encontrando a simpatia para com aquilo que estamos lendo ou assistindo.
No campo das provas necessárias, há de exercitar tanto entendimento e tanta paciência
diante da dor, que acabará enfrentando suas dificuldades e tribulações terrestres com o equilíbrio de quem atingiu inarredável serenidade.
O Espírito André Luiz, nos aconselha:
"Confronta o teu período de conhecimento espírita com o serviço que apresentas na
existência humana. Lógica disciplinando diretrizes, esperança enriquecendo ideais, entendimento clareando
destinos, o Espiritismo faz o máximo por nós, sendo sempre o mínimo o esforço que fazemos
por ele, nos empreendimentos que nos cabem em auxílio a nós mesmos, no seio da
Humanidade. "
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