A transformação pessoal pode ser voluntária, pela busca pessoal, mas também pode ser fruto de conflitos existentes e necessários nas relações de convivências.
É certo que ninguém muda ninguém; e que vivendo isoladamente ninguém ninguém consegue mudar também. Precisamos conviver, para que possamos mudar nos
encontros da vida.
É nas relações de convivência que
nos transformamos. Quando convivemos nos dispomos a conhecer e nos envolver com novas ideias e sentimentos do outro.
É importante observar que não existem sentimentos,
bons ou ruins, sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir um relacionamento próximo com o
outro, é não crescer, não evoluir, não se transformar.
Basta analisar a sua relação com as pessoas de seu convívio familiar, de trabalho, amigos, enfim, como essas pessoas contribuem para a sua transformação pessoal cotidianamente? Como elas podem tornar-lhe alguém melhor?
É claro que nem todo relacionamento são flores. Há aquelas convivências que na verdade gostaríamos que nunca tivessem acontecido. Mas partindo do princípio de que nada acontece por acaso, e que não cai uma só folha no chão sem a permissão de Deus, que tal pensarmos que tal experiência negativa, tinha ou ainda tem algo de positivo a nos ensinar?
São as pedras do caminho nos convidando a refletir e ressignificar. Mas como podemos fazer isso, já que não parece tão fácil?
Primeiramente é preciso trabalhar aceitação e perdão. Aceitação para compreender que naquele momento ainda não estava pronto para lidar com o fato, mas que agora é tempo de mudar. Perdão, para se libertar do peso da ofensa, da mágoa, da ferida constantemente aberta.
Segundo, é preciso refletir sobre a sua parcela de responsabilidade para que tenham chegado a tal conflito, e a partir daí, reconhecendo que nenhum conflito é unilateral e que ambos de alguma forma têm responsabilidades, ressignficar. E ressignificar implica em dar um novo sentido, para o efeito negativo que aquilo causou.
Para tanto, pergunte-se o que o motivo da ofensa está lhe convidando a aprender? Por exemplo, se o motivo do conflito for poder, que tal aprender a ser um pouco mais humilde?
É dessa forma que vamos dando novo sentido aos conflitos existentes nas relações de convivência, porque alguém, geralmente com maior maturidade espiritual precisa entender a incapacidade de tomar atitude de reparação do outro, e ter a iniciativa para mudar, transformar.
Quando finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a
compreensão da existência e importância do outro, e principalmente da
grandeza de Deus, é que finalmente nos tornamos grandes em valor, aprendemos a amar mesmo diante dos conflitos.
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