CAPÍTULO V
CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES
· perda de entes queridos e arrimos de família;
· acidentes;
· reveses de fortuna que frustraram
todas as medidas da prudência;
· flagelos naturais;
· Enfermidades de nascimento, sobretudo
aquelas que lhes tiram os meios de ganhar sua vida pelo trabalho, como as
deformidades, a idiotia, o cretinismo, etc.
Em virtude do axioma de que “Toda causa tem um efeito” e
admitindo-se um Deus justo, essa causa deve ser justa. Não tendo feito nada
nessa vida, deve preceder a uma
existência anterior. O homem não escapa jamais às consequências de suas faltas.
Os sofrimentos por causas anteriores são, frequentemente,,
como os das faltas atuais:
·
O
homem suporta o que fez os outros suportarem; se for duro e desumano, será
tratado com dureza e desumanidade;
·
Se
foi orgulhoso, poderá nascer em uma condição humilhante;
·
Se
foi avarento, egoísta, ou se fez mal uso
de sua fortuna, poderá ser privado do necessário;
·
Se
foi mal filho, poderá sofrer com os próprios filhos.
Assim se explicam, pela Pluralidade das existências, e pela
destinação da Terra como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a
repartição da felicidade e da infelicidade entre os bons e os maus desse mundo.
Cada um recebe a parte que merece, sem prejuízo da que lhe é
dada no mundo dos Espíritos, e que a justiça de Deus jamais é interrompida.
“ Rendamos graças a Deus que, na sua bondade, concede ao
homem a faculdade de reparação e não o condena irrevogavelmente pela primeira
falta.”
Nem sempre o sofrimento suportado é uma falta determinada,
pode ser uma escolha do Espírito para acabar sua depuração e apressar seu
adiantamento. Assim a expiação serve sempre de prova, mas nem toda prova é uma
expiação. Pode-se considerar expiações
as aflições que excitam as queixas e compelem o homem à revolta contra Deus.
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