domingo, 26 de janeiro de 2014

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - CAPÍTULO VIII - BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE TÊM PURO O CORAÇÃO-Deixai vir a mim as criancinhas.


CAPÍTULO VIII

BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE TÊM PURO O CORAÇÃO

Deixai vir a mim as criancinhas. - Pecado por pensamentos. – Adultério. – Verdadeira pureza. Mãos não lavadas. – Escândalos. Se vossa mão é motivo de escândalo, cortai-a. – Instruções dos Espíritos: Deixai vir a mim as criancinhas. – Bem-aventurados aqueles que têm os olhos fechados.


DEIXAI VIR A MIM AS CRIANCINHAS

1. Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração, porque eles verão Deus. (São Mateus, cap. V, v.8).”

“2. Apresentaram-lhe, então, criancinhas, a fim de que ele as tocasse; e como seus discípulos afastassem com palavras rudes aqueles que as apresentavam, Jesus vendo isso zangou-se e lhes disse: Deixai vir a mim as criancinhas, e não as impeçais; porque o reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham. Eu vos digo em verdade, todo aquele que não receber o reino de Deus como uma criança, nele não entrará. E as tendo abraçado, as abençoou, impondo-lhes as mãos. (São Marcos, cap. X, v. de 13 a 16).”

·       Jesus toma a “infância” como emblema da “pureza e da humildade” pois:


o   Exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho;

o   A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade.


·       A criancinha, embora seja um Espírito de muitas encarnações, e portanto dotada de imperfeições, na infância apresenta uma imagem da inocência e da candura.


·       Jesus não diz que o reino de Deus é para elas, mas para aqueles que se lhes assemelham.


·       Porque o Espírito de uma criança ao renascer não se mostra como já viveu desde o nascimento?


o   Tudo é sábio nas obras de Deus. A criança tem necessidade de cuidados delicados que só a ternura materna pode lhe dar. Para uma mãe, seu filho é sempre um anjo; ela não teria para com ele o mesmo desprendimento se, ao invés da graça ingênua encontrasse um caráter viril e as ideias de uma adulto, menos ainda se conhecesse seu passado.


o   Desde a proximidade da encarnação, o Espírito perde pouco a pouco a consciência de si mesmo; permanece em certo período em uma espécie de sono durante a qual todas as suas faculdades permanecem em estado latente.


o   Esse estado transitório é necessário para das ao Espírito um novo ponto de partida, e fazê-lo esquecer, em sua nova existência terrestre as coisas que poderiam entravá-lo.


o   A partir do nascimento, suas ideias retomam gradualmente impulso, à medida que se desenvolvem os órgãos, de onde se pode dizer:


§  Durante os primeiro anos, o Espírito é verdadeiramente criança, porque as ideias que formam o fundo do seu caráter estão ainda adormecidas.


§  Durante o tempo em que seus instintos dormitam ele é mais flexível e, por isso mesmo, mais acessível às impressões que podem modificar sua natureza e fazê-lo progredir, o que torna mais fácil a tarefa imposta pelos pais.


§  O Espírito reveste, por um tempo, a túnica da inocência.



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