domingo, 26 de janeiro de 2014

O Evangelho Segundo o Espiritismo-Allan Kardec-CAPÍTULO X-BEM AVENTURADOS AQUELES QUE SÃO MISERICORDIOSOS-a Indulgência.


CAPÍTULO X

A INDULGÊNCIA

·       Sentimento fraternal, doce que todo homem deve ter com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso.

·       A indulgência não vê os defeitos alheios, ou se os vê, evita falar deles, divulga-los.

·       Se ocupa em atenuar as faltas alheias;

·       Não faz observações chocantes, não tem censuras nos lábios, mas somente conselhos, frequentemente velados.


“Oh homens! quando, pois, julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos? Quando não abrireis os olhos severos senão sobre vós mesmos?”

·       Sede pois severo convosco, indulgente com os outros.

·       Pensai Naquele que julga em última instância, que vê os pensamentos mais secretos de cada coração, e que, por conseguinte, desculpa as faltas que censurais.


“Sede indulgentes, meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, reergue ao passo que o rigor desencorajam afasta e irrita. (JOSE, Espírito Protetor, Bordéus, 1863).”



·       Compreendei todos a misericórdia infinita do vosso Pai, e não olvideis jamais lhe dizer, pelos vosso pensamentos e, sobretudo, pelos vossos atos:


“Perdoais as nossas ofensas, como perdoaremos àqueles que nos ofenderam.”


Quando pedis ao Senhor o perdão de suas faltas, estais lhe pedindo...


o   O favor de suas graças para nelas não mais cairdes;


o   A força necessária para entrar num novo caminho, caminho de submissão e de amor, no qual podereis somar a reparação ao arrependimento.


·       Todos tendes más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar.


·       Todos tendes um fardo mais ou menos pesado a depor para escalar o cume da montanha do progresso.


·       O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade que consistem em não ver, senão superficialmente, os defeitos de outrem por se interessar em fazer valer o que há neles de bom e virtuoso; porque se o coração humano é um abismo de corrupção, existe sempre em algumas de suas dobras mais ocultas o germe de alguns bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual.


“19. Ninguém sendo perfeito, segue-se que ninguém tem o direito de repreender o próximo?


·       Não, pois cada um de vós deve trabalhar para o progresso de todos, e sobretudo daqueles cuja tutela vos está confiada;

·       Mas é uma razão de o fazer com moderação, com um fim útil, e não como se faz geralmente, pelo prazer de denegrir.

·       Toda a censura que se faz ao outro deve-se dirigi-la a si mesmo, e se perguntar se não a terá merecido.

·       Tudo depende da intenção. O erro está em fazer resultar essa observação em detrimento do próximo, depreciando-o sem necessidade na opinião pública.

·       Se as imperfeições de uma pessoa não prejudicam senão a ela mesma, não há jamais utilidade em fazer conhece-las; mas se podem causar prejuízos a outros é preciso preferir o interesse da maioria ao interesse de um só.

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