CAPÍTULO IX
A
CÓLERA
Palavras proferidas por UM ESPÍRITO PROTETOR,
Bordéus, 1863:
“9. O orgulhos leva a vos crer mais do que sois; a não poder
sofrer uma comparação que possa vos rebaixar; a vos considerar, ao contrário,
de tal modo acima dos vossos irmãos, seja como espírito, seja como posição
social, seja mesmo com superioridade pessoal, que o menor paralelo vos irrita e
vos fere; e o que ocorre então? Entregai-vos à cólera.”
· Procurai
a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelha aos animais,
fazendo-os perder o sangue frio e a razão.
· O homem
colérico ataca a tudo. Ah! Se nesses momentos pueris pudesse se ver com
sangue-frio, teria medo de si, ou se acharia ridículo! Deve esforçar-se por
vencer essa tendência que o faz objeto de piedade.
· A cólera
nada resolve:
o
Altera sua saúde;
o
Compromete-lhe a vida;
o
O faz vítima também da circunstância
o
Tem como consequência o remorso e o
arrependimento.
o
Impede de fazer o bem e pode leva-lo a fazer muito
mal
· O
Espírita, por outro lado, é solicitado por um outro motivo:
o
A cólera é
contrária à caridade e à humildade cristã.
· Segundo a
ideia falsa de que o homem não pode reformar sua própria natureza, o homem se
crer dispensado de esforçar-se para corrigir seus defeitos, sobretudo que
exigem muita perseverança. É ainda consequência do orgulho, que se encontra
misturado em todas as suas imperfeições.
Segundo o Espírito HAHNEMANN,
Paris, 1863:
· O corpo
não dá cólera àquele que não a tem.
· Todas as
virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito; sem isso, onde estariam o
mérito e a responsabilidade?
· O homem
pode modificar o que é do Espírito quando tem uma vontade firme.
· “O homem
não permanece vicioso senão porque quer permanecer vicioso; mas aquele que quer
se corrigir sempre o pode, de outra forma a lei do progresso não existiria para
o homem.”
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