sábado, 5 de maio de 2018

COMO VOCÊ PODE OUVIR MELHOR AS PESSOAS A SUA VOLTA?

Costumo brincar, dizendo que todos nós deveríamos fazer curso de "ouvidoria".  Seria algo de grande valor para o nosso crescimento, pois aquele que consegue exercer a grande virtude de ouvir acaba se dando oportunidade de vivenciar muitos benefícios.

A porção mágica do ato de ouvir, está na  capacidade de ouvir o que outro tem a dizer sem tomar partido, sem intervir, e portanto, sem julgar.

Quando isso acontece, conseguimos ouvi-lo, abraçando o entendimento do outro na sua mais pura essência, entendendo sobretudo, como o outro pensa sobre algo que esta contando.  Isso exige uma maturidade consciencial, espiritual, que oportuniza o ouvinte a se colocar no lugar do outro para compreende-lo no âmbito de suas perspectivas a respeito de algo ou de alguém.  E o ato de colocar-se no lugar do outro para entende-lo é um princípio elementar dos ensinamentos Crísticos, que motivam o diálogo saudável, o entendimento mútuo. Um ato de amor.

Primeiramente, precisamos nos dispor a ouvir sem julgamentos, sem permitir que o seu pensamentos, os seus valores e convicções interfiram nas colocações de quem está se dispondo a falar.

À partir do entendimento do outro, sobretudo, das razões que o motivaram a tal fato, devemos submeter toda aquela informação, inicialmente imparcial, ao bom-senso, à análise moderada pautada na razão e no equilíbrio, para que possa, havendo um espaço, discernir sobre tudo que está em questão. Discernimento é uma virtude do equilíbrio interior, do bom-senso e da moderação tão necessárias em nossas vidas. Discernir não quer dizer julgar, ou determinar o que é certo ou o que é errado. Discernir implica em analisar e conhecer o lado bom e o lado ruim do que se encontra em questão. Entender as motivações positivas e negativas que te prospectaram a determinada situação. Discernir ainda exige a imparcialidade para enxergar com clareza que tudo tem um lado bom e um lado negativo, nos quais a busca deverá sempre ser pelo equilíbrio e pela ponderação. Para ser um bom ouvinte é preciso ter discernimento, olhar atento ao todo.

Por fim, havendo uma expectativa do comunicante no que tange à sua forma de pensar com relação àquilo que se está ouvindo, aí sim, ouvinte, muito cauteloso, consciente de suas limitações porque é preciso respeitar o espaço do outro, é preciso compreender que não existe verdade absoluta, e que a forma de ver e viver a vida diferencia o indivíduo na sua singularidade, e se colocar humildemente, numa abordagem do que se está em questão,  aí sim, o ouvinte poderá expor sua forma de pensar, sugerir alternativas de solução, sempre levando-se em conta a busca pessoal do comunicante, a partir do momento que te buscou para falar de algo ou de alguém.

Um bom ouvinte atrai para si a confiança das pessoas que jamis deverá ser traída,  a solicitude de sua presença como alguém necessário e importante em seu convívio, a responsabilidade de poder motivar  e ajudar alguém que buscou em você a força e a orientação de que precisava.  Pense nisso, e seja sempre um bom ouvinte!


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