As emoções básicas se fundem para formar as emoções secundárias de ordem cultural e adultas. Emoções essas, que nascem com todos os seres humanos e que, portanto, são inatas, têm função necessária à adaptação do ser humano na vida da encarnação.
Tristeza e alegria, amor e ódio, raiva, medo e surpresa são elementares na vida do espírito encarnado. E na medida em que, estes se misturam, interagindo com o meio em que vivem culturalmente, politicamente e socialmente, vão surgindo as emoções secundárias, das mais variadas espécies assumindo um contexto de complexidade compatível com as questões do Espírito.
As emoções complexas ou secundárias, tais como: insegurança. culpa, constrangimento, entusiasmo, orgulho, prazer, satisfação, vergonha, dentre outras, não são inatas como as emoções básicas.
Elas vão sendo construídas a partir das vivências em que o Espírito se encontra imiscuído, em construção do saber emocional que demanda cada vez mais, maturidade espiritual para lidar com o momento de transição no qual estamos passando.
É a partir das relações interpessoais e das influências socioculturais que a nossa ancestralidade vai surgindo, identificando as nossas crenças e a forma que vemos o mundo, considerando a nossa individualidade.
Tomando como base as emoções secundárias para compreensão do ser espiritual, pode-se dizer que, as experiências vivenciadas nas suas variadas encarnações, acabam ressurgindo em função dos gatilhos disparados nas experiencias atuais, e também, na relação com as pessoas, com as quais foste convidado a viver.
Essas emoções são acima de tudo, aprendidas, apreendidas, mas sem sempre, ou diria ainda, quase nunca incompreendidas pelo ser humano que habita a Terra, por se tratarem ainda de analfabetos emocionais.
A transição para o século XXI tem exigido grande esforço das pessoas, no sentido de despertar para o que há de importante na vida do ser, enquanto espírito, expandindo as suas consciências e se apropriando do seu propósito de vida. Isso tem exigido grandes esforços para lidar com essas emoções conflituosas, de caráter complexo para as quais, ninguém lhes ensinou como fazê-la.
Como as emoções secundárias são aprendidas socialmente, culturalmente e politicamente é preciso pensar, sobre onde você se encontra nesse contexto, para compreender o potencial transformador da educação que recebeste, para a partir daí, conseguir se autoanalisar, fazer uma autorreflexão que lhe possibilite o autoconhecimento.
As emoções são chamadas secundárias por se originarem de uma fonte não inata, na qual a causa primeira, geralmente, se encontra em uma das emoções simples que trazemos na alma como elementar ao processo de adaptação e sobrevivência.
Considere por exemplo, como emoção secundária a insegurança. Socialmente ou culturalmente, percebe-se que se convencionou que existem padrões estabelecidos pelo critério de certo ou errado, verdade ou mentira, no qual os opostos fazem aflorar o ser real que há nos seres humanos.
Quando nos encontramos distantes desses padrões estabelecidos socialmente e culturalmente, não nos damos conta de que não atender a certos padrões, não é motivo para se sentir inseguro, mas apenas admitir um ponto de vista divergente, que pode representar a sua verdade, a sua individualidade e a sua subjetividade, em relação a um conflito.
A insegurança é uma emoção secundária provocada por fatos externos, mas que tem relação com a emoção básica do medo, mais especificamente, porque o estado de medo, impulsiona a insegurança, que pode ser potencialmente negativa ou positiva, se considerarmos que todas as emoções sejam elas básicas ou secundarias, devem ser vividas com equilíbrio para que possam, não afetar o ser humano.
Se o conflito enfrentado for motivador de grande insegurança, a pessoa poderá ser bastante prejudicada, porque o medo de agir poderá ser potencialmente paralisador, causando-lhe prejuízos em suas caminhadas. Por outro lado, quando o ser é dotado de maturidade espiritual e emocional, acaba compreendendo que a insegurança é um estado momentâneo que precisa ser enfrentado com assertiva cautela, para superação do medo que o paralisa. E quando o enfrentamento dessa emoção secundária de alta complexidade ocorre de forma pensada e medida, onde a razão e o bom senso permeiam as diretrizes a serem tomadas, o indivíduo acaba percebendo que a insegurança é, essencialmente, fruto da ignorância, na qual estão submetidos em função de uma acomodação que o sujeito se coloca, em virtude das mais variadas demandas que a vida oferece.
Com essa serenidade para lidar com a insegurança, a pessoa consegue buscar, através do conhecimento e do domínio das questões relacionadas ao fato, que o colocou com medo e insegurança, apreendendo o conteúdo no sentido de transformar a sua conduta e, portanto, a sua vida.
Nenhuma emoção, potencialmente negativa, seja ela secundária ou primária, é essencialmente, um poder destruidor sobre o ser. Isso só acontece, quando o ser não sabe lidar com elas de forma equilibrada espiritualmente, mas sobretudo, emocionalmente.
Quando se verem envolvidos com tais emoções, reflitam sobre a perspectiva do conhecimento e da transformação. Embora sejam emoções potencialmente negativas, elas trazem em si, uma função curativa, necessária a cada indivíduo, no que diz respeito ao seu crescimento e evolução espiritual.
Os seres encarnados se encontram no status de analfabetos emocionais porque não foram educados para refletir sobre seus sentimentos, menos ainda, para olhar para si. O caminho de volta para dentro de si, precisa ser iniciado, urgentemente, em função da transição em que vivem os filhos da Terra.
Exercício 3
AUTORREFLEXÃO
1. O que você está sentindo?
2. É uma emoção básica ou secundária?
3. Se for básica, você a traz em si, busque o equilíbrio.
4. Se for secundária, qual a emoção causal?
5. Quais as consequências dessa emoção sobre mim?
6. Como posso lidar com ela de forma equilibrada?
Psicografia de Alessandra Uzêda
Pelo Espírito Irmã Tereza
Em 03/06/2019
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