O alerta das emoções
Emoção é uma expressão do campo dos sentimentos humanos. Isso
quer dizer que tudo aquilo que sentimos, se expressa através dessa emoção, que
pode ser boa ou ruim, dependendo da sintonia de nossos sentimentos.
As emoções emergem nas condutas, atitudes e comportamentos
humanos. São forças, poderes que brotam do íntimo e imprimem uma qualidade nas
relações interpessoais agradáveis ou desagradáveis.
As emoções pressupõem um estado psicológico provocador de
mudanças fisiológicas.
Há emoções que refletem no físico, por exemplo:
·
Quando
estamos muito nervosos, podemos nos deparar com uma dor de barriga inesperada,
sudoreses, etc.
·
Quando
estamos muito felizes e entramos em estado de euforia intensa também podemos
sentir taquicardia, tremer as mãos, etc.
No processo emocional, o psiquismo e a organização física
demonstram um estado de excitação que vai se exprimir nos gestos, nas palavras,
no rosto, enfim, em todo o corpo.
As emoções básicas: medo, raiva e prazer, combinadas com
variedades de sensações e sentimentos correspondem aos momentos e aos impulsos
da mente e dos sentimentos.
Sem que haja o controle dos impulsos ficamos à mercê de uma
variedade de estímulos e sensações, que nos causam prazer ou desprazer, mas mão
teremos a razão lúcida para dirigir os nossos comportamentos senão houver
controle dos pensamentos e das atitudes.
A maturação da capacidade de autodeterminação para o
equilíbrio das emoções nos ajuda a proceder com mais coerência e sensatez. Ou
seja, quando adquirimos maturidade para agir com determinação conseguimos
atingir um estado de equilíbrio das emoções satisfatório levando-nos a agir com
essa coerência e sensatez a que Lívia se refere.
Sem tal disposição nos deixaríamos envolver pela tensão
emocional, agravando as nossas tendências para estados de inquietações e
perturbações, provocados por distúrbios de ordem física e psíquica. Como
acontece com pessoas que se queixam de cansaço diário, elas já saem de casa
para o trabalho, se sentindo esgotadas por enfrentar situações familiares
difíceis , ao retornar para as suas residências, ainda traz irritações e
impaciências, adquiridas nas atividades profissionais-ou outras – aumentando,
assim, o seu estado de ansiedade e fragilidade que concorrem para:
·
Crises
emocionais que indicam o sofrimento da pessoa;
·
Tensões
profundas as quais muitas vezes necessitam de ajuda médica para saírem desse
quadro.
O estado emocional sinaliza a crise que deve ser cuidada de
imediato. Para minimizar tal processo
faz necessário o despertar da espiritualidade compreendendo:
4 – As vicissitudes da vida são de duas espécies, ou, se quisermos,
tem duas origens bem diversas, que importa distinguir: umas têm sua causa na
vida presente; fora desta vida.
Remontando
à fonte dos males terrenos, reconhece-se que muitos são as consequências
naturais do caráter e da conduta daqueles que os sofrem. Quantos homens caem
por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho
e de sua ambição! Quantas pessoas arruinadas por falta de ordem, de
perseverança, por mau comportamento ou por terem limitado os seus desejos!
(
O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V item 4)
Os apelos da alma correspondem às
suas necessidades mais íntimas que repercutem:
- · No nível de aspiração
- · Na motivação
- · No grau de entendimento
- · Na maturidade
Quando conseguirmos dominar os ímpetos
e as tendências que geram motivos e distúrbios psicossomáticos desviaremos os
raios da emotividade e controlaremos as
emoções mais grosseiras que nos
causam constrangimentos. Porém devemos
estar atentos para nossa sensibilidade porque sem esta, seremos pessoas
indiferentes, insensíveis e robotizadas.
As emoções quando educadas,
apresentam-nos mais sensibilidade. A medida em que o espirito evolui esta se
sutiliza, imprimindo-lhe um caráter aprimorado e iluminado com sentimentos mais
nobres.
Causas atuais das aflições
A quem, portanto, devem todas essas aflições, senão a si mesmos?
O homem é, assim, num grande número de casos o autor de seus próprios
infortúnios. Mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, e menos humilhante
para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a falta de oportunidade, sua
má estrela, enquanto, na verdade, sua má estrela é a sua própria incúria.
Os males dessa espécie constituem,
seguramente, um número considerável das vicissitudes da vida. O homem os
evitará, quando trabalhar para o seu adiantamento moral e intelectual.
(
O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V item 4)
Os males da vida são criados pelo
próprio homem, quando não aceita as lições morais e espirituais da Doutrina
Crística, que são indicadores do processo evolutivo e de transformação para a
melhoria da humanidade.
Quando temos só a visão imediata das
dores e dos sofrimentos, e, não temos a consciência de infringirmos as leis
morais, ou de nossas vidas pretéritas, parece-nos que estamos sendo castigados
que somos inocentes e que nada cometemos que viesse causar tais infortúnios.
Lívia Pereira Santos em seu livro Frente ao Estresse, chama atenção para o fato de
que sem conhecermos as Leis da Reencarnação achamos injustas as provas e as
expiações.
JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES
3
– As compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra só podem realizar-se
na vida futura. Sem a certeza do porvir, essas máximas seriam um contrassenso,
ou mais ainda, seriam um engodo. Mesmo com essa certeza, compreende-se
dificilmente a utilidade de sofrer para ser feliz. Diz-se que é para haver mais
mérito. Mas então se pergunta por que uns sofrem mais do que outros; por que
uns nascem na miséria e outros na opulência, sem nada terem feito para
justificar essa posição; por que para uns nada dá certo, enquanto para outros
tudo parece sorrir? Mas o que ainda menos se compreende é ver os bens e os
males tão desigualmente distribuídos entre o vício e a virtude; ver homens
virtuosos sofrer ao lado de malvados que prosperam. A fé no futuro pode
consolar e proporcionar paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem
desmentir a justiça de Deus. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap V item 3)
Sem
as verdadeiras instruções dos espíritos ficaríamos sem uma reposta segura par
tais paradoxos:
Entretanto, desde que se admite a existência de
Deus, não é possível concebê-lo sem suas perfeições. Ele deve ser todo
poderoso, todo justiça, todo bondade, pois sem isso não seria Deus. E se Deus é
soberanamente justo e bom, não pode agir por capricho ou com parcialidade. As
vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e como Deus é justo, essa causa deve
ser justa. Eis do que todos devem compenetrar-se. Deus encaminhou os homens na
compreensão dessa causa pelos ensinos de Jesus, e hoje, considerando-os
suficientemente maduros para compreendê-la, revela-a por completo através do
Espiritismo, ou seja, pela voz dos Espíritos. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Cap V item 3)
A
maturidade espiritual favorece o homem em seu equilíbrio emocional e na tomada
de decisões frente aos desafios da vida.
Sem
o equilíbrio da vida intima e a compreensão das perdas e das frustrações, pois
estará sem a sua capacidade de conduzir com vontade e consciência do bem, o ser
poderá:
· Se tornar indiferente;
· Se tornar extremamente sensível
· Sentir ódio
· Sentir amor sem equilíbrio.
Como
antídoto para a cura espiritual nesse processo, será necessário desenvolver
algumas virtudes:
- · Paciência
- · Perdão
- · Amor ao pr óximo
Quando
se tem equilíbrio das emoções e autodomínio é possível se ter uma visão
realista da vida.
Lívia
sugere um meio eficaz para aprendermos a doutrina que nos eleva na atitude de
autorrealização que é através dos seguintes meios educativos:
- · Moderação
- · Entendimento
- · Consciência de si mesmo
- · Compreensão
- · Sensatez
Quando
buscamos a alegria de viver e a felicidade mobilizamos recursos íntimos que nos
proporcionam:
- · Firmeza e decisão;
- · Segurança e vontade;
- · Autoestima
- · Autorreflexão para nos questionarmos sobre:
o Quem somos?
o Que pensamos?
o Que sentimos?
o Que queremos?
o Como agimos?
o Como reagimos?
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