quarta-feira, 30 de março de 2016

Será que as suas emoções estão te sinalizando algo?

O alerta das emoções

Emoção é uma expressão do campo dos sentimentos humanos. Isso quer dizer que tudo aquilo que sentimos, se expressa através dessa emoção, que pode ser boa ou ruim, dependendo da sintonia de nossos sentimentos.

As emoções emergem nas condutas, atitudes e comportamentos humanos. São forças, poderes que brotam do íntimo e imprimem uma qualidade nas relações interpessoais agradáveis ou desagradáveis.

As emoções pressupõem um estado psicológico provocador de mudanças fisiológicas. 

Há emoções que refletem no físico, por exemplo:

·       Quando estamos muito nervosos, podemos nos deparar com uma dor de barriga inesperada, sudoreses, etc.

·       Quando estamos muito felizes e entramos em estado de euforia intensa também podemos sentir taquicardia, tremer as mãos, etc.

No processo emocional, o psiquismo e a organização física demonstram um estado de excitação que vai se exprimir nos gestos, nas palavras, no rosto, enfim, em todo o corpo.

As emoções básicas: medo, raiva e prazer, combinadas com variedades de sensações e sentimentos correspondem aos momentos e aos impulsos da mente e dos sentimentos.

Sem que haja o controle dos impulsos ficamos à mercê de uma variedade de estímulos e sensações, que nos causam prazer ou desprazer, mas mão teremos a razão lúcida para dirigir os nossos comportamentos senão houver controle dos pensamentos e das atitudes.

A maturação da capacidade de autodeterminação para o equilíbrio das emoções nos ajuda a proceder com mais coerência e sensatez. Ou seja, quando adquirimos maturidade para agir com determinação conseguimos atingir um estado de equilíbrio das emoções satisfatório levando-nos a agir com essa coerência e sensatez a que Lívia se refere.

Sem tal disposição nos deixaríamos envolver pela tensão emocional, agravando as nossas tendências para estados de inquietações e perturbações, provocados por distúrbios de ordem física e psíquica. Como acontece com pessoas que se queixam de cansaço diário, elas já saem de casa para o trabalho, se sentindo esgotadas por enfrentar situações familiares difíceis , ao retornar para as suas residências, ainda traz irritações e impaciências, adquiridas nas atividades profissionais-ou outras – aumentando, assim, o seu estado de ansiedade e fragilidade que concorrem para:

·       Crises emocionais que indicam o sofrimento da pessoa;

·       Tensões profundas as quais muitas vezes necessitam de ajuda médica para saírem desse quadro.

O estado emocional sinaliza a crise que deve ser cuidada de imediato.  Para minimizar tal processo faz necessário o despertar da espiritualidade compreendendo:

            4 – As vicissitudes da vida são de duas espécies, ou, se quisermos, tem duas origens bem diversas, que importa distinguir: umas têm sua causa na vida presente; fora desta vida.
            Remontando à fonte dos males terrenos, reconhece-se que muitos são as consequências naturais do caráter e da conduta daqueles que os sofrem. Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! Quantas pessoas arruinadas por falta de ordem, de perseverança, por mau comportamento ou por terem limitado os seus desejos!
( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V item 4)

Os apelos da alma correspondem às suas necessidades mais íntimas que repercutem:

  • ·      No nível de aspiração
  • ·      Na motivação
  • ·      No grau de entendimento
  • ·      Na maturidade

Quando conseguirmos dominar os ímpetos e as tendências que geram motivos e distúrbios psicossomáticos desviaremos os raios da emotividade e controlaremos  as emoções  mais grosseiras que nos causam  constrangimentos. Porém devemos estar atentos para nossa sensibilidade porque sem esta, seremos pessoas indiferentes, insensíveis e robotizadas.

As emoções quando educadas, apresentam-nos mais sensibilidade. A medida em que o espirito evolui esta se sutiliza, imprimindo-lhe um caráter aprimorado e iluminado com sentimentos mais nobres.

Entretanto, quando o homem resiste ao ato de aprender com as experiências que a vida lhe concede, deve se perguntar.

Causas atuais das aflições
A quem, portanto, devem todas essas aflições, senão a si mesmos? O homem é, assim, num grande número de casos o autor de seus próprios infortúnios. Mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, e menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a falta de oportunidade, sua má estrela, enquanto, na verdade, sua má estrela é a sua própria incúria.
            Os males dessa espécie constituem, seguramente, um número considerável das vicissitudes da vida. O homem os evitará, quando trabalhar para o seu adiantamento moral e intelectual.
( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V item 4)

Os males da vida são criados pelo próprio homem, quando não aceita as lições morais e espirituais da Doutrina Crística, que são indicadores do processo evolutivo e de transformação para a melhoria da humanidade.

Quando temos só a visão imediata das dores e dos sofrimentos, e, não temos a consciência de infringirmos as leis morais, ou de nossas vidas pretéritas, parece-nos que estamos sendo castigados que somos inocentes e que nada cometemos que viesse causar tais infortúnios.

Lívia Pereira Santos em seu livro Frente ao Estresse, chama atenção para o fato de que sem conhecermos as Leis da Reencarnação achamos injustas as provas e as expiações.
JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES
                 3 – As compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra só podem realizar-se na vida futura. Sem a certeza do porvir, essas máximas seriam um contrassenso, ou mais ainda, seriam um engodo. Mesmo com essa certeza, compreende-se dificilmente a utilidade de sofrer para ser feliz. Diz-se que é para haver mais mérito. Mas então se pergunta por que uns sofrem mais do que outros; por que uns nascem na miséria e outros na opulência, sem nada terem feito para justificar essa posição; por que para uns nada dá certo, enquanto para outros tudo parece sorrir? Mas o que ainda menos se compreende é ver os bens e os males tão desigualmente distribuídos entre o vício e a virtude; ver homens virtuosos sofrer ao lado de malvados que prosperam. A fé no futuro pode consolar e proporcionar paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap V item 3)

Sem as verdadeiras instruções dos espíritos ficaríamos sem uma reposta segura par tais paradoxos:

Entretanto, desde que se admite a existência de Deus, não é possível concebê-lo sem suas perfeições. Ele deve ser todo poderoso, todo justiça, todo bondade, pois sem isso não seria Deus. E se Deus é soberanamente justo e bom, não pode agir por capricho ou com parcialidade. As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e como Deus é justo, essa causa deve ser justa. Eis do que todos devem compenetrar-se. Deus encaminhou os homens na compreensão dessa causa pelos ensinos de Jesus, e hoje, considerando-os suficientemente maduros para compreendê-la, revela-a por completo através do Espiritismo, ou seja, pela voz dos Espíritos. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap V item 3)

A maturidade espiritual favorece o homem em seu equilíbrio emocional e na tomada de decisões frente aos desafios da vida.

Sem o equilíbrio da vida intima e a compreensão das perdas e das frustrações, pois estará sem a sua capacidade de conduzir com vontade e consciência do bem, o ser poderá:

·      Se tornar indiferente;  
·      Se tornar extremamente sensível
·      Sentir ódio
·      Sentir amor sem equilíbrio.

Como antídoto para a cura espiritual nesse processo, será necessário desenvolver algumas virtudes:
  • ·     Paciência
  • ·      Perdão
  • ·      Amor ao pr óximo

Quando se tem equilíbrio das emoções e autodomínio é possível se ter uma visão realista da vida.

Lívia sugere um meio eficaz para aprendermos a doutrina que nos eleva na atitude de autorrealização que é através dos seguintes meios educativos:

  • ·      Moderação
  • ·      Entendimento
  • ·      Consciência de si mesmo
  • ·      Compreensão
  • ·      Sensatez
  •  

Quando buscamos a alegria de viver e a felicidade mobilizamos recursos íntimos que nos proporcionam:

  • ·      Firmeza e decisão;
  • ·      Segurança e vontade;
  • ·      Autoestima
  • ·      Autorreflexão para nos questionarmos sobre:

o  Quem somos?
o  Que pensamos?
o  Que sentimos?
o  Que queremos?
o  Como agimos?
o  Como reagimos?


Nenhum comentário:

Postar um comentário