Karma ou Carma é um termo usado principalmente nas
religiões Budista e Hinduista.
No hinduísmo, "carma" refere-se ao efeito que nossas ações geram em nosso
futuro, tanto nesta como em outras vidas, após eventuais reencarnações.
No budismo, o termo se refere às nossas intenções, que podem ser boas, más ou neutras. Boas
intenções geram bons frutos, más intenções geram maus frutos.
Este termo não é usado na doutrina
espírita codificada por Allan Kardec. Esta adota simplesmente o conceito de
"causa e efeito" ou, usando a terceira lei de
Newton como metáfora, "ação e reação". Neste caso, para toda ação tomada pelo homem, este pode
esperar uma reação. Se praticou o mal, então receberá de volta um mal em
intensidade equivalente ao mal causado. Se praticou um bem, a mesma forma.
Porém, há obras espíritas que tratam do termo
carma, com muita propriedade. Na Obra de Wanderley Oliveira, pelo Espírito pai
João de Angola, Encontro com pai João, o mesmo define muito bem o que representa o carma para a espiritualidade.
Ele chama atenção para o conceito errado que a
cultura ocidental criou para o carma que diz que:
Uma pessoa reencarna ao lado de outra
para pagar as dívidas por meio do sofrimento.
Para a espiritualidade, sobre o conceito real de carma se diz
que:
O carma é o que a pessoa precisa
aprender, aquilo que o nosso próprio
espírito necessita realizar.
Ninguém tem carma com o outro. Temos
compromisso cármico com nossa libertação pessoal, com o nosso próprio espírito.
E porque as pessoas surgem em nossos caminhos e
muitas vezes são causadoras de obstáculos em nossas vidas?
Para nos auxiliar em nossa libertação pessoal
criando condições para que coloquemos em prática o planejado para a nossa
libertação.
Precisamos entender que:
·
“Todo planejamento reencarnatório está ficado na felicidade e
na libertação da consciência. Ninguém planeja sofrer.”
·
“O sofrimento decorre da ausência de habilidades e recursos
ainda não adquiridos por nós em nossos relacionamentos e da nossa falta de
cuidados par conviver”
·
Sofrer por sofrer sem buscar uma reação positiva para sair do
sofrimento é doença e não planejamento.
Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, no capítulo II, fala
sobre a Lei de Causa e Efeito ou ação e reação.
Nossa vida é uma sucessão constante de acontecimentos, de encontros e desencontros, de situações aparentemente inexplicáveis, diante das quais, muitas vezes, sentimo-nos como vítimas diante de carrasco implacável, impotentes diante de um destino cruel e irracional.
No
universo, tudo está intimamente relacionado, numa sequência de ações que
desencadeiam reações de igual intensidade. Deus é infinitamente justo e bom, e
nada ocorre que não seja Seu desígnio. Não existe ocorrência do acaso ou sem
uma causa justa. Cada evento ocorre de forma natural, planejada e lógica.
Ação e Reação
Todos
somos responsáveis por cada um dos eventos que ocorrem em nossas vidas, sejam
estes eventos bons, ou aparentemente terríveis. Neste contexto, não existem vítimas. O que aparentemente não tem
explicação é porque nos falta alcance para compreensão da real origem de cada
acontecimento.
Se
buscarmos em nós mesmos, em nossas próprias atitudes, quase sempre
encontraremos a causa de todas as nossas mazelas, porém, caso não a encontremos
a primeira vista, isto não significa que ela não exista, pois não existe efeito
sem causa. Muitas vezes, as causas dos males que nos acometem podem
encontrar-se num passado distante, em existências anteriores, momentaneamente
inacessíveis pelo véu do esquecimento.
“Todas as nossas ações são submetidas
às leis de Deus; não há nenhuma delas, por mais insignificante que nos pareçam,
que não possa ser uma violação dessas leis. Se sofremos as consequências dessa
violação, não nos devemos queixar senão de nós mesmos, que nos fazemos assim os
artífices de nossa felicidade ou de nossa infelicidade futura. ”
Pela lei
de causa e efeito, o homem pode compreender a causa de seus sofrimentos, e de
todo o mal que aflige a humanidade, e pode acima de tudo conhecer e amar um
Deus justo e racional, que dá a cada um segundo suas obras.
Semeaduras e colheitas... significando que mais cedo ou mais tarde teremos que prestar contas pelos nossos atos; por tudo que fizemos a nós mesmos e aos outros.
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