domingo, 10 de janeiro de 2016

Devemos evocar os espíritos ou deixá-los se comunicar espontaneamente?

Devemos evocar os espíritos ou 

deixá-los se comunicar espontaneamente?


           Os Espíritos podem comunicar-se espontaneamente ou atender ao nosso apelo, isto é, ser evocados. 
Algumas pessoas acham que não  devemos evocar nenhum Espírito, sendo preferível esperar o que quiser comunicar-se. Entendem que chamando determinado Espírito não temos a certeza de que é ele que se apresenta, enquanto o que vem espontaneamente, por sua própria iniciativa, prova melhor a sua identidade, pois revela assim o desejo de conversar conosco.
Ao nosso ver, isso é um erro. Primeiramente porque estamos sempre rodeados de Espíritos, na maioria das vezes inferiores, que anseiam por se comunicar. Em segundo lugar, e ainda por essa mesma razão, não chamar nenhum em particular é abrir a porta a todos os que querem entrar. Não dar a palavra a ninguém numa assembléia é deixá-la livre a todos, e bem sabemos o que disso resulta.
O apelo direto a determinado Espírito estabelece um laço entre ele e nós: o chamamos por nossa vontade e assim opomos uma espécie de barreira aos intrusos. 
Sem o apelo direto um Espírito muitas vezes não teria nenhum motivo para vir até nós, se não for um nosso Espírito familiar.
            Essas duas maneiras de agir têm as suas vantagens e só haveria inconveniente na exclusão de uma delas. As comunicações espontâneas não têm nenhum inconveniente quando controlamos os Espíritos e temos a certeza de não deixar que os maus venham a dominar. Então é quase sempre conveniente aguardar a boa vontade dos que desejam manifestar-se, pois o pensamento deles não sofre, dessa maneira, nenhum constrangimento e podemos obter comunicações admiráveis, enquanto o Espírito evocado pode não estar disposto a falar ou não ser capaz de o fazer no sentido que desejamos. Aliás, o exame escrupuloso que aconselhamos é uma garantia contra as más comunicações.
            Nas reuniões regulares, sobretudo quando se desenvolve um trabalho sequente, há sempre Espíritos que as frequentam sem que precisemos chamá-los, pela simples razão de já estarem prevenidos da regularidade das sessões. Manifestam-se quase sempre espontaneamente para tratar de algum assunto, desenvolver um tema ou dar uma orientação. Nesses casos é fácil reconhecê-los, seja pela linguagem que é sempre a mesma, seja pela escrita ou por certos hábitos peculiares.
           

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