COMBATENDO A
TRISTEZA
Em o Evangelho Segundo o
Espiritismo, Allan Kardec fala sobre a melancolia no capítulo V, item 25,
chamando-nos a atenção para o significado real dessa tristeza que muitas vezes
sentimos e que nem sempre sabemos exatamente de onde ela vem. Ele diz:
“Sabeis porque uma vaga tristeza
se apodera por vezes dos vossos corações e vos faz achar a vida tão amarga?
É o vosso espírito que aspira à
felicidade e à liberdade, e que, preso ao corpo que lhe serve de prisão, se
extenua em vãos esforços para dele sair. Mas, vendo que são inúteis, cai no
desencorajamento, e o corpo, suportando sua influência, a languidez, o
abatimento, e uma espécie de apatia se apoderam de vós, e vos achais infelizes.
Crede-me, resiste com energia a
essas impressões que enfraquecem a vossa vontade. ”
(O Evangelho
Segundo o Espiritismo, capítulo V, item 25)
A tristeza desperta no homem uma
série de sintomas PSICOLÓGICOS que podem ou não repercutir no FÍSICO, a
depender da intensidade e da sua capacidade de superação.
Sintomas Psicológicos:
·
Crises de choro
·
Pessimismo
·
Angústia
·
Depressão, etc.
Sintomas Físicos;
·
Perda de apetite
·
Desinteresse por si próprio
·
Apatia e desânimo, falta de iniciativa para a
vida, etc.
Lívia explica que esses estados
alterados e complexos, o medo e as inibições produzem uma sobrecarga
psíquica-fisiológica expressando- se através das muito conhecidas neuroses e
traumas de difíceis soluções.
Espiritualmente, pode-se dizer
que o ESPÍRITO preso ao CORPO FÍSICO, precisa de mudanças e transformações
profundas para merecer e conquistar uma encarnação de equilíbrio e mérito.
Para que isso ocorra, deve-se
mergulhar na busca do AUTOCONHECIMENTO, buscando a cada dia conhecer-se melhor.
Com relação aos DESAFIOS QUE OS
CONSTRANGEM, o espírito deve enfrenta-los como provas que servirão de meio para
a sua caminhada evolutiva.
Os caminhos para esse
enfrentamento são as TERAPIAS que a ciência moderna e as Doutrinas
Espiritualistas colocam a disposição para a tomada de consciência.
Poucas são as pessoas que conseguem
por si só, sem uma ajuda externa, sair desses quadros de tristezas mais
profundas.
É preciso sempre aliar a CURA
FÍSICA com a CURA ESPIRITUAL vislumbrando um tratamento holístico, no qual o
ser é visto como um todo (corpo, mente e espírito).
Dentro dessa proposta de cura, o
homem se pré-dispõe ao trabalho de AUTOTRANSFORMAÇÃO, que vai lhe trazer
bem-estar e equilíbrio.
Em contrapartida, quando nos
encontramos em crise, temos uma tendência a se defender, e acabamos nos
isolando numa espécie de carapaça emocional, que vem a refletir em nossos
COMPORTAMENTOS atuais.
É preciso que, enfrentemos os
MEDOS, INSEGURANÇAS através da VONTADE, do ESFORÇO, BOA VONTADE E TRABALHO, o
que demonstra o reconhecimento do momento em que se está enfrentando desafios
maiores.
A busca deve ser pela REDUÇÃO:
·
DO ESTRESSE
·
DA ANSIEDADE
Controlando esses dois sintomas
de ESTRESSE e a ANSIEDADE, estaremos preparados para AGIR e REAGIR diante:
·
Das circunstâncias embaraçosas;
·
Dos constrangimentos a que somos submetidos;
·
Das perseguições espirituais
Há dois aspectos de fundamental
importância para enfrentarmos essa situação de estresse e ansiedade com
serenidade e equilíbrio, para que a não fiquemos paralisados:
·
Cultivando uma visão otimista da vida
·
Buscar a espiritualização estimulando a fé e
a esperança.
Quando estamos num estado de apatia, tomados pelo desânimo geral
pela vida sentimos sobretudo:
·
Insatisfação com tudo, muitas vezes nos
colocando em condições de lamúrias e reclamações constantes.
·
Perdemos de vista o objetivo de nossa própria
vida: quem sou eu? O que já fiz? O que falta conquistar?
É então, quando colocamos a nossa ALMA num processo de ESTAGNAÇÃO,
VICIAÇÃO E HÁBITOS PERNICIOSOS. Na contrapartida desse estado da alma, é
preciso iniciarmos um movimento de renovação constante, com muito esforço,
firmeza e decisão para conseguirmos bons resultamos quanto à elevação da alma.
É preciso mergulhar em busca da REFORMA ÍNTIMA, do DESEJO SINCERO
DE SE AUTOTRANSFORMAR, identificando em si os traços indeléveis do CARÁTER E
PERSONALIDADE para a sua própria melhoria e crescimento MORAL e ESPIRITUAL.
É preciso nesse processo de BUSCA INTERIOR enfrentarmos a nossa
PRÓRPIA SOMBRA a fim de que tomemos consciência de nossos próprios ERROS E
ACERTOS, tais como desvios de caráter e de conduta, avareza e ambição,
violência, egoísmo, orgulho e vaidade, para a partir dessa conscientização,
criarmos condições de modifica-los.
É preciso ainda que tomemos a consciência de que os desvios de
caráter e de conduta são consequências de nossas ESCOLHAS e do LIVRE-ARBÍTRIO
Os desvios de caráter são indícios de IMPERFEIÇÕES MORAIS da alma
do homem hostil, indiferente, agressivo e violento como muito bem coloca a
autora do livro, consequência de suas escolhas e uso de seu livre-arbítrio.
Quando o homem age com ORGULHO e AMBIÇÃO os seus VALORES SE
AMESQUINHAM e ele se distancia cada vez mais das LEIS DIVINAS. Enfermo da alma,
sem rumo e sem amor, torna-se solitário e inconsequente. Essas condutas
fortalecem o estado de tristeza que homem carrega em sua alma.
Entretanto, quando já entende que só o progresso impulsiona ao
exercício das Leis Maiores, fortalece os BONS PENSAMENTOS e APERFEIÇOA O
CARÁTER, aprimora a consciência e busca o aprendizado espiritual. Já essas
condutas fortalecem a alma, distanciando o homem dos processos de tristezas por
não saber lidar com os desafios da vida.
Precisamos compreender que todos nós, indistintamente, e em
diferentes intensidades, estamos sujeitos a sentir em algum momento de nossas
vidas, essa tristeza, melancolia, essa sensação de incapacidade de lidar com os
problemas da vida. Tudo isso são provas
colocadas em nossa caminhada, através de nossas vivências para que possamos
crescer e evoluir a todo instante, sempre buscando agir com discernimento e
equilíbrio diante das dificuldades para que não venhamos a ferir dois
princípios básicos dos Direitos Naturais que Deus tratou de dar a todos os seus
filhos:
·
Seu direito termina quando o do outro começa;
·
Não faça ao outro, aquilo que não gostaria
que fizessem contigo.
Portanto, antes de agir reflita:
·
Que se o seu direito termina quando o do
outro começa, há um limite para ser respeitado.
·
Que a verdade e a razão nem sempre está
conosco. É preciso se abrir a escutar o outro e entende-lo, antes de tomar
atitudes erradas.
·
Coloque-se no lugar do outro e analise se
aquela atitude irá causar algum dano às pessoas envolvidas no processo. Se não causar nenhum mal, siga em frente, a
razão pode mesmo estar com você. Se causar algum dano, recue e reflita outros
meios de se atingir os seus objetivos.
Fonte: Frente ao estresse
Autora: Lívia Pereira Santos