sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

COMBATENDO A TRISTEZA

COMBATENDO A TRISTEZA
Em o Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec fala sobre a melancolia no capítulo V, item 25, chamando-nos a atenção para o significado real dessa tristeza que muitas vezes sentimos e que nem sempre sabemos exatamente de onde ela vem. Ele diz:
“Sabeis porque uma vaga tristeza se apodera por vezes dos vossos corações e vos faz achar a vida tão amarga?
É o vosso espírito que aspira à felicidade e à liberdade, e que, preso ao corpo que lhe serve de prisão, se extenua em vãos esforços para dele sair. Mas, vendo que são inúteis, cai no desencorajamento, e o corpo, suportando sua influência, a languidez, o abatimento, e uma espécie de apatia se apoderam de vós, e vos achais infelizes.
Crede-me, resiste com energia a essas impressões que enfraquecem a vossa vontade. ”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item 25)
A tristeza desperta no homem uma série de sintomas PSICOLÓGICOS que podem ou não repercutir no FÍSICO, a depender da intensidade e da sua capacidade de superação.

Sintomas Psicológicos:
·        Crises de choro
·        Pessimismo
·        Angústia
·        Depressão, etc.
Sintomas Físicos;
·        Perda de apetite
·        Desinteresse por si próprio
·        Apatia e desânimo, falta de iniciativa para a vida, etc.

Lívia explica que esses estados alterados e complexos, o medo e as inibições produzem uma sobrecarga psíquica-fisiológica expressando- se através das muito conhecidas neuroses e traumas de difíceis soluções.

Espiritualmente, pode-se dizer que o ESPÍRITO preso ao CORPO FÍSICO, precisa de mudanças e transformações profundas para merecer e conquistar uma encarnação de equilíbrio e mérito.

Para que isso ocorra, deve-se mergulhar na busca do AUTOCONHECIMENTO, buscando a cada dia conhecer-se melhor.

Com relação aos DESAFIOS QUE OS CONSTRANGEM, o espírito deve enfrenta-los como provas que servirão de meio para a sua caminhada evolutiva.

Os caminhos para esse enfrentamento são as TERAPIAS que a ciência moderna e as Doutrinas Espiritualistas colocam a disposição para a tomada de consciência.
Poucas são as pessoas que conseguem por si só, sem uma ajuda externa, sair desses quadros de tristezas mais profundas.

É preciso sempre aliar a CURA FÍSICA com a CURA ESPIRITUAL vislumbrando um tratamento holístico, no qual o ser é visto como um todo (corpo, mente e espírito).
Dentro dessa proposta de cura, o homem se pré-dispõe ao trabalho de AUTOTRANSFORMAÇÃO, que vai lhe trazer bem-estar e equilíbrio.

Em contrapartida, quando nos encontramos em crise, temos uma tendência a se defender, e acabamos nos isolando numa espécie de carapaça emocional, que vem a refletir em nossos COMPORTAMENTOS atuais.

É preciso que, enfrentemos os MEDOS, INSEGURANÇAS através da VONTADE, do ESFORÇO, BOA VONTADE E TRABALHO, o que demonstra o reconhecimento do momento em que se está enfrentando desafios maiores.

A busca deve ser pela REDUÇÃO:
·        DO ESTRESSE
·        DA ANSIEDADE

Controlando esses dois sintomas de ESTRESSE e a ANSIEDADE, estaremos preparados para AGIR e REAGIR diante:
·        Das circunstâncias embaraçosas;
·        Dos constrangimentos a que somos submetidos;
·        Das perseguições espirituais

Há dois aspectos de fundamental importância para enfrentarmos essa situação de estresse e ansiedade com serenidade e equilíbrio, para que a não fiquemos paralisados:
·        Cultivando uma visão otimista da vida
·        Buscar a espiritualização estimulando a fé e a esperança.

Quando estamos num estado de apatia, tomados pelo desânimo geral pela vida sentimos sobretudo:
·        Insatisfação com tudo, muitas vezes nos colocando em condições de lamúrias e reclamações constantes.
·        Perdemos de vista o objetivo de nossa própria vida: quem sou eu? O que já fiz? O que falta conquistar?

É então, quando colocamos a nossa ALMA num processo de ESTAGNAÇÃO, VICIAÇÃO E HÁBITOS PERNICIOSOS. Na contrapartida desse estado da alma, é preciso iniciarmos um movimento de renovação constante, com muito esforço, firmeza e decisão para conseguirmos bons resultamos quanto à elevação da alma.

É preciso mergulhar em busca da REFORMA ÍNTIMA, do DESEJO SINCERO DE SE AUTOTRANSFORMAR, identificando em si os traços indeléveis do CARÁTER E PERSONALIDADE para a sua própria melhoria e crescimento MORAL e ESPIRITUAL.

É preciso nesse processo de BUSCA INTERIOR enfrentarmos a nossa PRÓRPIA SOMBRA a fim de que tomemos consciência de nossos próprios ERROS E ACERTOS, tais como desvios de caráter e de conduta, avareza e ambição, violência, egoísmo, orgulho e vaidade, para a partir dessa conscientização, criarmos condições de modifica-los.

É preciso ainda que tomemos a consciência de que os desvios de caráter e de conduta são consequências de nossas ESCOLHAS e do LIVRE-ARBÍTRIO

Os desvios de caráter são indícios de IMPERFEIÇÕES MORAIS da alma do homem hostil, indiferente, agressivo e violento como muito bem coloca a autora do livro, consequência de suas escolhas e uso de seu livre-arbítrio.

Quando o homem age com ORGULHO e AMBIÇÃO os seus VALORES SE AMESQUINHAM e ele se distancia cada vez mais das LEIS DIVINAS. Enfermo da alma, sem rumo e sem amor, torna-se solitário e inconsequente. Essas condutas fortalecem o estado de tristeza que homem carrega em sua alma.

Entretanto, quando já entende que só o progresso impulsiona ao exercício das Leis Maiores, fortalece os BONS PENSAMENTOS e APERFEIÇOA O CARÁTER, aprimora a consciência e busca o aprendizado espiritual. Já essas condutas fortalecem a alma, distanciando o homem dos processos de tristezas por não saber lidar com os desafios da vida.

Precisamos compreender que todos nós, indistintamente, e em diferentes intensidades, estamos sujeitos a sentir em algum momento de nossas vidas, essa tristeza, melancolia, essa sensação de incapacidade de lidar com os problemas da vida.  Tudo isso são provas colocadas em nossa caminhada, através de nossas vivências para que possamos crescer e evoluir a todo instante, sempre buscando agir com discernimento e equilíbrio diante das dificuldades para que não venhamos a ferir dois princípios básicos dos Direitos Naturais que Deus tratou de dar a todos os seus filhos:

·        Seu direito termina quando o do outro começa;
·        Não faça ao outro, aquilo que não gostaria que fizessem contigo.

Portanto, antes de agir reflita:
·        Que se o seu direito termina quando o do outro começa, há um limite para ser respeitado.

·        Que a verdade e a razão nem sempre está conosco. É preciso se abrir a escutar o outro e entende-lo, antes de tomar atitudes erradas.


·        Coloque-se no lugar do outro e analise se aquela atitude irá causar algum dano às pessoas envolvidas no processo.  Se não causar nenhum mal, siga em frente, a razão pode mesmo estar com você. Se causar algum dano, recue e reflita outros meios de se atingir os seus objetivos.

       Fonte: Frente ao estresse
       Autora: Lívia Pereira Santos

ANSIEDADE E CONSEQUÊNCIAS

ANSIEDADE E CONSEQUÊNCIAS
O que é ANSIEDADE?

A ANSIEDADE denota um estado de desequilíbrio emocional causado por diversos fatores conforme bem mencionado no livro por Lívia: distúrbios de conduta, angustias, insegurança, e medo.

As Leis morais são meios norteadores para o bom convívio entre os homens, e aqueles que não as conhecem ou as adotam para a sua vida  permanecem em seu estado de primitivismo e de animalidade.

Um conjunto de conflitos não resolvidos acabam por causar ansiedade, uma vez que a incerteza  de como irão se desenrolar esses conflitos nos deixa ansioso.
É importante notar e o homem evangelizado e espiritualizado, que age no bem e de forma pacífica, torna-se menos ansioso.

Há virtudes determinantes para o autodomínio e o controle dessa ansiedade que o homem precisa conquistar. É preciso fortalecer a razão e expressar sentimentos de amoré fraternidade para que o homem caminhe na direção de Deus.
É preciso ter fé, tolerância, perdão e indulgencia, componentes efetivos para a transformação do comportamento ansioso no trabalho efetivo.

As leis divinas e a consciência  desperta para o bem faz com que o homem desperte vivencie a harmonia e o equilíbrio no seu comportamento e nas suas decisões.

A paciência, a calma,  a indulgencia e a aceitação são  agentes especiais no combate à ansiedade, uma vez que educam e tornam o homem receptivo e reflexivo quanto as provas e as expiações.

É preciso buscar a calma, aprender a esperar para eliminar a ansiedade e compulsividade.

E o que podemos fazer para eliminar essas tensões?
·         Ser paciente
·         Ter sempre uma postura de tranquilidade
·         Dar credibilidade até que tudo seja desenrolado
·         Confiar
·         Respeitar

Esses são atributos tranquilizadores e equilibrados  capazes de criar condições essenciais para o bem.

Quando compreendermos que tudo começa no pensamento edificante que irá viabilizar uma conduta equilibrada, harmônica e de vibrações sutis, passaremos a agir sem ansiedade e com equilíbrio.

A procura para combater a ansiedade não está nos fármacos , mas na terapêutica, ´psíquico-espiritual que elimina tudo o que constrange a alma.


Empatia, Simpatia e Antipatias

Empatia, Simpatia e Antipatias
O que é empatia?
A empatia é tentarmos entender os outros, termos a capacidade de ver e compreender a realidade através dos olhos dos outros.

Muitos confundem a empatia com a simpatia, embora sejam diferentes.

Simpatia é o que nós sentimos em relação aos outros ou o que transmitimos para os outros.
A simpatia tem como objetivo estar com o outro e agradar e a empatia tem como objetivo conhecer e compreender. Embora parecidos, seus significados são diferentes e devem ser usadas em situações diferentes. Ambos contribuem para um bom desenvolvimento das relações humanas, mas são conceitos distintos.

Lívia Pereira Santos em seu Livro Frente ao Estresse explica que a empatia, isto é, entrar no sentimento do outro possibilita:
·         Aprender e compreender as vivências afetivas e os sentimentos.
·         Encontros e reencontros que nos colocam em contato com o nosso íntimo.
É através dessas duas possibilidades que está condicionada:
·         Aceitação
·         Afetividade
·         Afinidade
·         Entendimento
·         Concordância
·         Proximidade.
Elementos indispensáveis para que haja simpatia entre as partes, e ação crescente de afetividade.
Lívia chama atenção para a TROCA ENERGÉTICA que se estabelece no processo simpático, fortalecendo os processos empáticos que vem a transformar laços de amizade em amor, convivência, sustentação e compreensão.
Por outro lado, há também as tão faladas ANTIPATIAS motivadas pelos seguintes aspectos:
·         Distanciamentos;
·         Separações
·         Sectarismo (definir)
·         Intolerâncias
·         Indiferenças
·         Preconceitos
·         Desafetos
·         Desentendimentos

Esses aspectos fornecem ENERGIAS REPELENTES, densas, causando uma intoxicação mental, tendo como resultado os seguintes SENTIMENTOS:

·         Solidão
·         Constrangimentos
·         Irritação
·         Agressividade
·         Violência
·         Vulnerabilidade
O EQUILÍBRIO e a HARMONIA são de fundamental importância para que sejamos felizes e para obtermos sucesso na ciência do amor que se constrói pelas conquistas da empatia e da simpatia.
Lívia propõe um questionamento para que possamos refletir.
Quem de nós poderia dizer que não precisamos de afetos?
Quando obtemos sucesso na CIÊNCIA DO AMOR, contrária à lei do egoísmo, já adquirimos;
·         Confiança no próximo
·         Atitudes de paz
·         Autoconsciência (quem sou eu?)
·         Relacionamentos de amizade
·         Afetividade
·         Respeito mútuo
·         Boa convivência

O amor age como força maior da expressão do afeto convergindo para o equilíbrio das relações interpessoais.

Há uma necessidade de COMPREENDER OS DEVERES E OS DIREITOS para que haja total aceitação dos limites e das necessidades do outro.

CONVIVÊNCIAS

O Evangelho guia os passos e os pensamentos de todos que buscam internalizar as lições do Mestre Jesus. Um autêntico guia para o nosso aperfeiçoamento moral e a forma de ver as coisas.

A autora explicar que VIVER é reagir diante das provas e das expiações, fortalecendo-se e firmando-se naquilo que se faz necessário para a sua própria evolução.
Dentro desse contexto é preciso:
·         Combater o desânimo e a inércia;
·         Compreender as razões das provas
·         Investir em sua reforma íntima
·         Um trabalho útil, tornando-se produtivo na sociedade
·         Investir em conhecimento, tornando-se mais instruídos.
Todos esses contextos de possibilidades afastam:
·         A depressão
·         A falta de vontade
·         O estresse emocional
·         Os desacertos das relações antipáticas como um todo.
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Intervenções:
No Livro segundo de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec, Mundo Espírita ou dos Espíritos, Capítulo VII- Retorno a vida corporal, no item VII- Simpatias e Antipatias Terrenas, (Questões 386 à 391), Allan Kardec explica que:
Dois seres que se conheceram e se amaram podem encontrar se noutra existência corpórea , porém, não poderiam se reconhecer; mas serem atraídos um pelo outro sim; e frequentemente as ligações íntimas, fundadas numa afeição sincera, não provem de outra causa. Dois seres se aproximam um do outro por circunstâncias aparentemente fortuitas, mas que são o resultado da atração de dois Espíritos que se buscam através da multidão.

Nem sempre é agradável para eles se reconhecerem. A recordação das existências passadas teria inconvenientes maiores do que acreditais. Apôs a morte eles se reconhecerão e saberão em que tempo estiveram juntos.

A simpatia nem sempre tem por motivo um conhecimento anterior. Dois Espíritos que tenham afinidades se procuram naturalmente sem que se hajam conhecido como encarnados.

Há, entre os seres pensantes, ligações que ainda não conheceis O magnetismo é a bússola desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor.

A antipatia entre duas pessoas pode nascer primeiro naquele cujo Espírito é pior ou melhor, mas as causas e os efeitos são diferentes.  Um Espírito mau sente antipatia por quem quer que o possa julgar e desmascarar; vendo uma pessoa pela primeira vez, percebe que ela vai desaprová-lo; seu afastamento se transforma então em ódio, inveja e lhe inspira o desejo de fazer o mal. O bom Espírito sente repulsa pelo mau porque sabe que não será compreendido por ele e que ambos não participam dos mesmos sentimentos; mas seguro de sua superioridade, não sente contra o outro nem ódio nem inveja: contenta-se em evitá-lo e lastimá-lo.

LIVRO SEGUNDO
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX– INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPÓREO
V- Afeição dos Espíritos por certas pessoas.
(Questões 484 à 488)

Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou suscetíveis de se melhorar; os Espíritos inferiores, com os homens viciosos ou que podem viciar-se: daí o seu apego, resultante da semelhança de sensações.
A afeição verdadeira nada tem de carnal; mas quando um Espírito se apega a uma pessoa, nem sempre o faz por afeição, podendo existir no caso uma lembrança de paixões humanas.

Os bons Espíritos fazem todo o bem que podem e se sentem felizes com as vossas alegrias. Eles se afligem com os vossos males, quando não os suportais com resignação, porque então esses males não vos dão resultados, pois procedeis como o doente que rejeita o remédio amargo destinado a curá-lo.

A espécie de mal que mais faz os Espíritos se afligirem por nós é o vosso egoísmo e vossa dureza de coração: é disso que tudo deriva. Eles riem de todos esses males imaginários que nascem do orgulho e da ambição e se rejubilam com os que têm por fim abreviar o vosso tempo de prova.

  Comentário de Kardec:  Os Espíritos, sabendo que a vida corporal é apenas transitória e que as tribulações que a acompanham são meios de conduzir a um estado melhor, se afligem mais pelas causas morais que podem distanciar-nos desse estado do que pelos males físicos.

        Os Espíritos pouco se importam com os infortúnios que só afetam as nossas ideias mundanas, como fazemos com as aflições pueris da infância.

        O Espírito que vê nas aflições da vida um meio de adiantamento para nós considera-as como a crise momentânea que deve salvar o doente. Compadece-se dos nossos sofrimentos como nos compadecemos dos sofrimentos de um amigo mas vendo as coisas de um ponto de vista mais Justo, aprecia-os de maneira diversa, e enquanto os bons reerguem a nossa coragem, no interesse do nosso futuro os outros, tentando comprometer-nos, nos incitam ao desespero.

Nossos parentes e nossos amigos, que nos precederam na outra vida, tem mais simpatia por nós do que os Espíritos que nos sãos estranhos, e frequentemente vos protegem como Espíritos, de acordo com o seu poder.


Eles são muito sensíveis à afeição que lhes conservamos, mas esquecem aqueles que os esquecem.


Fonte: Frente ao estress
Autora: Lívia Pereira Santos