Autotransformação
Vamos nos desligando do meio
externo e nesse momento vamos nos abrir a mais um encontro de
autotransformação. Comece concentrando-se em sua respiração. Sinta a sua
respiração suave, regular e profunda. Uma respiração bem relaxada. Esse é o
caminho par dentro de si. A cada respiração deixe-se ir mais fundo, mais fundo,
mais e mais fundo, entrando num estado de relaxamento e tranquilidade, Isto é
muito saudável para a sua mente e para seu corpo. Relaxar, voltar-se para
dentro sentindo a paz.
Lembremos junto que nos encontramos com o
nosso homem velho e que hoje somos um só um homem novo, reflexivo e desejoso de
mudar ainda mais. Sinta nesse momento, aquele sentimento de gratidão profunda
por toda a Espiritualidade Amiga, pelos Mentores Espirituais dessa Casa, pelo
nosso Anjo Guardião, mais uma vez, Obrigada! Muito Obrigada!
Lembremos que vivemos o
momento da Maioridade Espírita, e que esse momento, exige de cada um de nós a
educação de nossos sentimentos. O sentimento educado estabelece novas atitudes.
Eis o traço fundamental da maioridade das ideias espíritas. Lembremos daquela
viagem ao mundo espiritual que fizemos juntos, para atendermos a um Apelo do
mais Alto, Apelo de Concórdia. Nesse
encontro, aprendemos que UNIÃO não é tarefa simples de concretizar e que a CONCÓRDIA
é um trabalho lento e gradativo de vencer a carapaça do egoísmo em direção a
novas experiências. Lembremos daquele momento especial em nossas vidas no qual
pela primeira vez, nos encontramos pessoalmente, com um dos maiores obstáculos
da evolução do ser humano e do ser espiritual, encarnados e desencarnados: a
Mágoa. Agora que sabemos qual a primeira pedra de nosso caminho que precisamos
compreender para eliminá-la. A mágoa é um sentimento perfeitamente aceitável em
se tratando de almas iluminadas com o conhecimento espírita.
Hoje vamos dar mais um passo
pela nossa autotransformação. Porém, esse novo passo nos levará à profunda
reflexão sobre as necessidades iminentes de mudanças. Essa mensagem veio em
psicografia para lhes ser compartilhada, convidando-nos ao trabalho, que nos
diz:
Autotransformação
Que o menino Jesus possa
renascer em nós nesse momento de renovação espiritual a que tanto necessitamos
nesse período de transição do Planeta Terra.
É tempo de transformarmos
nossas ideologias teorizadas em doutrina, em atitudes de amor, de sabedoria à
luz da razão e do esclarecimento de que tanto necessitamos.
Somos almas carentes de
renovação imediata e somente a luz do espiritismo redivivo poderá nos fazer
espíritas melhores. O trabalho urge não só na casa espírita, mas também na
família, no trabalho, nas relações que se estabelecem entre aqueles que estão
em nossos caminhos, a propósito de aprender ou ensinar algo entre si.
Sejamos conscientes de nossas
responsabilidades espirituais as quais somos chamados a praticá-las com
seriedade, amor e equilíbrio com o nosso próximo.
Estejamos atentos à espiritualidade
amiga que nos acompanha em nossa escalada de evolução espiritual a fim de
compreendermos as sinalizações que nos sãos dadas nos momentos dos quais mais
precisamos.
A sintonia da oração, com o coração puro nos
torna receptivos à compreensão daquilo que vem para nós. A sintonia se
estabelece pela oração e pelo sentimento puro que colocamos naquilo a que nos
propomos fazer num ideal de amor.
Vamos construir uma edificação
de luz, de energia positiva onde os sentimentos pequenos dos quais se ocupam o
homem encarnado, sejam desfeitos por essa energia de amor, energia construtiva,
imbuídos no bem.
Sejamos fortes e determinados
a se ocupar das causas nobres que engrandecem o nosso ser perante o Cristo.
Separemos o joio do trigo de
maneira que o joio não seja renegado, mas acolhido e transformado. Entendamos
que o trigo de hoje foi o joio de ontem e se hoje você é trigo ontem já foi
joio.
Jesus disse: “Amai os vossos
inimigos como a si mesmo”. Essa máxima engloba toda a caridade necessária que
deve ser praticada ao seu próximo ainda que o seu próximo esteja bem distante
daquilo que seja o ideal perante o Cristo. Mas quem somos nós para julgar?
Exerçamos o que nos cabe por
direito, o que dispomos para derramarmos sobre os nossos irmãos que nada mais é
o perdão de todas as ofensas sofridas e causadas por cada um de nós, não só
nessa vida como em vidas passadas.
Essa casa amparada pelos
Irmãos Espirituais, Mentores Celestes, vem ajuda-los a reerguer a seara do bem,
pois vos sois os trabalhadores da última hora. Estejamos sempre na sintonia com
a Espiritualidade Maior que jamais desampara, jamais castiga, porque está livre
de julgamentos, porém se mantém na condição desse barco de amor a guiar o leme.
Ao joio raramente a luz vai
esclarecer e é preciso saber lidar com ele. Pois, é preciso compreender que
cada um tem seu tempo de esclarecimento, de compreender o espiritismo à luz da
razão e não mais da emoção pura e simples.
Quando é chegado o tempo do
esclarecimento à luz da razão, o momento se abre à maioridade das ideias
espíritas que exige de nós a educação de nossos sentimentos, de nossos
instintos, tornando possível uma relação harmônica entre todos.
Não há outro caminho para a
autotransformação que não seja através da educação de nossos sentimentos.
Irmãos, eu venho lhes convidar
a fazer parte dessa busca incessante, de auto-burilamento a qual a humanidade
está inserida sem a consciência real de seus atos perante a construção de sua
escalada espiritual, rumo à evolução.
Sejamos fortes e determinados,
imbuídos no sentimento de amor e nos dediquemos nesse momento, a identificar em
nós, cada imperfeição moral que trazemos de vidas passadas, construindo o homem
novo que Deus escolheu para habitar o Planeta Terra que busca construir os
alicerces da regeneração, deixando aos poucos de ser um planeta de provas e
expiações. Tomamos consciência de que a regeneração começa em cada um de nós
individualmente, para daí construirmos o todo de um planeta tão complexo.
Irmãos, estejamos unidos pelos
mesmos objetivos, em tempos de concórdia e amorosidade de que tanto
necessitamos.
Que a Paz de Deus esteja com
todos!
Autoconhecimento
LIVRO TERCEIRO
AS LEIS MORAIS
CAPÍTULO XII - PERFEIÇÃO MORAL
V- Conhecimento de si mesmo
(Questão
919)
Um sábio da Antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo. Eis o meio
prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do
mal.
Compreendemos toda a sabedoria dessa máxima, porém a dificuldade está
precisamente em se conhecer a si próprio. Para chegar a isso, fazei o que eu
fazia quando vivi na Terra, disse Santo Agostinho:
“No fim de cada dia interrogava a minha consciência, passava em revista o
que havia feito e me perguntava a mim mesmo se não tinha faltado ao cumprimento
de algum dever, se ninguém teria tido motivos para se queixar de mim. Foi assim
que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim, necessitava de reforma. Aquele
que todas as noites lembrasse todas as ações do dia e se perguntasse o que fez
de bem e de mal, pedindo a Deus e ao seu Anjo Guardião, que o esclarecessem,
adquiriria uma grande força para se aperfeiçoar, porque, acreditai-me: Deus o
assistirá.
Formulai, portanto, as vossas perguntas, indagai o que fizestes e com que
fito agistes em determinadas circunstância, se fizestes alguma coisa que a
censuraríeis nos outros, se praticaste uma ação que não ousaríeis confessar.
Perguntai ainda isto: e aprouvesse a Deus chamar-me nesse momento, ao entrar no
mundo dos espíritos, onde nada é oculto, teria eu de temer o olhar de alguém?
Examinei o que pudésseis ter feito contra Deus, depois contra o próximo, e por
fim contra vôs mesmos. As respostas serão motivo de repouso para vossa
consciência ou indicarão um mal que deve ser curado.
O conhecimento de si mesmo é portanto a chave do melhoramento
individual. Mas, direis, como julgar a
si mesmo? Não se terá a ilusão do amor próprio, que atenua as faltas e as torna
desculpáveis? O avaro se julga simplesmente econômico e previdente, o orgulhoso
se considera tão somente cheio de dignidade. Tudo isso é muito certo, mas
tendes um meio de controle que não vos pode enganar. Quando estais indecisos
quanto ao valor de uma de vossas ações, perguntai como a qualificaríeis se
tivesse sido praticada por outra pessoa. Se a censurardes em outro, ela não
poderia ser mais legítima para vós, porque Deus não usa de duas medidas para a
justiça.
Procurai também saber o que pensam os outros e não negligenciais a
opinião de vossos inimigos, porque eles não têm nenhum interesse em disfarçar a
verdade e realmente Deus os colocou ao vosso lado como um espelho, para vos
advertirem com mais franqueza do que o faria um amigo.
Que aquele que tem a verdadeira vontade de se melhorar explore, portanto,
a sua consciência, a fim de arrancar dali as más tendências como arranca aas
ervas daninhas do seu jardim: que faça o balanço de sua jornada moral como o
negociante o faz de seus lucros e perdas, e eu vos asseguro que o primeiro será
mais proveitoso que o outro. Se ele puder dizer que a sua jornada foi boa, pode
dormir em paz e esperar sem temor o despertar na outra vida.
Formulai portanto, perguntas claras e precisas e não temais
multiplica-las; pode-se muito bem consagrar alguns minutos à conquista da
felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias para ajuntar o que vos dê
repouso na velhice? Esse repouso não é o objeto de todos os seus desejos, o
alvo que vos permite sofrer as fadigas e as privações passageiras? Pois bem: o
que é esse repouso de alguns dias, perturbado pelas enfermidades do corpo, ao
lado daquilo que aguarda o homem de bem? Isso não vale a pena de alguns
esforços? Sei que muitos dizem que o presente é positivo e o futuro é incerto.
Ora, aí está, precisamente, o pensamento que fomos encarregados de destruir em
vossas mentes, pois desejamos fazer-vos compreender esse futuro de maneira a
que nenhuma dúvida possa restar em vossa alma. Foi por isso que chamamos
primeiro a vossa atenção para os fenômenos da natureza que vos tocam os
sentidos e depois vos demos instruções que cada um de nós tem o dever de difundir.
Foi com esse propósito que ditamos “O Livro dos Espíritos”. (SANTO AGOSTINHO)
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