segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

"Autotransformação" - Série Meditação - Vídeo 06 - Por Alessandra Uzêda





Autotransformação

Vamos nos desligando do meio externo e nesse momento vamos nos abrir a mais um encontro de autotransformação. Comece concentrando-se em sua respiração. Sinta a sua respiração suave, regular e profunda. Uma respiração bem relaxada. Esse é o caminho par dentro de si. A cada respiração deixe-se ir mais fundo, mais fundo, mais e mais fundo, entrando num estado de relaxamento e tranquilidade, Isto é muito saudável para a sua mente e para seu corpo. Relaxar, voltar-se para dentro sentindo a paz.

 Lembremos junto que nos encontramos com o nosso homem velho e que hoje somos um só um homem novo, reflexivo e desejoso de mudar ainda mais. Sinta nesse momento, aquele sentimento de gratidão profunda por toda a Espiritualidade Amiga, pelos Mentores Espirituais dessa Casa, pelo nosso Anjo Guardião, mais uma vez, Obrigada! Muito Obrigada!

Lembremos que vivemos o momento da Maioridade Espírita, e que esse momento, exige de cada um de nós a educação de nossos sentimentos. O sentimento educado estabelece novas atitudes. Eis o traço fundamental da maioridade das ideias espíritas. Lembremos daquela viagem ao mundo espiritual que fizemos juntos, para atendermos a um Apelo do mais Alto, Apelo de Concórdia.  Nesse encontro, aprendemos que UNIÃO não é tarefa simples de concretizar e que a CONCÓRDIA é um trabalho lento e gradativo de vencer a carapaça do egoísmo em direção a novas experiências. Lembremos daquele momento especial em nossas vidas no qual pela primeira vez, nos encontramos pessoalmente, com um dos maiores obstáculos da evolução do ser humano e do ser espiritual, encarnados e desencarnados: a Mágoa. Agora que sabemos qual a primeira pedra de nosso caminho que precisamos compreender para eliminá-la. A mágoa é um sentimento perfeitamente aceitável em se tratando de almas iluminadas com o conhecimento espírita.

Hoje vamos dar mais um passo pela nossa autotransformação. Porém, esse novo passo nos levará à profunda reflexão sobre as necessidades iminentes de mudanças. Essa mensagem veio em psicografia para lhes ser compartilhada, convidando-nos ao trabalho, que nos diz:

Autotransformação
Que o menino Jesus possa renascer em nós nesse momento de renovação espiritual a que tanto necessitamos nesse período de transição do Planeta Terra.

É tempo de transformarmos nossas ideologias teorizadas em doutrina, em atitudes de amor, de sabedoria à luz da razão e do esclarecimento de que tanto necessitamos.
Somos almas carentes de renovação imediata e somente a luz do espiritismo redivivo poderá nos fazer espíritas melhores. O trabalho urge não só na casa espírita, mas também na família, no trabalho, nas relações que se estabelecem entre aqueles que estão em nossos caminhos, a propósito de aprender ou ensinar algo entre si.

Sejamos conscientes de nossas responsabilidades espirituais as quais somos chamados a praticá-las com seriedade, amor e equilíbrio com o nosso próximo.

Estejamos atentos à espiritualidade amiga que nos acompanha em nossa escalada de evolução espiritual a fim de compreendermos as sinalizações que nos sãos dadas nos momentos dos quais mais precisamos.

 A sintonia da oração, com o coração puro nos torna receptivos à compreensão daquilo que vem para nós. A sintonia se estabelece pela oração e pelo sentimento puro que colocamos naquilo a que nos propomos fazer num ideal de amor.

Vamos construir uma edificação de luz, de energia positiva onde os sentimentos pequenos dos quais se ocupam o homem encarnado, sejam desfeitos por essa energia de amor, energia construtiva, imbuídos no bem.

Sejamos fortes e determinados a se ocupar das causas nobres que engrandecem o nosso ser perante o Cristo.

Separemos o joio do trigo de maneira que o joio não seja renegado, mas acolhido e transformado. Entendamos que o trigo de hoje foi o joio de ontem e se hoje você é trigo ontem já foi joio.

Jesus disse: “Amai os vossos inimigos como a si mesmo”. Essa máxima engloba toda a caridade necessária que deve ser praticada ao seu próximo ainda que o seu próximo esteja bem distante daquilo que seja o ideal perante o Cristo. Mas quem somos nós para julgar?

Exerçamos o que nos cabe por direito, o que dispomos para derramarmos sobre os nossos irmãos que nada mais é o perdão de todas as ofensas sofridas e causadas por cada um de nós, não só nessa vida como em vidas passadas.

Essa casa amparada pelos Irmãos Espirituais, Mentores Celestes, vem ajuda-los a reerguer a seara do bem, pois vos sois os trabalhadores da última hora. Estejamos sempre na sintonia com a Espiritualidade Maior que jamais desampara, jamais castiga, porque está livre de julgamentos, porém se mantém na condição desse barco de amor a guiar o leme.

Ao joio raramente a luz vai esclarecer e é preciso saber lidar com ele. Pois, é preciso compreender que cada um tem seu tempo de esclarecimento, de compreender o espiritismo à luz da razão e não mais da emoção pura e simples.

Quando é chegado o tempo do esclarecimento à luz da razão, o momento se abre à maioridade das ideias espíritas que exige de nós a educação de nossos sentimentos, de nossos instintos, tornando possível uma relação harmônica entre todos.

Não há outro caminho para a autotransformação que não seja através da educação de nossos sentimentos.
Irmãos, eu venho lhes convidar a fazer parte dessa busca incessante, de auto-burilamento a qual a humanidade está inserida sem a consciência real de seus atos perante a construção de sua escalada espiritual, rumo à evolução.

Sejamos fortes e determinados, imbuídos no sentimento de amor e nos dediquemos nesse momento, a identificar em nós, cada imperfeição moral que trazemos de vidas passadas, construindo o homem novo que Deus escolheu para habitar o Planeta Terra que busca construir os alicerces da regeneração, deixando aos poucos de ser um planeta de provas e expiações. Tomamos consciência de que a regeneração começa em cada um de nós individualmente, para daí construirmos o todo de um planeta tão complexo.

Irmãos, estejamos unidos pelos mesmos objetivos, em tempos de concórdia e amorosidade de que tanto necessitamos.

Que a Paz de Deus esteja com todos!













Autoconhecimento




LIVRO TERCEIRO
AS LEIS MORAIS
CAPÍTULO XII -  PERFEIÇÃO MORAL
V- Conhecimento de si mesmo
 (Questão 919)
Um sábio da Antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo. Eis o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do mal.

Compreendemos toda a sabedoria dessa máxima, porém a dificuldade está precisamente em se conhecer a si próprio. Para chegar a isso, fazei o que eu fazia quando vivi na Terra, disse Santo Agostinho:

“No fim de cada dia interrogava a minha consciência, passava em revista o que havia feito e me perguntava a mim mesmo se não tinha faltado ao cumprimento de algum dever, se ninguém teria tido motivos para se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim, necessitava de reforma. Aquele que todas as noites lembrasse todas as ações do dia e se perguntasse o que fez de bem e de mal, pedindo a Deus e ao seu Anjo Guardião, que o esclarecessem, adquiriria uma grande força para se aperfeiçoar, porque, acreditai-me: Deus o assistirá.

Formulai, portanto, as vossas perguntas, indagai o que fizestes e com que fito agistes em determinadas circunstância, se fizestes alguma coisa que a censuraríeis nos outros, se praticaste uma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda isto: e aprouvesse a Deus chamar-me nesse momento, ao entrar no mundo dos espíritos, onde nada é oculto, teria eu de temer o olhar de alguém? Examinei o que pudésseis ter feito contra Deus, depois contra o próximo, e por fim contra vôs mesmos. As respostas serão motivo de repouso para vossa consciência ou indicarão um mal que deve ser curado.

O conhecimento de si mesmo é portanto a chave do melhoramento individual.  Mas, direis, como julgar a si mesmo? Não se terá a ilusão do amor próprio, que atenua as faltas e as torna desculpáveis? O avaro se julga simplesmente econômico e previdente, o orgulhoso se considera tão somente cheio de dignidade. Tudo isso é muito certo, mas tendes um meio de controle que não vos pode enganar. Quando estais indecisos quanto ao valor de uma de vossas ações, perguntai como a qualificaríeis se tivesse sido praticada por outra pessoa. Se a censurardes em outro, ela não poderia ser mais legítima para vós, porque Deus não usa de duas medidas para a justiça.

Procurai também saber o que pensam os outros e não negligenciais a opinião de vossos inimigos, porque eles não têm nenhum interesse em disfarçar a verdade e realmente Deus os colocou ao vosso lado como um espelho, para vos advertirem com mais franqueza do que o faria um amigo.

Que aquele que tem a verdadeira vontade de se melhorar explore, portanto, a sua consciência, a fim de arrancar dali as más tendências como arranca aas ervas daninhas do seu jardim: que faça o balanço de sua jornada moral como o negociante o faz de seus lucros e perdas, e eu vos asseguro que o primeiro será mais proveitoso que o outro. Se ele puder dizer que a sua jornada foi boa, pode dormir em paz e esperar sem temor o despertar na outra vida.


Formulai portanto, perguntas claras e precisas e não temais multiplica-las; pode-se muito bem consagrar alguns minutos à conquista da felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias para ajuntar o que vos dê repouso na velhice? Esse repouso não é o objeto de todos os seus desejos, o alvo que vos permite sofrer as fadigas e as privações passageiras? Pois bem: o que é esse repouso de alguns dias, perturbado pelas enfermidades do corpo, ao lado daquilo que aguarda o homem de bem? Isso não vale a pena de alguns esforços? Sei que muitos dizem que o presente é positivo e o futuro é incerto. Ora, aí está, precisamente, o pensamento que fomos encarregados de destruir em vossas mentes, pois desejamos fazer-vos compreender esse futuro de maneira a que nenhuma dúvida possa restar em vossa alma. Foi por isso que chamamos primeiro a vossa atenção para os fenômenos da natureza que vos tocam os sentidos e depois vos demos instruções que cada um de nós tem o dever de difundir. Foi com esse propósito que ditamos “O Livro dos Espíritos”. (SANTO AGOSTINHO)

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