sábado, 17 de janeiro de 2015

A ESTRELA DE BELÉM - Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Amélia Rodrigues - Livro: Luz do Mundo

 A ESTRELA DE BELÉM

Cristãos decididos e sinceramente interessados na elucidação do fenômeno que produziu a estrela de Belém, à semelhança dos investigadores materialistas hão recorrido, através da História, a matemáticos e astrônomos capacitados, ansiosos por uma resposta perfeitamente lógica e racional sobre o inusitado aparecimento do astro a que se referem os escritores evangélicos. E de quando em quando fiéis às pesquisas feitas nos mapas celestes, aqueles estudiosos tentam traçar diretrizes que clarifiquem, em definitivo, o insuspeito acontecimento, na noite santa em que ocorreu o Natal de Jesus, e posteriormente vista pelos Magos do Oriente, que por ela foram guiados.

Segundo alguns observadores, fora o Cometa de Halley que naquele dia e àquele período fazia-se visível por toda a Galiléia e parte oriental do país. Para outros era uma conjunção oportuna de astros que produziram refração na atmosfera, incidindo o facho luminoso sobre a manjedoura singela, que Ele dignificou com o Seu nascimento. 

Conquanto possamos admitir uma ou outra hipótese, Jesus é, em síntese, a constelação dos astros divinos ergastulados temporariamente na forma humana para conviver com os homens, deixando pela atmosfera envolvente do Planeta o rastro luminescente da sua imersão, como mensagem de advertência reveladora.

Rei Divino — e não obstante, submeteu-se às conjunturas da transitória convivência humana para, sublime, lecionar humildade.
Construtor da Terra — todavia, deixou-se experimentar pelas circunstâncias ocasionais do ministério entre as criaturas, para ensinar a grandeza da renúncia.

Legislador Sublime — entretanto, aquiesceu sofrer as imposições da ignorância religiosa de Israel e os padrões arbitrários da política do Império Romano, facultando-se a decisão no jogo odioso da ética vulgar, a fim de que se cumprissem as Leis e os Profetas, na integridade das previsões n'Êle, todo amor! Em toda a Sua jornada, à semelhança de astro que se arrebenta em luz na imensidão escura da noite, clareou os destinos dos homens, como obreiro  infatigável, acendendo lâmpadas de esperança nos corpos alquebrados e nos
tecidos gastos das almas, pelas constrições das paixões esmagadoras de todos os tempos.

Misturou-se à caterva dos que viviam à Sua hora e caminhou com os pés da aflição, sem permitir-se consumir ou contaminar pelas querelas mesquinhas, pelas imposições tradicionais ou pelas suspeitas manifestações da idiossincrasia a que se aferravam os que O cercavam continuamente. Por um minuto sequer não se rebelou
contra a miserabilidade que defrontava em toda a parte.. . Arquiteto das estrelas dobrou-se, sereno, na marcenaria humilde para que o pão fosse honrado com o suor da Sua face e a estrutura da Nova Humanidade pudesse alicerçar-se no trabalho edificante, que é a mola mestra do progresso e da felicidade humana.  

Mantendo incessante quão ininterrupto contato com o Pai e servindo pela aquiescência dos anjos que se Lhe submetiam, dialogou, pulcro, demoradamente, com os Espíritos das sombras, abrindo-lhes os ouvidos e acendendo a luz nos seus olhos apagados, com a inteireza moral das Suas conquistas incomparáveis.

Antes, todavia, de descer aos homens, fez que Avatares do Seu Reino viessem ampliar as dimensões das fronteiras terrenas, preparando o solo do futuro.

E eles floresceram como superior manifestação da vida, ora na índia, disseminando o reencarnacionismo e perfumando com toda uma filosofia de paz e renúncia os continentes dos espíritos; ora na China, empreendendo os audaciosos vôos da política sob as bases seguras da família, no lar e na sociedade, de modo a traduzir a porvindoura fraternidade entre os homens, com inequívoca força de amor e respeito ao dever; ora no Egito, rescendendo os sutis aromas da Imortalidade, nos santuários dos Templos e na intimidade das Escolas de Iniciação, mantendo acesas as flamas da verdade, mediante as comunicações entre os dois planos da vida; ora na Caldeia ou na Pérsia favorecendo com a esperança milhares de vidas estioladas sob o clamor da guerra; ora na Hélade ou em Roma criando a conceituação da beleza, da justiça, da legislação equilibrada e do ideal do bem.

Assim também por Israel, que por longos séculos de dor se fêz depositária da Mensagem do Deus Único, transitaram esses Embaixadores Sublimes, irrigando com a linfa preciosa decorrente do intercâmbio espiritual os solos crestados dos espíritos sofridos, a fim de que Ele próprio viesse oportunamente imolar-se, para ensinar libertação total das limitações físicas e da opressão do barro humano.. .

Por isso, todos os Seus feitos empalidecem ante os Seus ditos, pois que as realizações no corpo são menores do que a vitalização da alma, em considerando que ninguém jamais vivera conforme Ele o fazia, transformando-se, Ele próprio, no caminho por onde deveriam rumar todos os homens na direção da Vida e da
Verdade, que em suma Ele representava na Terra.

Mesmo assim, quando contemplava com lágrimas as dores do porvir do mundo e via o homem imerso na fragilidade do corpo carnal prometeu voltar, através do Consolador, que seria o liame perene de união com Ele até o fim dos tempos. . .

O mergulho que começou em Belém não terminou no Gólgota, nem desapareceu após a visão da Jerusalém Libertada, que o vidente de Patmos preludiou. . .

Em Jesus, o Herói Invencível, que na Sua grandeza superou a astúcia de Cambises, rei dos persas, a violência de Alexandre Magno, da Macedônia, a audácia de Cipião, o africano, e a estratégia de Júlio César, o divino Imperador, as armas foram a mansidão e o amor, a abnegação e a misericórdia, entretecendo com esses fios de luz a túnica nupcial do noivado intérmino com a Humanidade de todos os tempos, pela qual espera desde o princípio, até o instante da boda sublime, para a reunião numa grande família, em pleno reinado da paz!

A viagem fora longa para aquele casal, principalmente para aquela mulher grávida, durante quatro ou cinco dias, sacudida pelo trote da montaria. . .

Sucederam-se abismos e montes, subidas e descidas, quase às portas da. Cidade Santa, chegando por fim a Belém...  

... E em pleno fastígio do Império Romano, indicado por uma estrela, anunciado pelos anjos, nasceu Jesus!

Antes, e desde então, a Sua vida deverá ser examinada, em "espírito e verdade", para ser compreendida e penetrada pelos olhos imateriais, os únicos capazes de vislumbrar o Seu Reino.

Seja qual for a hipótese respeitável sobre a estrela de Belém, a união dos Espíritos de Luz que mantinham o intercâmbio entre as duas Esferas formou um facho poderoso que indicava o lugar da tradição, em que Ele deveria começar o ministério entre os homens.

... Pastores e reis magos, todos videntes, convidados pelas Entidades Celestes, seguiram-na, cada um a seu turno, enquanto os cantores sublimes, proclamavam: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade!" 

Uma Visão da Dor - Adésio Alves Machado

Uma Visão da Dor
Adésio Alves Machado

O ser humano, espírito reencarnado na Terra, enfrenta terrível inimigo conhecido como dor, mas por necessidade evolutiva, destaquemos. 

Para os Espíritos Superiores a dor é mecanismo de progresso espiritual, constituindo-se, pois, como instrutora.

A dor pode apresentar-se em três aspectos: física, espiritual e moral. Estas recebem denominações várias: angústias, amarguras, aflições, tristezas, solidão, despeito, mágoa, ciúme, inveja, ingratidão, insegurança, irritação, indiferença, egoísmo, orgulho e todo um rosário de outras manifestações do espírito que se expressam na sua estruturação interna, com repercussões externas, incomodando-o profundamente. 

Muito simples entender o que pretendemos mostrar. Não existisse a dor, o que aconteceria com a mão esquecida sobre uma chapa incandescente? Como ficariam nossos pés se caminhássemos sobre espinhos? Se fôssemos insensíveis ao choque elétrico, que conseqüências adviriam?

Para a medicina da terra a dor física é um sintoma de alarme, apresentado pelo organismo, dizendo que algo não vai bem com o seu funcionamento.

Vista desta forma, a dor física deixa de ser uma inimiga e passa a ser uma grande aliada do nosso organismo ou do nosso corpo, pois este autêntico alarme revela que devemos parar e nos cuidar, de forma a atenuar ou aliviar por completo a sua presença desagradável. 

A forma mais eficaz para evitar a recidiva de qualquer sofrimento é descobrir a sua causa. Quando descoberta, a criatura inicia toda uma vigilância a fim de não o provocar, agindo de forma a neutralizar a sua fonte geradora.

O mesmo devemos fazer com as nossas dores da alma, isto é, a dor moral, aquela que atinge diretamente o espírito, acima referidas, que se mostram, na maioria, de difícil erradicação, tendo em vista que também existe a necessidade de descobrir-se a causa, a sua origem, muitas delas não encontradas nesta vida, mas no passado reencarnatório, dificultando muito a sua descoberta para quem não for um médico ou um psicoterapeuta reencarnacionista.

Depois de encontrar os analgésicos para alívio da dor física, a medicina terrena moderna chegou à conclusão de que o sistema que dispara a dor física tem seu fulcro central na alma, no processo emocional que funciona em seu interior. 

Evidencia-se para a medicina dos homens que a dor física tem a sua
origem no desajuste da alma, é uma enfermidade espiritual que Jesus, o Médico Excelente, veio tratar através de um medicamento chamado Amor.

Amar, eis o grande antídoto contra a dor do espírito, o medicamento que deve ser “ingerido” para neutralizar o seu surgimento. 

Fugir da dor, portanto, libertar-se do sofrimento são anseios buscados pelo espírito reencarnado, ou na erraticidade, ligados à Terra e ainda estigmatizados pela necessidade de incorporar ao seu conviver com o próximo, consigo mesmo e consequentemente com Deus os verdadeiros valores da Vida. 

Com o advento da Doutrina Espírita, sabemos que tais valores se acham em estado embrionário em nosso íntimo mais profundo, carecendo de serem encontrados e trabalhados, porque temos, os espíritas, a melhor noção de que somos espíritos imortais, com um destino fatal - a perfeição. Este é um determinismo divino.

Vejamos, inicialmente, que a dor, seja física ou espiritual, é sofrida por quem a provoca e que nunca bate em porta errada. Não há por quê, em hipótese alguma, atribuir a terceiros a culpa de nossas dores, pois que elas resultam das atitudes, dos procedimentos, das ações praticadas contra a Vida, ou, como queiram, contra Deus. 

Estivesse a dor fora de nossa realidade, estaríamos reencarnados em outro mundo.Importa termos a consciência de que não é com o próximo que o ofensor contrai uma dívida, compromete-se, porque caso seja perdoado pelo ofendido, como ficaria a dívida contraída pelo ofensor? Sem resgate, sem pagamento? Assim sendo, saindo o ofendido com o seu perdão do ciclo energético negativo criado pelo ofensor, este será trazido às instâncias da Lei, de onde estiver, para aprender, através do mecanismo da dor, a não reincidir no mesmo erro.

Desta forma, aqui na Terra, estamos aprendendo, em essência, a não errar mais. Deus a ninguém liberta gratuitamente de suas faltas, por mais possam apregoar certas doutrinas cristãs, as quais preceituam que a aceitação simplista de Jesus, como o Salvador, seja o suficiente para que o crente se livre da dor.

Transferir para outrem, para Jesus mesmo, as suas faltas a fim de que seja perdoado e liberto da dor é um ledo engano que não encontra respaldo na lógica da Justiça Divina.

Entorpecer o corpo de prazeres, segundo correntes materialistas científicas ou filosóficas, a ninguém isenta da dor. Existe, sim, a necessidade de assumir a responsabilidade de uma mudança comportamental, mudança que sempre pode libertar o indivíduo da dor, quando bem realizada segundo padrões éticos/morais cristãos.

Ignora quem aconselha a busca dos prazeres como forma de libertação da dor, que eles não costumam atender a sede total de quem os busca de forma desordenada. Muito pelo contrário, leva aos desvarios provocados pelas drogas alucinógenas, estupefacientes, quando usadas para se chegar a essas alegrias superlativas, diferentes, aquelas que projetam a criatura para fora de sua realidade. 

A consciência enferma que busca estes elementos nocivos para alegrar-se não pode ser conduzida à felicidade que não merece, nem à paz a que não faz jus. 

A dor espiritual, principalmente, tem uma tarefa na sua postura existencial de servidora do ser humano: provocar-lhe o despertar consciencial, mostrando-lhe a necessidade de reequilíbrio emocional diante da Lei, o que redunda em fortalecer o seu sistema imunológico.

A linguagem da dor e o seu objetivo educativo repontam apenas em poucas pessoas, aquelas com certo amadurecimento espiritual, capacitadas a escutar e entender o seu funcionamento na Vida, no seu contexto dual, isto é, material e espiritual..

Sócrates, Francisco de Assis, Martin Luther King Júnior, Joanna d’Arc, Gandhi, John Fitzgerald Kennedy, Madre Tereza, Chico Xavier e tantos outros sentiram o aguilhão da dor na carne, sem permitir que ela lhes atingisse a alma, eles que sofreram a dor da humilhação, do cárcere injusto, de arbitrários julgamentos, mantendo, não obstante, a força do amor nos corações, oferecendo, assim, para os pósteros, o testemunho de suas condições internas de leais servidores do Bem e da Humanidade.

Como moeda de resgate e alta concessão divina, a dor ajuda a fixar o bem em quem a sofre. “...Com a sua ausência ignoraríamos a paz, desconsideraríamos a alegria, maldiríamos a saúde”, na palavra de Joanna de Ângelis.

Nosso dever é a fixação da prática do bem em nossas telas mentais, em nosso inconsciente, ou psiquismo de profundidade, a fim de que este responda sempre aos nossos apelos nobres, às nossas justas iniciativas, preparado que se acha para responder de conformidade com o que nele introjetamos. 

Nosso inconsciente é terra fértil, nem boa nem má, apenas armazena o que lhe enviamos pela zona consciente, devolvendo, como recebeu, as nossas emoções e os nossos sentimentos, as nossas alegrias e as nossas mágoas, as nossas venturas e as nossas aflições.

Acalmar-se, tranquilizar o emocional, eis a palavra de ordem do consciente ao inconsciente, embora a tormenta externa nos atinja e nos faça sofrer.

Requisitado, o inconsciente responderá de conformidade com o que lhe enviou o consciente, repitamos.

Para Jesus a dor sofrida é felicidade, Ele que soube encarar o seu sofrimento como um amigo de todas as horas. Em todos os instantes de seu sofrimento elegeu a dor para exaltar o amor e a bondade como rota de luz, visando à pacificação geral. Assim mesmo prosseguiu imperturbável.

Mesmo que estejamos amesquinhados por dores e preocupações, dilacerados por aflições ultrizes, levantemo-nos estoicos e cristãos, com a cabeça aureolada de esperanças. Tomemos as asas do amor para com elas louvarmos a Jesus, o Senhor do Bem e da Paz, e sigamos rumo às regiões de Libertação onde nos aguardam todos quantos se amam, após haverem perlustrado os caminhos tortuosos dos enganos.

Temos, às nossas meditações, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. V, item 10, que as provações da vida fazem adiantar quem as sofre, quando bem suportadas; elas apagam as faltas e purificam o espírito faltoso. “Quanto mais grave é o mal, tanto mais enérgico deve ser o remédio”, salientam os Espíritos Superiores. Continuam: “( ... ) Dele, depende, pela resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não lhe estragar o fruto com as suas impaciências, visto que, do contrário, terá que recomeçar”. E, no mesmo livro, capítulo XIV, item 9: “As provas rudes, ouvi-me bem, são quase sempre indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, quando aceitas com o pensamento em Deus”.

(Artigo reproduzido com autorização do autor)

INTERFERÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSAS VIDAS Adésio Alves Machado

INTERFERÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSAS VIDAS
Adésio Alves Machado

 A doutrina espírita não deixa dúvida ao informar que os Espíritos, por terem sido as almas dos homens que viveram na Terra, interferem na nossa vida com suas paixões perniciosas uns, e outros com suas aspirações de alto teor moral/espiritual.

 A lei de ação e reação vai desenvolvendo a sua função na vida moral dos Espíritos, estejam na carne ou fora dela, porque a vida responde de conformidade com a qualidade da sementeira que deitarmos sobre ela.

 O homem de hoje reflete a soma dos seus atos, de suas ações nas reencarnações passadas, é o que informa há milênios as religiões orientalistas. E, a partir de meados do século passado, com o advento da Doutrina dos Espíritos em 1857, o mundo ocidental se
deixou incorporar pelo mesmo conceito. Ocidentalizou-se, com o missionário Allan Kardec, a lei de causa e efeito.

 Estamos hoje defrontando pessoas e situações cujo início deu-se em vidas anteriores à atual, sendo cobrados por algumas pessoas por aquilo que lhes negamos antes, e por outras somos restituídos no que nos foi retirado no passado espiritual. É bom sabermos que não estamos apenas pagando, restituindo, mas recebendo, também, tendo de volta o que nos foi retirado indevidamente.

 “O que nos acontece teve início antes”, é o que nos afirma Joanna de Ângelis.  São sempre os mesmos Espíritos envergando novas personalidades nos novos palcos da vida, todos carregando a bagagem moral acumulada em inúmeras experiências reencarnatórias.

 Pelo fato de toda ação construir uma reação semelhante, o nosso futuro começa agora a ser construído, tendo como base nossas iniciativas. Tudo quanto fizemos de bom ou de mal aos que conosco caminham pelas sendas da existência terrena, não se refuta
no Espiritismo.

 DEUS cria a vida e a entrega ao homem, transmitindo-lhe, na oportunidade, a responsabilidade de a conduzir, fornecendo-lhe meios e condições para o melhor desempenho de suas tarefas redentoras, como asseveraram os Espíritos a Allan Kardec, através das respostas às perguntas 704 e 711 de O Livro dos Espíritos.

 Dispensemos acurada atenção aos nossos pensamentos, os quais vamos plasmando dia a dia no mundo mental, e que se vão condensando na esfera física caso sejam contumazes, determinando assim as nossas ações.

 Necessário fugirmos das situações perturbadoras, sendo aconselhável nos fixarmos nos propósitos enobrecedores para que, só assim, desfrutemos de paz, para viver e oferecer.

 Devemos elaborar um programa de cunho altruístico e cumpri-lo, dentro de deveres pequenos para os olhos do mundo, mas de alta significação às vistas divinas, os quais podemos assinalar: reservar algum dia da semana para uma visita aos enfermos; visitar um abrigo de crianças ou de idosos, levando carinho aos que lá se detêm; contribuir com alguma importância para um trabalho assistencial; mostrarmo-nos alegres; a todos tratar bondosamente; manter um clima de esperança íntimo que naturalmente haverá de refletir-se exteriormente, beneficiando os demais; dar um telefonema a um amigo ou parente necessitado; escrever umas poucas palavras de ânimo e de esperança; ajudar materialmente a uma família carente... .

Recebemos o que damos, e se queremos receber mais do que damos, passemos a dar mais do que recebemos.  Junto às demonstrações de caridade, firmemos nossos mais acendrados propósitos de renovação moral, visando a superação das imperfeições e o alcance de novos limites, buscando nutrir otimismo que, com certeza, nos enriquecerá de boa disposição orgânica.

 Nossos pensamentos ditarão as nossas aspirações, tarefas e ações,
estabelecendo, caso sejam sadias, a sintonia com os Espíritos que facultarão aprendizagem no campo da educação superior, mas que, sendo doentias, perturbadoras e egoístas nos farão escravos das tendências inferiores.

Nossas realidades espirituais serão aquelas extravasadas e assimiladas pelos que conosco lidam, elas que se encontram sempre incrustadas nas camadas mais profundas do nosso psiquismo, aguardando a nossa voz de comando, que é acionada pela nossa
vontade.

 Compete-nos, diante de tamanha realidade, atuarmos no bem, sempre ligados ao amor, porque o amor responderá com total eficiência, já que ele reflete a interferência benfazeja dos Mentores da Vida Maior, na programação de nossa existência.

 Estabeleçamos com Eles um vínculo cada vez mais firme, certos de ser o recurso de que dispomos para vivermos a relativa felicidade na Terra, confiantes em que ela se estenderá além da aduana da morte, quando nos depararemos com a verdadeira vida, a
espiritual.

(Artigo publicado originalmente no Jornal Espírita de Pernambuco – julho de 1999) 

CARMA - EXPIAÇÕES E PROVAS- Adésio Alves Machado

CARMA - EXPIAÇÕES E PROVAS
Adésio Alves Machado

 Vamos tratar de temas que mexem com o discernimento de todos quantos se interessam por conhecer o funcionamento da Lei de DEUS, ainda mais quando todos trazemos no íntimo mnemônico a noção da existência de um DEUS que nos premia, ao acertarmos, e que nos castiga, ao errarmos.

 Com a Doutrina Espírita, esse verdadeiro atavismo ancestral perdeu substância,tendo em vista que JESUS nos trouxe um DEUS de amor, e mais, que há uma lei de ação e reação, de causa e de efeito que regula e justicia os nossos atos.. Assim sendo, somos nós que nos felicitamos quando obedecemos a Lei de DEUS, e que sofremos quando a desrespeitamos. Ninguém, pois, é culpado pelo nosso destino ditoso ou inditoso, mas sim nós mesmos.

 Esta realidade do funcionamento da Lei Divina em nossas vidas, deixa-nos bem tranquilos, porque passamos a saber que se encontra em nossas mãos o êxito de nossos empreendimentos, de nosso fim existencial.

 Para se entender estas questões aqui apresentadas, importa começarmos por indagarmos: Que é carma? Que são provas e expiações?  Carma é expressão vulgarizada entre os hindus, que em sânscrito significa “ação”, mas que a rigor designa “causa e efeito”, tendo em vista que todo movimento e toda ação procede de uma causa ou de impulsos anteriores. Esta palavra haverá de expressar sempre a conta de cada um de nós, englobando débitos e créditos que, em particular, nos digam respeito, que sejam de nossa responsabilidade.

 “O carma é algo tão inflexível que pune quem nele acredita, se errar, e beneficia a quem nele não acreditar, se acertar”, dizia o desencarnado amigo Newton Boechat. 

 A fim de entendermos melhor a significação das expressões aqui em foco,vejamos como nos podemos situar sobre “a lei de causa e efeito”. Ela regula os nossos atos, as nossas ações e os nossos pensamentos. É por meio da pluralidade das existências que o Espiritismo nos ensina: os males e aflições por nós sofridas são expiações do passado, bem como que sofremos na vida presente as conseqüências das faltas que cometemos em existência anterior. Assim, até que tenhamos quitado a última dívida de nossas imperfeições, vamos prosseguir na seqüência de nossas reencarnações, vida após vida, na Terra, ou noutro mundo semelhante a ela. 

 A lei de ação e reação é a mesma coisa, ou seja, em virtude de sua aplicação em nossas vidas ser fatal, seremos ditosos ou desgraçados, aqui e além túmulo, na proporção do bem ou do mal que houvermos feito.

 No linguajar popular, todas estas denominações são representadas pela expressão “lei do retorno”, pela qual cada um recebe de volta aquilo que tem dado.  

 Ainda mais, se quisermos recorrer à ciência, depararemos com a informação de que a toda ação corresponde uma reação igual e contrária, em sentido inverso.

 Conclusão: a vida devolve o que a ela nós damos. Caso tenhamos dado o bem, receberemos o bem; em caso contrário, ela nos devolverá o mal que a ela tivermos feito.

Mas, perguntarão: quando eu faço mal a alguém é a vida que firo? Exatamente - esta é a resposta. Porque nosso compromisso é com a Vida. O semelhante é uma representação do que é a Vida. Desta forma, toda falta cometida por nós contra alguém, na verdade não a magoamos, não a ferimos, estamos magoando a Vida, e será Esta que nos virá cobrar o que a Ela devemos, sem dúvida.

 Vamos dar um exemplo. Nós damos uma paulada numa pessoa. Imediatamente contraímos uma dívida porque este ato contra a Lei de DEUS acionou a Lei de Ação e Reação . Provocamos uma dor de intensidade X nessa pessoa “vítima” (na verdade não há vítima, há, sim, devedores resgatando dívidas do passado). Lembremos JESUS: “Há necessidade do escândalo (a paulada), mas ai daquele através do qual o escândalo venha“. Essa pessoa, já se encaminhando para a evangelização, pode nos perdoar pela paulada que lhe demos. No entanto, a dívida permanece, porque a Vida, a LEI, DEUS (usemos a expressão que quisermos) vai nos registrar na lista dos devedores, sob os auspícios da Lei de Ação e de Reação, ou Lei do Carma.

 Como a LEI não precisa que a pessoa agredida reaja da mesma forma como foi agredida para que haja justiça, e o agressor assim responda pelo dolo cometido, pode acontecer que o agressor, passando por uma rua, seja atingido, pela queda de algum objeto, na cabeça, provocando-lhe aquela mesma dor X que ele causou na agredida criatura.

 Outro exemplo: João quebrou o braço de José. Pode João, mais tarde, levar um tombo e também, como José, quebrar o braço e, nesta ocasião, sentir a mesma dor imposta a José, passando depois pelas mesmas dificuldades que este passou após ter o braço imobilizado.

 Tratemos agora das provas e expiações, procurando, antes de irmos adiante, defini-las.

 Joanna de Ângelis conceitua que, na prova, matriculamo-nos na escola para aprender, e que na expiação nos internamos no hospital para sofrer. E é exatamente isso que acontece. O planeta tanto é um educandário, como também um hospital, ambos sempre abertos para nos acolher. 

 “A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime”, afirma Emmanuel.  

Quando nos sentirmos envolvidos por lutas morais, enfrentando humilhações, tendo que suportar pessoas agressivas, invejosas, ciumentas etc, saibamos que estamos diante da prova. Quando, entretanto, a dor nos bate violentamente, causando-nos grande sofrimento, não tenhamos dúvida, estamos expiando. Com os exemplos que se seguirão, acreditamos que será fácil todos compreenderem.

 Recentemente, num choque aquático entre um barco à vela e uma lancha, um dos velejadores teve a perna, na altura da virilha, decepada pela hélice da lancha. A primeira pergunta que deve assomar ao cérebro de qualquer estudioso das leis divinas, é perguntar: por que foi ele o atingido e não o seu companheiro que se achava no mesmo barco? Era ele quem havia de enfrentar a internação num hospital e sentir a dor que, com certeza, no passado, fez um seu semelhante sofrer.

 Diante de todo e qualquer acontecimento, principalmente os desastres com vítimas fatais e outras vezes não, devemos indagar do por quê daquele fato. Tudo é efeito que tem uma causa. Se a causa não se acha nessa existência, achar-se-á numa anterior.

 É bem verdade que o “amor cobre uma multidão de pecados”. No entanto, para que isso ocorra, ou seja, a vivência do amor pelo infrator eliminar a sua dívida, necessário é que ele faça brotar de dentro de si o arrependimento, como primeiro passo para que a Lei possa usar de misericórdia para com ele. Sem esse procedimento emocional, só resta a Lei dar continuidade ao processo de cobrança da dívida contraída pelo infrator, encarregando-se, desta cobrança, a “Lei de causa e efeito”.

 Com respeito ao acima exposto ( o amor cobrir os pecados ), encontramos no livro de Emmanuel o seguinte: “Quando o trabalho, no entanto, se transforma no prazer de servir, surge o ponto mais importante da remuneração espiritual: toda vez que a Justiça Divina nos procura no endereço exato para execução das sentenças que lavramos contra nós próprios, segundo as leis de causa e efeito, se nos encontra em serviço ao próximo, manda a Divina Misericórdia que a execução seja suspensa, por tempo indeterminado”.

 Reflitamos, que esse serviço no bem tem que ser realmente grandioso, altamente meritório, aquele que está exigindo total renúncia e abnegação. Não se trata, é claro, de que qualquer atitude nossa caritativa apagará as nossas dívidas. Por este motivo que nos devemos ligar, cada vez mais, à prática do bem, vincularmo-nos decisivamente ao “Fora da caridade não há salvação”. 

Chamemos a atenção para que Emmanuel se refere ao “prazer de servir”. Devemos sentir alegria, felicidade no trabalho de doação ao próximo, estar tão mergulhados nesse mister, que somente sentiremos prazer no bem que praticarmos. É desta forma que “o amor cobrirá uma multidão de pecados”. 

 Joanna de Ângelis escreveu: “A soma das tuas ações positivas quitará o débito moral que contraíste perante a Divina Consciência, porquanto o importante não é a quem se faz o bem ou o mal, e sim, a ação em si mesma em relação à harmonia universal”. 

 A Mentora Espiritual acima mencionada, no mesmo livro, expressa-se sobre o carma ao se referir ao caso de Judas Iscariote: “Judas Iscariote, consciente da missão do Mestre, intoxicou-se pelos vapores da ambição descabida, e, despertando depois, ao enforcar-se, estabeleceu o lúgubre carma de reencarnações infelizes para reparar os erros tenebrosos e recuperar-se”.

 Numa outra oportunidade, Ela aborda a texto que denominou “Carma de Solidão”, quando enfatizou que a “Vida na Terra, é feita de muitos paradoxos. E isto se dá em razão de ser um planeta de provações, de experiências reeducativas, de expiações redentoras”. 

No entanto, que nós não desfaleçamos, porque este é o nosso carma de solidão. Acrescentou que o que atualmente nos falta, malbaratamos no passado, e o que perdermos, descuramos enquanto possuíamos. Agora sentimos a necessidade. 

 Repetimos nas palestras que somente temos o melhor, aquilo que nos fará bem, e que servirá ao nosso progresso moral/espiritual. Reclamar, nunca. Resignarmo-nos, sempre.

 O Espiritismo tem a finalidade de qualificar as nossas vidas dentro de um padrão evangélico, ou seja, disciplinar a nossa liberdade, de tal forma que tenhamos na Terra uma vida social digna, bem harmoniosa, o mais perfeitamente ajustada aos impositivos da Lei de DEUS, no âmbito da vida espiritual. Todo o nosso esforço será regiamente recompensado.

 Com esses cuidados, ao demandarmos o mundo espiritual, ao atravessarmos o túmulo, não nos iremos sentir desabrigados. Haveremos de nos acomodar num refúgio moral que nos traga bem estar espiritual, mesmo que ainda estejamos um tanto desgovernados pela mudança de plano vibratório. Lá estarão nos aguardando Aqueles Amigos que se constituíram, enquanto aqui estagiávamos, na mão amiga sempre estendida em nossa direção, abençoando-nos.

AOS FUMANTES - CAMINHANDO PARA O SUICÍDIO INCONSCIENTE - Adésio Alves Machado

CAMINHANDO PARA O SUICÍDIO INCONSCIENTE
Adésio Alves Machado

 A invigilância moral que nasce e se estrutura na ignorância humana com relação ao conhecimento da vida espiritual tem dizimado milhões de criaturas através dos tempos, e o pior é que continuará sua marcha lúgubre.

 O Espiritismo vem tirar da pasmaceira moral os espíritos aqui reencarnados a fim de que melhorem, um pouco que seja, a qualidade de suas vidas, fazendo-os ver e sentir as conseqüências de seus vícios, paixões e desatinos cultivados através do corpo carnal.

 Nessas horas de devaneio a criatura se deixa envolver por espíritos de baixo astral,ou de baixo padrão vibratório, quando o ser perde o domínio integral de si mesmo. Criam-se algemas cruéis, difíceis de serem abertas. É a malha do vício que aprisiona, cerceia a liberdade, impõe condições, passa a dominar.

Queremos nos referir ao tabagismo, esquecendo por enquanto os demais, como por exemplo o alcoolismo, o uso de drogas, a maledicência, o hábito de caluniar, a glutonaria, o sexo em desregramento, a violência, etc., etc, tudo isso causando sérios curtos-circuitos no perispírito do viciado, energeticamente desestruturando-o, lamentavelmente, tendo em vista que ele será o molde do novo corpo físico da próxima reencarnação do viciado.

 Segundo dados colhidos num trabalho sobre saúde, da jornalista Magaly Sonia Gonzales, publicado na revista “Isto É”, de julho de 2000, “o vício do fumo foi adquirido pelos espanhóis, junto aos índios da América Central, que o encontraram nas adjacências de Tobaco, província de Yucatán. 

Um dos primeiros a cultivar o tabaco na Europa foi o Monsenhor Nicot, embaixador da França, em Portugal, de onde se derivou o nomenicotina, dado à principal toxina nele contida”.

 Através das constatações médicas científicas, verifica-se que o fumo é um veneno para o corpo. Como aliado deste princípio, encontramos os preceitos médicos/morais do Espiritismo, que mostra o fumo como um destruidor da mente, que provoca tonteiras, que enseja vômitos no estômago, dispara perturbações brônquicas nos pulmões e no sangue;é um agente envenenador, com ameaças de leucemia.

 O tabagismo se apodera do viciado em processo lento mas contínuo, fazendo-o mais uma “vítima”, inicialmente de si mesmo, depois dele, fumo. Em verdade, o viciado se torna escravo de sua vontade pusilânime. 

O tabagismo é uma doença que, tratada a tempo, tem cura, requerendo do viciado, no entanto, muita obstinação para dele se desvencilhar, determinação esta que ainda não é apanágio dos espíritos aqui residentes.

 Para deixar o cigarro é preciso readquirir o poder da vontade que se estiolou diante da prepotência, do autoritarismo da nicotina e seus sequazes.

 O viciado é aquele que perde o comando da mente. A luta do viciado pela recuperação do controle da vontade torna-se mais acerba pelo fato do vício haver encontrado quem lhe insufla maior potência: os espíritos desencarnados tabagistas. As mentes de além-túmulo não se desvinculam com facilidade, sem mais nem menos, deste foco que alimenta seus desregramentos: o fumante terreno.

 Os efeitos do tabagismo são devastadores, a saber: afeta o sistema respiratório, provocando bronquite, enfisema, câncer pulmonar, angina do peito, laringite, tuberculose, tosse e rouquidão; ataca o sistema digestivo, dificultando o apetite e a digestão, além de provocar úlcera gastroduodenal, hepatite; aumenta a concentração do ácido úrico, instalando a chamada gota; o sistema circulatório sofre com o aparecimento de varizes, flebite, isquemia, úlceras varicosas, palpitação, trombose, aceleração de doenças coronarianas e cardiovasculares; o sistema nervoso, sempre muito sensível, leva à uremia, mal de Parkinson, vertigem, náuseas, dores de cabeça, nervosismo e opressão. 

falta do fumo no organismo do viciado gera ansiedade, angústia, desencadeando crises, convulsões e espasmos. Instala-se, como se depreende, toda uma dependência mental, psíquica e física.

 Para os indígenas, a fumaça afastava os “maus espíritos”, daí o surgimento dos defumadores. Os pagés jogavam folhas secas no braseiro, ao mesmo tempo em que invocavam os seus deuses. Com o passar do tempo, habituaram-se a fazer um rolo de folhas secas de tabaco, fumegantes, aspirando e tragando a fumaça, o que neles provocava sensações de prazer. Nascia aí, para desgraça de tantas pessoas e o enriquecimento despudorado de muitas outras, o vício de fumar.

 Rogamos a Deus que surjam, cada vez mais, medidas restritivas aos fumantes e aos que propagam o cigarro, como também exemplos de abominação ao tabagismo nas famílias, nas escolas e na sociedade em geral. Com tal procedimento se dará uma demonstração de que o tabagismo é um suicídio em processo inconsciente lento, porém pertinaz.

A tendência do tabagismo é desaparecer antes do alcoolismo. Os dois têm seus dias contados na face da Terra.

Os males de um vício altamente destruidor da vida física, como o tabagismo, destroem também a vida espiritual pelo fato de lesar o perispírito. Acompanhando o espírito na erraticidade, não só de imediato aparecem as sequelas, mas também no seu retorno à vida carnal, num novo corpo altamente comprometido, estruturado que se acha em matriz defeituosa – o perispírito.

Largar o tabagismo, dizem os entendidos, tem de ser feito de uma só vez. Não concordamos tacitamente com isso, tendo em vista que cada criatura tem suas próprias reações orgânicas. O resultado que se obtém em relação a um caso pode ser diverso daquele que se constata em um outro. Deve-se, entendemos, colocar em ação todos os recursos existentes e, estando a pessoa determinada a parar com o uso do cigarro, surgirá o meio mais eficaz, o que seja mais aconselhável para o seu organismo reagir ao assédio do vício.

Referimos-nos ao fato de que, na hora em que o viciado se predispõe a deixar o vício, logo a Espiritualidade Superior passa a cuidar do caso, a ele se dedicando com determinação e amor. Os resultados só poderão ser o melhor – libertação do vício.

O Espiritismo analisa o tabagismo como um “inimigo” do ser humano que precisa ser “eliminado”. Sendo um gerador de doenças e de dependências, merece do Espiritismo uma batalha sem trégua. Contudo, ele atuará sem violentamento de consciências, somente ajudando, com a sua terapia, a quem quer ser ajudado.

O viciado recebe do Espiritismo, além de informações fornecidas pela medicina tradicional quanto aos males provocados pelo fumo, o alerta contra as obsessões e as desastrosas conseqüências no campo energético do espírito, fator este a exigir atenções especiais e procedimentos profundos na mentalização do fumante.

Mostra a Doutrina Espírita a necessidade não só de se cuidar do corpo, mas, sobretudo, do espírito e de seu campo vibratorial, o perispírito.

A visão reencarnatória é o principal fator que induz reformulação dos valores éticos/morais de quem se aproxima do Espiritismo, pois ela representa, acima de tudo, o uso da lógica e da razão na busca de uma melhor compreensão da vida, abrangendo o aspecto dual da existência: o material e o espiritual.

Compete-nos, portanto, ajudar os nossos irmãos e irmãs que se encontram sob o jugo do vício a fugirem desta forma sub-reptícia de mergulhar num suicídio inconsciente.

(Artigo publicado originalmente em Reformador / FEB - abril de 2002) 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Ao trabalho! - Grupo de Psicografia Alta de Souza - Casa da Caridade Irmã Elisabete

Gentilezas! Gentilezas! Gentilezas!

Ações! Ações! Mais ações!

O homem precisa abandonar essa condição de limitação e acomodação para reagis à inércia e apatia às necessidades de mudanças urgente. Não há mais tempo para adiar o seu compromisso espiritual da necessidade de mudança sobretudo, de transformação. 

O mundo espiritual está cheio de espíritas com a mente cheia de teorias sem a prática aliada ao seu desenvolvimento. O resultado disso está nos hospitais cheios, do mundo espiritual, onde se receita aos seus pacientes a retirada de seus livros.

Irmãos, acordai para a necessidade de sair da acomodação constante, se justificando por traz de suas atividades do cotidiano. O espiritismo como Consolador vem trazer a vocês, o guia para o exercício da prática na família, no trabalho, na rua, com o vizinho, com as pessoas. É com as pessoas que você pode crescer, evoluir e, tornar-se bom. Veja o problema de seu irmão como degrau para o seu aprendizado e evolua concedendo-lhe a ajuda necessária.

Fazei de sua vida a escola de que seu espírito tanto necessita, e fazei de suas experiências vividas, as provas que deverá ser o meio de aprova-lo. Corra! Agilize as suas ações no bem, como meio de tirar da teoria que aprendeste o alimento para a evolução de seu espírito. Não deixem que desculpas tomem conta de sua vida, limitando as suas atitudes. É tempo de transformação no Planeta, mas essa transformação se inicia todo dia em cada um de vocês.

Ser espírita não é teorizar e ensinar aquilo que se aprendeu nos livros. Isso é ser professor. 

Ser espírita  é antes de tudo,  não desejar  mal àquele que não lhe quer bem; é colocar-se à disposição de todos na medida do possível; é livrar-se das amarras que te aprisionam no passado por meio do exercício de perdoar; é olhar com benevolência para o seu irmão sem julgar o mérito de ninguém; é se abrir ao novo como aprendiz que és porque o espiritismo não vem lhe trazer a proposta da unificação, para que todos caminhem igualmente por um ideal único de fraternidade. 

O espiritismo vem trazer a possibilidade da diversidade em todas as áreas de sua convivência, pontuando os diferentes como meio de aprendizagem e para o acolhimento fraterno. Deus nos fez únicos, singulares e não se deve buscar a homogeneidade das ações em seres tão diferentes que somos. Ao contrário disso, deve-se buscar o respeito pelas diversidades que devem ser vistas como meio de evolução e não como entraves em seu caminho.

A escalada espiritual é uma só no início e no fim porém, o caminho a ser percorrido depende de cada um isoladamente quando faz uso do livre arbítrio e vai construindo sua vida, escolhendo seus caminhos. 

Amem-se com todas as suas imperfeições e na proposta do espiritismo consolador cuide de dar conta de si mesmo. Dar conta de si mesmo significa agir, agir rápido, agir firmemente no propósito de atitudes cristãs, agir no amor, agir no bem, se fortalecer espiritualmente para que quando retornes não sejais mais um a ocupar o leito dos hospitais, mas a vestir-se do jaleco branco e colocar-se a trabalhar.

Dispa-se da ignorância; dispa-se dos medos; dispa-se da severidade e rigidez; dispa-se das cóleras; dispa-se das revoltas; liberte-se das mágoas e dos rancores; e vista-se de amor; entregue-se à benevolência com o seu semelhante; entregue-se a um trabalho edificante; exerça as vestes que assumistes no mundo espiritual com a dignidade de um bom praticante que és. Os meios para que isto aconteça, Deus já cuidou de colocar individualmente no caminho de cada um de vocês, de acordo com as suas necessidades individuais.

Abre seus olhos às oportunidades de crescimento, e espreita com sabedoria, as oportunidades que surgem. Entra na busca dessa autotransformação, a que está sendo semeado neste terreno, digo nesta casa, como ponto e partida para essa mudança de que precisa vivenciar ainda nesta vida de encarnado.

Não espere que tudo aconteça espontaneamente, vai atrás e busca construir o seu caminho. Reflete onde ainda peças e trata de corrigir para que aqui, cheguem libertos de suas próprias mentes, que o aprisionam no estado de loucura.

Fortalece com o seu semelhante, os pontos negativos que os mantêm, ambos, juntos no erro, e trata de muda-los. A inércia e a acomodação entre os semelhantes podem afundar ambos no mesmo barco. 

Trabalha! Trabalha! Trabalha cada vez mais em suas vicissitudes a fim de enobrecer a sua estadia na Terra e que quando retornardes à casa do Pai, tenhais o bônus da credibilidade, da lucidez, da razão e do amor. Trabalha porque o espírito é incansável e não há descanso a àqueles obreiros que se propuseram a construir a última hora.

Trabalha! Trabalha! Trabalha!
Transforma! Transforma! Transforma!

Que Deus ilumine a todos nesse retorno aos trabalhos, fortalecendo cada vez mais esse elo que liga a todos na Terra e na Espiritualidade. Jesus esteja convosco! Um amigo da Casa.

Grupo de Psicografia “Alta de Souza”
Casa da Caridade Irmã Elisabete

Por Alessandra Uzêda

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

"Encontro de Final de Ano" - Série Meditação - Vídeo 08 - Por Alessandra Uzêda




Vamos fechar os olhos, sentar-se confortavelmente, nos desligar de tudo o que nos distrai e nos consome a mente nesse momento...Meus irmãos, estamos chegando ao final de mais um ano de muito trabalho e dedicação à esta Casa. Hoje em especial, vamos ser levados pela Espiritualidade Maior a um encontro de comemoração pelas nossas conquistas, sobretudo, pela nossa perseverança na manutenção dos trabalhos dessa Casa de luz.

Antes de iniciarmos essa viagem ao mundo espiritual, vamos trabalhar a nossa respiração. Inspire profundamente, segure o ar nos pulmões por uns segundos...expire. Mais uma vez, inspire profundamente, segure o ar nos pulmões por uns instantes...expire.

Agora, num estado de relaxamento do corpo e da alma, vamos nos preparar para encontrarmos com seres ilustres que dedicam a sua existência a iluminar as nossas caminhadas.

 Primeiramente, pensemos em Jesus Cristo a nos abençoar! Pensemos em sua Mãe, Maria. E nessa sintonia, imagine-se junto a todos aqueles que ama sendo envolvidos e protegidos por seu manto sagrado, manto de amor.

Sinta essa energia que vibra em nossos corações de amor... de paz... de equilíbrio... sintam-se em paz...sintam-se protegidos...sintam-se amados.

Pensemos nos Mentores Espirituais da Casa da Caridade Irmã Elisabete... Dona Teresa D’Ávila, que com toda a sua inteligência e sabedoria nos orienta nos trabalhos dessa Casa.

Pensemos em Irmã Elisabete, em seu semblante de serenidade, calma, tranquilidade e Amorosidade que tanto nos conforta, nos acolhe e nos inspira.

Pensemos em Irmão Natividade que trabalha nos resgates de entidades encarnadas e desencarnadas orientando-nos e nos conduzindo ao equilíbrio e à razão.

Pensemos na força, determinação e coragem de Irmão Arakem e toda a sua equipe espiritual que se faz presente nos momentos de dificuldade bastando apenas uma sintonia de pensamento para que se faça presente entre nós.

Pensemos em Irmão Crisóstomo e todas os Espíritos Superiores que dedicam seu tempo nos orientando nos grupos de estudos, dentro de uma doutrina de amor e justiça que é a Doutrina Espírita!

Pensemos em Dr. Bezerra de Menezes, Irmã Sheila, Dr. Joseph... toda a sua equipe médica espiritual que dedicam a sua existência na Espiritualidade para o tratamento de nossas enfermidades transformando-as em bênçãos de cura.

Meus irmãos, nesse encontro de hoje, todos Eles estarão lá a nos esperar. Vamos nos unir no propósito de encontra-los, para esse encontro em comemoração às conquistas desse ano que finda.

Imagine-se num campo, tomado por um tapete de grama macia e uniforme. Um campo de muitas flores, energia singela, transparente e leve, muito leve. Em meio a esse campo, há um lago de águas cristalinas, tranquilas com muitos patinhos a nadar.

Ao redor do lago há muitas pessoas a esperar por esse encontro, tão merecedoras quanto vós, aguardam também o grande encontro. No meio do lago, surge da água um palco de luz muito branca....sim....são Eles que chegam ao nosso grande encontro. Sinta a alegria e a satisfação de fazer parte desse grupo tão seleto que busca a autotransformação, a melhoria de suas condutas, as mudanças de atitudes tão necessárias à sua permanência na Terra. Mas o que será que Eles veem nos dizer?

E tomando a palavra, um Irmão de Trabalho da Seara Espírita que nos acompanha em nossos trabalhos e desenvolvimentos espirituais, nos diz:

“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz! Eleva e educa meus sentimentos à dignidade e merecimento de vossa bênção. O sentimento é um labirinto de inúmeras passagens que dependendo de nossas escolhas e motivações poderá nos levar a sucumbir ou evoluir. Deve-se orientar-se na busca da pureza do sentimento, sentimento inerente ao controle humano, aquele que brota espontaneamente nos momentos de suas labutas, de suas escolhas. Porém, é preciso refletir a motivação desses sentimentos como meio de poder educa-los e redireciona-los ao caminho do bem, do amor, e do equilíbrio.

Onde houver ódio, que eu leve o amor porque o amor é o único antídoto criado por Deus para sarar as feridas da alma de seus filhos. Abra-se ao amor e tudo se transformará em sua vida em bênçãos de luz.

Onde houver ofensa, trabalha o perdão porque só o perdão é capaz de curar as feridas do coração. A angústia de viver como injustiçados e desmerecedores daquelas dores que o acometem. Reflete o seu pesar naquela consequência oriunda da chaga do ódio.

Onde houver dúvida, fortalece a sua fé como condição de refazimento espiritual e fortalecimento de sua crença no Pai. Olhai para os céus e recebas as bênçãos de luz que o encorajarão a seguir ainda que duvide.

Onde houver treva, acende a luz. A luz do amor, a luz de Deus, a luz da Doutrina Espírita e do Mestre Jesus. Você é um instrumento de luz! Dissemina-a com todo o seu amor e toda a sua força motivada por esse sentimento puro de criança que carrega em seu coração de menino.

O Pai está a olhar por nós na sua mais pura e mais importante missão: nos aproximar Dele, no seu modelo e guia de perfeição, em nossa escalada espiritual.
Oh homens! Como não podeis compreender a sua importância junto ao Pai Celeste? Como pode subjugar-se ao desmerecimento das bênçãos dos céus, como seres relegados ao sofrimento?
Fazei uma reflexão! Educa-te para chegar à casa do Pai, na condição de filhos amados. Fortalece a sua estima sem deixar que o orgulho e a prepotência tomem conta de você!
Você é merecedor dos reinos dos céus! Vinde a mim! Vinde a nós! Serás tão amado como o Filho do Pai.
Que a paz de Deus esteja com todos, em seus lares, em suas famílias!”

E no meio do lago, aquele palco iluminado pela pureza dos Espíritos ali presentes, se desfaz dando lugar às águas cristalinas do lago, em meio aos patinhos a nadar.

Nesse instante, estamos nos agrupando para retornarmos ao nosso ambiente sensório lentamente... trazendo essa sensação de felicidade, de sermos amados por Deus, e de eterna gratidão por fazermos parte dessa família espiritual tão iluminada pelo Cristo!


Vida e Paz!