quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Para mudar uma nação, é preciso primeiro mudar a si mesmo.



A Doutrina Espírita, nos ensina muito sabiamente a RACIOCINAR a nossa FÉ. 

Uma fé não submetida ao crivo da ração, nos leva a crer em ideologias fantasiosas, com intenções ocultas de manipulação, para se atingir determinados fins pessoais, apelando para a ingenuidade alheia. E quando assim o faz, seja o indivíduo ou uma tribo representativa de uma ideologia comum, está ou estão se corrompendo, igualmente aos crimes hediondos de corrupções de todos os partidos políticos que já governaram esse país, que pairam impunes porque a lei brasileira foi feita para acobertar os crimes.

Se utilizar da fé alheia, motivações religiosas, para atingir determinados fins políticos, é se utilizar do mesmo viés, da enganação, do engodo, da subjugação como espécie de hipnose coletiva, é ainda se aproveitar da ignorância alheia e da materialidade que o homem de hoje ainda precisa, para crer. É como pegar no ponto fraco, do homem de bem fragilizado pelas suas dificuldades momentâneas,  e não desperto para as realidades conscientes, para abarca-lo como meio de se conquistar um determinado objetivo.

Então, me pergunto, seguramente, como pode uma nação tão rica de recursos naturais, ser tão pobre de princípios morais, éticos, políticos, sociais? Como pode o homem ser tão vil, ao ponto de subir sobre o outro para se valer de seus interesses pessoais? Como podemos mudar uma nação, em que os seus filhos não querem fazer o esforço da transformação pessoal, abrindo mão das enganações em detrimento da honestidade; abrindo mão das satisfações pessoais, em prol de um bem coletivo, solidário e fraterno? Como podemos mudar uma nação, se o próprio homem que a compõe, não deseja se modificar?

A corrupção está em tudo, mas certamente, está em todos os homens ainda imperfeitos que habitam essa terra. A corrupção não está somente no dinheiro roubado de um povo sofrido. Está no poder sim, mas também,  nos atalhos, dos quais o homem se favorece, para atingir seus fins como na fila furada, no jeitinho brasileiro de barganhar uma vantagem, na contramão dada com o veículo para burlar uma lei, na exploração da boa vontade alheia, no desejo muitas vezes fútil, vil, irrelevante, que o faz passar por cima do outro, e tudo isso, porque o homem não consegue despertar para a necessidade de entender dois princípios bem básicos que Jesus nos ensinou: 

"O nosso limite termina quando o do outro começa" e "Não faça com o outro aquilo que você não gostaria que fizessem com você." 

Esses princípios fazem girar a Lei de Retorno, a Lei da Causa e Consequência, ou ainda Lei de Ação e Reação. Hoje a gente faz aqui, amanhã a gente acha quem faça conosco.

Em contradição ao que prega a Lei de Evolução, Jean-Jacques Rousseau,  foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço, que  defendia que os homens nascem bons, mas em contato com a sociedade que é má, tornam-se igualmente maus. 

Um raciocínio ingênuo e romântico da época, que não lhe permitiu perceber que quem faz a sociedade são os homens que nela convivem.  E pela Lei de Evolução, nascemos com diversas imperfeições, a serem buriladas por meio de nossas provas, para que se dê o cumprimento de nosso carma. Isso demonstra que de alguma maneira, por pior que seja o homem na face da terra, esse seguramente, evolui, melhora e aprende em algum aspecto da vida. Isso é o que nos dá um pouco de esperança, mesmo sabendo que andamos em passos lentos como as tartarugas a caminharem pelos caminhos de areia da vida.

Thomas Hobbes foi um matemático, teórico político e filósofo inglês, mais racional que Rousseau, defendeu que o homem nasce mau, com instintos de sobrevivência, e que devido a tais instintos é capaz de fazer qualquer coisa. 

Esses instintos jazem latentes em nossa consciência espiritual, adormecida pelo véu do esquecimento que protege o encarnado de si mesmo, aguardando a oportunidade de mostrar o quanto ainda somos incapazes de lidar com os potenciais nobres da evolução, o quanto ainda somos carentes de aprendizado, e o quanto ainda temos que evoluir em nossa individualidade para que consigamos mudar a sociedade de um país.

Para Hobbes, a sociedade tem o papel de educá-lo, de humanizá-lo, de torná-lo sociável. Hobbes já teve um raciocínio mais evidente do papel de uma sociedade para seu povo.  A educação, a humanização e a sociabilidade como mecanismos de um ideal evolutivo de paz, igualdade, solidariedade e fraternidade, porque não há outro meio de evoluir e crescer, se não for pela aquisição de conhecimentos morais, que propiciem uma transformação evolutiva, capaz de mudar um povo, uma sociedade, e portanto, despertar suas consciências para o que realmente importa.

Brava gente brasileira! Precisamos refletir na nossa individualidade, quem somos, como nos comportamos perante o outro na sociedade, como lidamos com as nossas dificuldades, e se estamos nos utilizando de meios lícitos, nobres e morais para atingirmos nossos objetivos, nossas expectativas. Somente mudando a si mesmo, construiremos uma sociedade  mais justa e moralizada, e por fim, assim, mudaremos essa nação. (Alessandra Uzêda)

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