Temos o hábito de achar que o maior sacrifício vem sempre em nossa direção. E à partir daí muitos, acabam se vitimando, se achando injustiçados, se colocando como objeto da "injustiça divina".
Ora, é claro que àqueles que já atingiram um nível de consciência suficiente para ter o discernimento necessário para salvá-lo da condição de vítima, de injustiçado e colocá-lo como autor e único responsável de sua própria criação, conseguem vislumbrar um horizonte de novas e mais esperançosas possibilidades de superação, sabendo que a JUSTIÇA DIVINA atua continuadamente em nossas vidas, regendo os desajustes que causamos em função de nossas escolhas, pelo uso de nosso livre-arbítrio, com a diretriz corretiva da Lei de Causa e Efeito.
Diante dessa expectativa de crescimento que a Escola da Vida nos convida a realizar, o Espírito Emmanuel, nos orienta para que:
Quando nos sentirmos constrangidos, devemos observar os semelhantes, considerados na Terra em faltas e culpas
maiores que as tuas. E a partir das notícias que observamos ao nosso redor, que nos assombram, poderemos perceber que os nossos problemas estão ao alcance de nossas forças.
Por um lado vemos alguns, por ignorância, sob as tenazes do crime, e que mesmo reconhecendo que amargas conseqüências recolherão, mais tarde, apesar disso, rendem-se, inermes, às garras da tentação por não quererem contrariar suas expectativas mais iminentes.
Vemos aqueles que dizem ser o que não é, declarando-se adeptos da virtude porém rolando na crueldade.
E outros, ainda, que te animavam à fé, permanecem na retaguarda, entregues ao
desespero...
Junto deles, há quem diga: “são almas empedernidas”.
E, há quem reforce: “são feras em forma humana”
Emmanuel nos orienta que, ainda mesmo te arroles entre as vítimas, carregando o peito dilacerado, não
ergas a voz para persegui-los. Estão marcados em si mesmos pelo remorso que trazem no
seio.
Não é necessário te aproximes para vingar-se. Além de sitiados na
dor do arrependimento, quase sempre transitam em cárceres de amargura ou respiram
exilados do carinho doméstico, sorvendo lágrimas de aflição.
Ele nos fala sobre a capacidade que só o AMOR tem de TRANSFORMAR quando nos diz que em lugar de fel e desprezo, dá-lhes amor e esperança, a fim de que despertem a vontade
entorpecida para o campo do bem.
Diante de todos eles, nossos irmãos enganados na sombra, abençoa e ora... e, se te
agridem, desvairados e inconscientes, abençoa e ora de novo, na certeza de que Deus a
ninguém abandona e, ainda mesmo para os filhos mais depravados, providenciará reajuste,
através da reencarnação, que é a escola da vida, a levantar-se, divina, do bendito colo de
mãe.
Livro: Justiça Divina
Autor: Chico Xavier
Espírito: Emmanuel
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