sábado, 17 de junho de 2017

A CRIANÇA- COMO EU ENTENDO 2 0 0 M E N S A G E N S Francisco Cândido Xavier e vários.

Levantará o humano o próprio ninho à plena altura, estagiando no tope dos gigantescos edifícios de cimento armado... 
Escalará o fastígio da ciência, povoando o espaço de ondas múltiplas, incessantemente convertidas em mensagens de som e cor. 
Voará em palácios aéreos, cruzando os céus com a rapidez do raio...
Elevar-se-á sobre torres poderosas, estudando a natureza e movimento dos astros... 
Erguer-se-á, vitorioso, ao cimo da cultura intelectual, especulando sobre a essência do Universo... 
Entretanto, se não descer, repleto de amor, para auxiliar a criança, no chão do mundo, debalde esperará pela humanidade melhor. 

Na infância, surge, renovado, o germe da perfeição, tanto quanto na alvorada recomeça o fulgor do dia. Estende os braços generosos e ampara os pequeninos que te rodeiam. 

Livra-os, hoje, da ignorância e da penúria, da preguiça e da crueldade, para que, amanhã, saibam livrar-se do crime e do sofrimento. Filha de tua carne ou rebento do lar alheio, cada criança é vida de tua vida. 

Aprende a descer para ajudá-la, como Jesus desceu até nós para instruir-nos. Sem a recuperação da infância para a glória do certo, todo o progresso humano continuará oscilando nos espinheiros da ilusão e do erro. 

Não duvides que, ao pé de cada berço, Deus nos permite encontrar o próprio futuro. De nós depende fazê-lo trilho perigoso para a descida à sombra ou estrada sublime para ascensão à luz. 

Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Taça de Luz" - EDIÇÃO LAKE

CÓLERA - COMO EU ENTENDO 2 0 0 M E N S A G E N S Francisco Cândido Xavier e vários.

A cólera apresenta dez negativas complexas que induzem a melhor das criaturas à pior das frustrações: 

1. Não resolve. Agrava 
2. Não resgata. Complica 
3. Não ilumina. Escurece 
4. Não reúne. Separa 
5. Não ajuda. Prejudica 
6. Não equilibra. Desajusta 
7. Não reconforta. Envenena 
8. Não favorece. Dificulta 
9. Não abençoa. Maldiz 
10. Não edifica. Destrói 

Evite a cólera como quem foge ao contato destruidor de alta tensão. Mas se você amanhece de mau humor, antes que o flagelo se instale de todo na sua cabeça e na sua voz, comece o dia rogando à Divina Bondade o socorro providencial de uma laringite. 

Espírito: ANDRÉ LUIZ
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "O Espírito da Verdade" - EDIÇÃO FEB

FAVOR DIVINO- COMO EU ENTENDO 2 0 0 M E N S A G E N S Francisco Cândido Xavier e vários.

Não te queixes de Deus porque dificuldades te povoem a vida. 
Certamente Deus conhece todos os programas de ação que te estruturam a existência. 
O parente difícil, a casa em provas, as tarefas árduas, a conquista de simpatia, o relacionamento espinhoso... 
Tudo isso poderia Deus suprimir num momento.
Entretanto, sem os familiares incompreensivos, não conhecerias o amor; fora dos obstáculos domésticos, não adquiririas responsabilidade; fugindo aos encargos de sacrifício, não terias experiência; longe da procura de apoio, não praticarias fraternidade e desertando das lutas de equipe, acabarias desconhecendo o valor da cooperação.

 ... Convence-te de que Deus pode sanar qualquer preocupação, mas deixa-nos a cada um a bênção do trabalho, de modo a que consigamos sair da ingenuidade e da inércia, para sermos, um dia, colaboradores conscientes da Divina Sabedoria que sustenta a Criação.

Espírito: MEIMEI
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Amizade" - EDIÇÃO IDEAL

CONFIA SEMPRE- COMO EU ENTENDO 2 0 0 M E N S A G E N S Francisco Cândido Xavier e vários.

Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.
Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.
Crê e trabalha.
Esforça-te no bem e espera com paciência.
Tudo passa e tudo se renova na Terra, mas o que vem do Céu permanecerá.
De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.
Eleva, pois, o teu olhar e caminha.
Luta e serve.
Aprende e adianta-te.
Brilha a alvorada além da noite.
Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com o desencarne...
Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

Espírito: MEIMEI
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Cartas do Coração" - EDIÇÃO LAKE

PERDOA AGORA- COMO EU ENTENDO 2 0 0 M E N S A G E N S Francisco Cândido Xavier e vários.

Não te detenhas!
Torna à presença do companheiro que te feriu e perdoa, ajudando-o a recuperar-se.
Reflete e ampara-o!
Quantas dores e quantas perturbações lhe vergastaram o Espírito, antes que a palavra dele se erguesse para ofender-te, ou antes, que o seu braço, armado pela incompreensão, deferisse contra ti o golpe deprimente?
Guarda a calma e auxilia, sem cessar.
Mais tarde, é possível que não possas, por tua vez, suportar o horrendo assalto da ira e reclamarás, igualmente, o bálsamo da alheia compreensão.
Retorna ao teu lar ou à tua luta e espalha, de novo, a bênção do amor, com todos os corações que jazem envenenados, pelo fel da crueldade ou pela peçonha da calúnia.
Não hesites, porém!
Perdoa agora, enquanto a oportunidade de reaproximação te favorece os corretos desejos porque, provavelmente, amanhã, o ensejo luminoso terá passado e não encontrarás, ao redor de ti senão a cinza do arrependimento e o choro amargo da inútil lamentação.

Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Assim Vencerás" - EDIÇÃO IDEAL

PERDÃO E LIBERDADE - COMO EU ENTENDO 2 0 0 M E N S A G E N S Francisco Cândido Xavier e vários.

Aprendamos a perdoar, conquistando a liberdade de servir. 
É imprescindível esquecer o erro para que o certo se efetue. 
Onde trabalhas, exercita a tolerância construtiva para que a tarefa não se escravize a perturbações... 
Em casa, guarda o entendimento fraterno, a fim de que a sombra não te algeme o Espírito ao desespero... 
Onde estiveres e onde fores, lembra-te do perdão incondicional, para que o auxílio dos outros te assegure paz à vida. 
É indispensável que a compreensão reine hoje entre nós, para que amanhã não estejamos encarcerados na rede das trevas.
O desencarne não é libertação pura e simples. Desencarnar-se a o Espírito do corpo físico não é exonerar-se dos sentimentos que lhe são próprios. Muitos conduzem consigo, além-túmulo, uma taça de fel envenenado com que aniquilam os melhores sonhos dos que ficaram na Terra, e muitos dos que ficam na Terra conservam consigo no coração um vaso de fogo vivo com que destroem as melhores esperanças dos que demandam o cinzento portal do túmulo.

Não procures para o Espírito o inferno invisível do ódio. Acomoda-te com o adversário ainda hoje, procurando entendê-lo e servi-lo, para que amanhã não te matricules em aflitivas contendas com forças ocultas. Transferir a reconciliação para o caminho do desencarne é atormentar o caminho da própria vida. 
Desculpa sempre, reconhecendo que não prescindimos da paciência alheia. Nem sempre somos nós a vítima real, de vez que, por atitudes imanifestas, induzimos o próximo a agir contra nós convertendo-nos, ante os tribunais da Justiça Divina, em autores, intelectuais dos delitos que passamos a lamentar indebitamente diante dos outros. 
Toda intolerância é violência.
Toda dureza espiritual é crueldade. 
Quase sempre, a crítica é corrosivo do bem, tanto quanto a acusação habitualmente, é um chicote de brasas. 
E sabendo que encontraremos na estrada a projeção de nós mesmos, conservemos o perdão por defensor de nossa liberdade, ajudando agora para que não sejamos desajudados depois. 

Espírito: EMMANUEL 
Médium: Francisco Cândido Xavier 
Livro: "Trevo de Ideias" - EDIÇÃO GEEM

ISSO É DA LEI DE DEUS- COMO EU ENTENDO 2 0 0 M E N S A G E N S Francisco Cândido Xavier e vários.

Tolera, construindo
Todo o bem que puderes
Não exija dos outros
Dons que ainda te faltam.
Erros nos companheiros
Poderiam ser nossos.
Aceita as provações
Por exames de fé.
Trarás contigo a paz
Que fizeres nos outros.
Temos sempre o que damos.
Isso é a lei de Deus.

Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro - "Tocando o Barco" - EDIÇÃO IDEAL

DIANTE DA LEI - COMO EU ENTENDO 2 0 0 M E N S A G E N S Francisco Cândido Xavier e vários.

O Espírito consciente, transitando através dos milênios, nos domínios inferiores da natureza, chega à condição de humanidade, depois de haver pago os tributos que a evolução lhe reclama.

À vista disso, é natural compreendas que o livre-arbítrio estabelece determinada posição para cada Espírito, porquanto cada pessoa deve a si mesma a situação em que se coloca. 

Possuis o que deste. 
Granjearás o que vens dando. 
Conheces o que aprendeste. 
Saberás o que estudas. 
Encontraste o que buscavas. 
Acharás o que procuras. 
Obtiveste o que pediste. 
Alcançarás o que aspiras. 
És hoje o que fizeste contigo ontem. 
Serás amanhã o que fazes contigo hoje.

Chegamos no dia claro da razão, simples e ignorantes, diante do aprimoramento e do progresso, mas com liberdade interior de escolher o próprio caminho. Todos temos, assim, na vontade a alavanca da vida, com infinitas possibilidades de mentalizar e realizar. 

O governo do Universo é a justiça que define, em toda parte, a responsabilidade de cada um.
A glória do Universo é a sabedoria, expressando luz nas consciências.
O sustento do Universo é o trabalho que situa cada inteligência no lugar que lhe compete 
A felicidade do Universo é o amor na forma do bem de todos. 

O Criador concede às criaturas, no espaço e no tempo, as experiências que desejem, para que se ajustem, por fim, às leis de bondade e equilíbrio que O manifestam. Eis por que permanecer na sombra ou na luz, na dor ou na alegria, no errado ou no certo, é ação espiritual que depende de nós. 

Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Justiça Divina" - EDIÇÃO FEB

CALMA - COMO EU ENTENDO 2 0 0 M E N S A G E N S Francisco Cândido Xavier e vários.


Se você está no ponto de estourar mentalmente silencie alguns instantes para pensar. 

Se o motivo é moléstia no próprio corpo, a intranquilidade traz o pior. 
Se a razão é enfermidade em pessoa querida, o seu desajuste é fator agravante. 
Se você sofreu prejuízos materiais, a reclamação é uma bomba atrasada, lançando caso novo. 
Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto de outros amigos. 
Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de tempo. 
Se contrariedades aparecem, o ato de esbravejar afastará de você o concurso espontâneo. 
Se você praticou um erro, o desespero é porta aberta a faltas maiores. 
Se você não atingiu o que desejava, a impaciência fará mais larga distância entre você e o objetivo a alcançar. 

Seja qual for a dificuldade, conserve a calma, trabalhando, porque, em todo problema, a serenidade é o teto do Espírito, pedindo o serviço por solução.

Espírito: ANDRÉ LUIZ 
Médium: Francisco Cândido Xavier 
Livro: "O Espírito da Verdade" - Edição FEB 

TRANQUILIDADE- COMO EU ENTENDO 2 0 0 M E N S A G E N S Francisco Cândido Xavier e vários.

1. Comece o dia na luz da Oração. O amor de Deus nunca falha.
2. Aceite qualquer dificuldade sem discutir. Hoje é o tempo de fazer o melhor.
3. Trabalhe com alegria. O preguiçoso, ainda mesmo quando se mostre num pedestal de ouro maciço, é um cadáver que pensa.
4. Faça o bem o quanto possa. Cada criatura transita entre as próprias criações.
5. Valorize os minutos. Tudo volta, com exceção da hora perdida.
6. Aprenda a obedecer no culto das próprias obrigações. Se você não acredita na disciplina, observe um carro sem freio.
7. Estime a simplicidade. O luxo é o mausoléu dos que se avizinham da morte.
8. Perdoe sem condições. Irritar-se é o melhor processo de perder.
9. Use a gentileza, mas, de modo especial dentro da própria casa. Experimente atender os familiares como você trata as visitas.
10. Em favor de sua paz conserve fidelidade a si mesmo. Lembre-se de que, no dia do Calvário, a massa aplaudia a causa triunfante dos crucificadores, mas o Cristo, solitário e vencido, era a causa de Deus.

Espírito: ANDRÉ LUIZ
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "O Espírito da Verdade" - EDIÇÃO FEB

O QUE MAIS SOFREMOS - COMO EU ENTENDO 2 0 0 M E N S A G E N S Francisco Cândido Xavier e vários.

O que mais sofremos no mundo ...

Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.

Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.

Espírito: ALBINO TEIXEIRA
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE

domingo, 4 de junho de 2017

Oração a Bezerra de Menezes


Nós Te rogamos, Pai de Infinita Bondade e Justiça, as graças de Jesus Cristo, através de Bezerra de Menezes e suas legiões de companheiros. 

Que eles nos assistam, Senhor, consolando os aflitos, curando aqueles que se tornem merecedores, confortando aqueles que tiverem suas provas e expiações a passar, esclarecendo aos que desejarem conhecer a Verdade e assistindo a todos quantos apelam ao Teu Infinito Amor. 

Jesus, Divino Portador da Graça e da Verdade, estende Tuas mãos dadivosas em socorro daqueles que Te reconhecem o Despenseiro Fiel e Prudente; faze-o, Divino Modelo, através de Tuas legiões consoladoras, de Teus Santos Espíritos, a fim de que a Fé se eleve, a Esperança aumente, a Bondade se expanda e o Amor triunfe sobre todas as coisas. 

Bezerra de Menezes, Apóstolo do Bem e da Paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimenta as tuas falanges amigas em benefício daqueles que sofrem, sejam males físicos ou espirituais. Santos Espíritos, dignos obreiros do Senhor, derramai as graças e as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de que as criaturas se tornem amigas da Paz e do Conhecimento, da Harmonia e do Perdão, semeando pelo mundo os Divinos Exemplos de Jesus Cristo.

Deu no Jornal da Vida : “Menina não escutou os pais e está numa pior.”

A HISTÓRIA

O grande laço cor de rosa que adornava a porta do quarto da maternidade , anunciava que mais uma menina contava entre os vivos da Terra. A família sentiu grande alegria. Papai e mamãe eram somente sorrisos e contentamento. O tempo foi passando , e a pequena garotinha era tratada com muito amor e carinho. O pai dizia ser ela a sua princesinha , enquanto a mãe , dedicada e carinhosa, desmanchava-se em beijos e carícias. Assim , cercada de carinho , a pequena flor desabrochou e tornou-se uma linda adolescente.

Infelizmente , apesar dos cuidados da família , a menina viu-se envolvida em funesta trama ; a sombra , através da figura de um sedutor rapaz , armava sua armadilha para desviar a garota do bom caminho.

Contra a vontade dos pais , a menina iniciou o namoro com um jovem que habitualmente frequentava o bar em frente ao colégio onde ela estudava. O pai lhe dizia que o moço possuía comportamento estranho , que não  era boa influência , pois andava em más companhias. Todavia, a menina , completamente apaixonada e sem usar a razão , retrucava dizendo que o namorado era incompreendido por todos , que ela o amava e chegaria às últimas conseqüências para ficar ao seu lado. A jovem agora vivia trancada em seu quarto ou ao telefone em longas conversas com o rapaz. Não mais sorria , e na escola , nem de longe , lembrava a aluna extrovertida e aplicada de outros tempos.

Os pais desesperados tentavam de todos os meios persuadi-la a mudar a conduta , mas ela parecia indiferente a qualquer orientação. Incentivada pelo namorado acabou envolvendo-se com drogas.

Frequentava lugares perigosos e andava em companhia de pessoas completamente alienadas das responsabilidades da vida.

Por que não ouviu as orientações de seus pais ? 
Por que preferiu dar ouvidos ao namorado , que tão pouco conhecia , ao invés de escutar aqueles que mais lhe amavam na vida ?

 Hoje encontra-se internada em uma clínica para viciados , onde luta para livrar-se do vício e voltar a uma vida normal. O namorado desencarnou , vítima de uma dose fatal de cocaína. ·

A MORAL

“Devido ao orgulho , a imaturidade , ou até mesmo a ignorância , muitas vezes fechamos nossos ouvidos justamente para aqueles que desejam nosso bem e nosso sucesso. Não bastasse isso , lá estamos nós a seguir conselhos de pessoas que , intencionalmente ou não , querem nos arrastar para a mesma situação infeliz em que se encontram. Não faça isto. Mesmo que os pais não tenham muita habilidade com as palavras , devemos procurar escutá-los com o coração desarmado, pois desejam nossa felicidade. Aja com maturidade , reflita bem e decida com sabedoria a quem você deve escutar.

A PRECE

 Jesus! Faça com que minha alma seja dócil e receptiva às orientações que visam conduzir-me para o bem. Amigo fiel , retire do meu coração a rebeldia e a teimosia e não permita que o mal venha sobre minha vida. Muito obrigado.


Livro: Se liga, Juventude!
Autor: Carlos Caldo

Deu no Jornal da Vida : “Minutos de prazer acabam custando muito caro.”

A HISTÓRIA

A festa estava animada. Muitas jovens , trajando roupas extremamente sensuais , faziam os rapazes viajarem em pensamentos de luxuria. O menino , incentivado por várias doses de bebida alcoólica , toma coragem e aproxima-se da garota , insinuante e sorridente. Começam a dançar e logo estão aos beijos e carícias no meio da pista. O convite é inevitável e a moça , sem pestanejar , aceita acompanhar o rapaz a um motel.

 O entusiasmo juvenil é tão grande, que ao adentrarem no quarto atiram-se vorazmente ao ato sexual. Nenhuma conversa , nenhuma proteção. A noite de prazer passou.... Despediram-se e não mais voltariam a encontrar-se. 

No caminho de retorno para casa , já refeito dos efeitos do álcool , o rapaz começa a pensar:

- Será que aquela menina era saudável ? 
- Será que poderia estar contaminada pelo vírus da AIDS ? 

Os dias passaram e o jovem sentia-se tenso e preocupado. Resolveu, então, submeter-se a um exame clínico para tranquilizar-se. Entretanto o resultado , ao invés de lhe dar paz , confirmava aquilo que ele mais temia : estava infectado. Por causa de alguns minutos de prazer sua vida mudaria drasticamente... ·

A MORAL

 “ O sexo é uma energia criativa concedida ao seres humanos para ser utilizada com amor e respeito. Não é algo para ser tratado de forma banal . Na Terra , com raras exceções , somos muito inábeis para lidar com esta energia e acabamos por comprometer nossa existência e muitas vezes a causar enorme sofrimento às pessoas. Sabemos que a vontade de fazer sexo existe e é grande , mas procure usar o sexo como instrumento de crescimento e não de destruição. Não seja promíscuo , cuide-se. Antes de atirar-se a uma aventura sexual , reflita , pese os valores que estão em jogo... Se liga !“ 

A PRECE

 Pai Celeste ! Oriente-me para que eu utilize minha energia sexual de forma saudável e digna. Não permita que as más influências cheguem até minha alma , tentando atirar-me no abismo da luxúria e da promiscuidade. Que meu Anjo Guardião esteja sempre ao meu lado dando-me proteção e esclarecimento. Obrigado.

Livro: Se liga, Juventude!
Autor: Carlos Caldo

Deu no Jornal da Vida : “Plantava mentiras : colheu culpa e remorso.”

A HISTÓRIA

A garota tinha o hábito de mentir aos pais. Muitas vezes dizia estar em determinado local , quando na verdade estava em outro. Não raro , o pai a deixava em frente a certa casa de dança onde a menina deveria encontrar-se com suas amigas do colégio , e ela acabava por trilhar outros caminhos.

Certa vez , numa destas mentiras costumeiras , um fato inesperado aconteceu: O pai sentiu-se mal e reclamou a presença da filha querida. A mãe apressou-se em telefonar para a casa da amiga onde a menina disse que estaria. Não a encontrou... Tensa e ainda mais desesperada, a mãe tratou de seguir para o hospital levando o marido enfermo.


A noite foi longa e nenhuma notícia da filha. Infelizmente o pai não resistiu. Mais tarde, a menina viu o quanto sua mentira havia lhe custado. Não pôde ficar ao lado do pai na hora de sua partida para o mundo maior. Não pôde oferecer o ombro amigo à mãe que tanto necessitava . Restou-lhe a culpa e o remorso ·

A MORAL

 “Aquele que sempre diz a verdade , traz a consciência tranquila e caminha em paz pela vida. Aquele que mente , traz a consciência culpada e caminha lado a lado com a insegurança e a intranquilidade. De que forma você deseja caminhar ? Se liga!”



A PRECE

 Deus ! Ajude-me a caminhar sempre com a verdade e a justiça. Fazei com que de minha boca nunca saiam mentiras ou calúnias. Que minhas palavras sejam de sinceridade, amor e alegria , trazendo luz e felicidade para aqueles que me rodeiam. Obrigado .



Livro: Se liga, Juventude!
Autor: Carlos Caldo

Deu no Jornal da Vida : “Queria solução e arrumou mais problemas.”

A HISTÓRIA

Trancada em seu quarto no 10º andar de um edifício residencial , a jovem , triste e melancólica , caminha até a janela do aposento. Enquanto seus olhos fixam os carros que abaixo cortam a movimentada avenida ,sua mente , atormentada e confusa , é assolada por pensamentos suicidas. 

Uma voz interior lhe diz para não cometer tamanha loucura , pois Deus não desampara e sempre há esperança

Entretanto cedendo à perniciosa tentação , a garota atira-se ao ar. Em poucos segundos o jovem corpo atingia o solo .... 

Já do outro lado da vida , a menina , percebendo que ainda vivia, compreendeu a insanidade que cometera. Queria livrar-se dos problemas , todavia agora estava numa situação muito pior , pois o remorso e a culpa lhe corroíam o coração e causavam insuportável sofrimento. 

A MORAL

Todos somos espíritos eternos. Estamos aqui na Terra para resgatarmos erros de vidas passadas e também para aprendermos mais e evoluirmos. Para isso passamos , muitas vezes, por sofrimentos que se suportados com fé e paciência nos trarão grandes alegrias futuras. Desistir da vida terrestre é perder oportunidade sublime de crescimento e comprometer nossa evolução. Suicídio é um grave crime contra as leis de Deus e somente provoca tristeza e o agravamento de problemas. Se liga !

A PRECE

Pai! Humildemente peço a sua ajuda para enfrentar os problemas que a vida me apresentar. Dê-me , senhor amado , força e coragem para nunca desanimar ou cair em lamentações. Que minha fé seja maior a cada dia e que eu consiga transpor todo e qualquer obstáculo. Amo a vida e sei que ela é oportunidade sublime para minha evolução. Obrigado , meu Deus , muito obrigado.

Livro: Se liga, Juventude!
Autor: Carlos Caldo

Deu no Jornal da Vida : “Menino que bebericava tornou-se alcoólatra.”


 A HISTÓRIA

Quando menino , durante os festejos, gostava de bebericar cerveja do pai e todos achavam graça. Veio a adolescência e o jovem , na companhia de seus colegas , exibia com orgulho , o número de garrafas vazias das quais havia sorvido o líquido alcoólico nas tardes ensolaradas no clube. 

Nas noitadas com os amigos , o bar sempre era a primeira etapa , pois dizia que precisa “calibrar” para ficar no ponto ideal para divertir-se. Assim seguia o nosso alegre e desatento jovem; sempre cedendo ao convite do álcool .

Quando alguém lhe alertava que estava exagerando , respondia que se sentia bem , confiante , e que tinha total controle. 

Os anos passaram e veio o casamento e os filhos. Mas o que começou como inocente brincadeira , tornou-se um vício cruel e destruidor. 

O álcool que antes se disfarçara como amigo, agora mostrava suas garras: No lar somente ofendia a esposa dedicada e maltratava os filhos que Deus lhe confiara. O bar era seu reduto predileto , onde ao lado de outros infelizes , desperdiçava dinheiro e saúde. 

Perdeu a esposa , o emprego e o amor dos filhos. Perdeu também a saúde e hoje é verdadeiro trapo humano , a perambular pelas ruas a espera da morte ... · 

A MORAL

“Procure trocar o copo de cerveja ou a dose de whishy por um bom suco de frutas. Acha muito “careta”? Pode ser , mas é muito mais saudável e não coloca em risco nossa vida. 

Tome muito cuidado com a ingestão de bebidas alcoólicas. Não foram poucos os acidentes causados por algumas doses a mais ; sem falar que milhares de pessoas acabaram no vício e destruíram suas vidas e as de suas famílias. Se liga ! 

A PRECE

 Deus ! Afasta de minha vida , o vício do álcool. Dê-me sabedoria e força de vontade para resistir às tentações deste nosso mundo e ajude-me a manter a mente e o corpo saudáveis e em harmonia. Muito Obrigado Pai.


Livro: Se liga, Juventude!
Autor: Carlos Caldo

Deu no Jornal da Vida : “Monstro das drogas leva mais um.”

A HISTÓRIA

Era o primeiro filho , e ao nascer trouxe muita alegria. Quando deu o primeiro passo , toda família comemorou. A primeira palavra foi mamãe , e ela chorou de emoção. Cresceu um belo garoto e logo veio a primeira namorada , enchendo o papai de satisfação.

Mas a sombra espreitava o jovem, e não tardou a fazer suas malignas sugestões. Assim , de maneira sutil , veio o primeiro cigarro de maconha. Logo depois a primeira dose de cocaína. Um dia já absorvido e dominado pelo terrível poder do vício o rapaz sucumbiu. Foi a última dose ..... ·

A MORAL 

"O monstro das drogas vive a esperar uma oportunidade para destruir a vida das mais belas almas. Espíritos infelizes insuflam nas mentes juvenis a perniciosa ideia do consumo dos tóxicos , oferecendo-lhes um paraíso para depois atirar-lhes no inferno. Não dê ouvidos às sugestões do mal , não tenha a mórbida curiosidade de experimentar drogas ; o primeiro cigarro de maconha pode ser o caminho para o último suspiro de vida. Quando alguma ideia sobre ingerir drogas atacar sua mente , ore com fé a Jesus para que afaste estes pensamentos. Confie no Mestre, ele é seu melhor amigo e certamente atenderá sua rogativa. Se liga !”


A PRECE

Jesus ! Afasta de mim a tentação das drogas e fecha minha mente a qualquer sugestão do mal. Que minha vida seja repleta de saúde , paz e alegria. Confio em seu poder e sei que a sua proteção e o seu amor me levarão por caminhos de luz. Obrigado.





Livro: Se liga, Juventude!
Autor: Carlos Caldo

Deu no Jornal da Vida : “Filho ingrato causa dor e tristeza à família.” - Se Liga, Juventude!

A HISTÓRIA

O casal feliz recebia a notícia da gravidez com festa e euforia. Após nove meses de expectativa vinha ao mundo o tão esperado bebê. Enquanto o pai esforçava-se no trabalho para que nada faltasse ao pequenino , a mãe cuidava de trocar as fraldas , de amamentar e cuidar das coisas do lar. Muitas noites a dedicada mamãe passava acordada , pois o bebê tinha febre e requisitava cuidados especiais. 

O pai , não menos zeloso , dedicava ao filho todos os momentos que podia. Assim seguiram os dias naquele reduto de amor. Graças ao esforço dos pais e a bondade de Deus, a criança cresceu saudável , pôde frequentar uma escola e tornou-se um belo adolescente. Entretanto , o jovem , contrariando o que dele se esperava , enveredou por caminhos escuros. 

A escola já não frequentava com assiduidade , esquecendo do esforço do pai para garantir-lhe a instrução. Em casa tratava a mãe sem o menor carinho e respeito , esquecendo de todos os cuidados que sua genitora dispensou para garantir-lhe a saúde .

Nas madrugadas , embebedava-se com companheiros infelizes , envolvendo-se em brigas ou perdendo tempo atrás de prazeres sexuais passageiros e muitas vezes perigosos.

O coração de sua mãe chorou. O pai , magoado, adoeceu. A família , que era feliz e unida , agora estava triste , sem rumo... · 

A MORAL

“Reflita sobre seu comportamento para com sua família. Não seja ingrato como o jovem de nossa pequena história. Peça a seu Anjo Guardião para que lhe guie sempre por caminhos de luz. A ingratidão de um filho é ato repugnante que traz tristeza e infelicidade. Se liga !"


A PRECE

 Meu Anjo Guardião ! Fazei que em meu coração não haja espaço para a ingratidão e a rebeldia. Que eu possa ser um bom filho , amando e respeitando aos meus pais. Obrigado , muito obrigado


Livro: Se liga, Juventude!
Autor: Carlos Caldo

Deu no Jornal da Vida: “Rapaz valentão é morto brutalmente.” - SE LIGA, JUVENTUDE!

A HISTÓRIA

O moço era o valentão da turma. Nas noitadas envolvia-se em confusões e no dia seguinte relatava aos amigos , com orgulho , o número de socos que havia desferido contra seus semelhantes. Na escola era temido; bastava alguém dirigir-lhe o olhar , e lá estava ele a tirar satisfações. Se por acaso alguém lhe esbarrasse acidentalmente , a agressão era certeira. Dizia em alto e bom tom que não tinha medo de ninguém e que enfrentava qualquer “parada”. 

Os pais procuravam orientar-lhe , mas o destemido rapaz não dava ouvidos a ninguém. Certa noite, após ingerir algumas doses de bebida alcoólica , o valente jovem envolveu-se em uma calorosa discussão com um desconhecido. Sem demora abriu a camisa , impecavelmente branca e passada por sua mãe antes dele sair ,cerrou os punhos e desafiou o outro para briga. Entretanto, o oponente não partiu para contenda de mãos vazias ; sem hesitar sacou uma arma de fogo e atingiu ,com um tiro certeiro, o peito de nosso pobre amigo. A camisa, agora quase totalmente rubra , enunciava a proporção do estrago :

O menino desencarnava de forma abrupta e violenta. Na verdade onde o pobre imaginava haver valentia , existia apenas imaturidade e falta de consciência sobre o valor da vida humana. 

Para a família restou tristeza e saudade, para o menino a esperança de uma próxima existência onde possa trilhar por melhores caminhos. 

A MORAL

 "Não há mérito em agredir as pessoas. Na verdade esta é uma atitude covarde perante a vida ; é muito mais fácil brigar com outras pessoas do que lutar com inteligência e amor , para enfrentar problemas e obstáculos. Violência gera violência , não se apaga um incêndio com fogo. Mesmo que a discussão e a agressividade venham até você , pense no valor de sua vida e fuja da violência. Se liga !” ·

A PRECE
 Deus , Pai todo poderoso ! Livra-me de toda agressividade e de toda violência. Que seja eu , calmo e pacífico e que minha paz traga luz e felicidade à minha vida. Amado senhor , ajuda-me a ver em cada ser humano , um irmão ao qual devo amar e respeitar. Obrigado!

Livro: Se liga, Juventude!
Autor: Carlos Caldo

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Revista Espírita, janeiro de 1858 - As primeiras publicações sobre o Espiritismo eram feitas pela Revista Espírita.


 A rapidez com a qual se propagaram, em todas as partes do mundo, os fenômenos estranhos das manifestações espíritas, é uma prova do interesse que causam. 

Simples objeto de curiosidade, a princípio, não tardaram em despertar a atenção dos homens sérios que entreviram, desde o início, a influência inevitável que devem ter sobre o estado moral da sociedade. 

As ideias novas que deles surgem, se popularizam cada dia mais, e nada poderia deter-lhes o progresso, pela razão muito simples de que esses fenômenos estão ao alcance de todo mundo, ou quase todo, e que nenhuma força humana pode impedi-los de se produzirem. Se os abafam em algum ponto, eles reaparecem em cem outros. 

Aqueles, pois, que poderiam, nele, ver um inconveniente qualquer, serão constrangidos, pela força das coisas, a sofrer-lhes as conseqüências, como ocorreu com as indústrias novas que, na sua origem, feriram interesses privados, e com as quais todo o mundo acabou por se ajeitar, porque não se poderia fazer de outro modo.

O que não se fez e disse contra o magnetismo! E, todavia, todos os raios que se lançaram contra ele, todas as armas com as quais o atingiram, mesmo o ridículo, se enfraqueceram diante da realidade, e não serviram senão para colocá-lo mais e mais em evidência. É que o magnetismo é uma força natural, e que, diante das forças da Natureza, o homem é um pigmeu semelhante a esses cãezinhos que ladram, inutilmente, contra o que os assusta. 

Há manifestações espíritas como a do sonambulismo; se elas não se produzem à luz do dia, publicamente, ninguém pode se opor a que tenham lugar na intimidade, uma vez que, cada família, pode achar um médium entre seus membros, desde a criança até o velho, como pode achar um sonâmbulo. 

Quem, pois, poderia impedir, a qualquer pessoa, de ser médium ou sonâmbula?

Aqueles que combatem a coisa, sem dúvida, não refletiram nela. Ainda uma vez, quando uma força é da Natureza, pode-se detê-la um instante: aniquilá-la, jamais! Não se faz mais do que desviar-lhe o curso. 

Ora, a força que se revela no fenômeno das manifestações, qualquer que seja a sua causa, está na Natureza, como a do magnetismo; não será aniquilada, pois, como não se pode aniquilar a força elétrica. O que é preciso fazer, é observá-la, estudar-lhe todas as fases para, delas, deduzir as leis que a regem. Se for um erro, uma ilusão, o tempo lhe fará justiça; se for a verdade, a verdade é como o vapor: quanto mais se comprime, maior é a sua força de expansão.

Espanta-se, com razão, que, enquanto na América só os Estados Unidos possuem dezessete jornais consagrados a essas matérias, sem contar uma multidão de escritos não periódicos, a França, o país da Europa, onde essas idéias foram mais prontamente aclimatadas, não possua um único. 

Não se poderia, pois, contestar a utilidade de um órgão especial, que mantenha o público ao corrente dos progressos desta ciência nova, e o premuna dos exageros da credulidade, tão bem quanto contra o ceticismo. É essa lacuna que nos propomos preencher com a publicação desta revista, com o fim de oferecer um meio de comunicação a todos aqueles que se interessam por estas questões, e de ligar, por um laço comum, aqueles que compreendem a Doutrina Espírita sob o seu verdadeiro ponto de vista moral: a prática do bem e da caridade evangélica com relação a todo o mundo. 

Se não se tratasse senão de uma coleta de fatos, a tarefa seria fácil; eles se multiplicam, sobre todos os pontos, com uma tal rapidez, que a matéria não faltaria; mas, os fatos unicamente tornar-se-iam monótonos, pela seqüência mesma do seu número e, sobretudo, pela sua semelhança. 

O que é preciso, ao homem que reflete, é alguma coisa que fale à sua inteligência. Poucos anos decorreram desde a aparição dos primeiros fenômenos, e já estamos longe das mesas girantes e falantes que não foram senão a infância. 

Hoje, é uma ciência que descobre todo um mundo de mistérios, que torna patente verdades eternas, que não foram dadas senão ao nosso espírito de pressentir; é uma doutrina sublime que mostra ao homem o caminho do dever, e que abre o campo, o mais vasto, que ainda fora dado à observação do filósofo. 

Nossa obra seria, pois, incompleta e estéril se permanecesse nos estreitos limites de uma revista anedótica, cujo interesse seria bem rapidamente esgotado. Talvez nos contestem a qualificação de ciência que damos ao Espiritismo. Ele não poderia, sem dúvida, em alguns casos, ter os caracteres de uma ciência exata, e está precisamente aí o erro daqueles que pretendem julgá-lo e experimentá-lo como uma análise química, como um problema matemático: já é muito que tenha o de uma ciência filosófica. 

Toda ciência deve estar baseada sobre fatos; mas só os fatos não constituem a ciência; a ciência nasce da coordenação e da dedução lógica dos fatos: é o conjunto de leis que os regem.

O Espiritismo chegou ao estado de ciência? 

Se se trata de uma ciência perfeita, sem dúvida, seria prematuro responder afirmativamente; mas as observações são, desde hoje, bastante numerosas para se poder, pelo menos, deduzir os princípios gerais, e é aí que começa a ciência. 

A apreciação razoável dos fatos, e das conseqüências que deles decorrem, é, pois, um complemento sem o qual a nossa publicação seria de uma medíocre utilidade, e não ofereceria senão um interesse muito secundário para quem reflita, e quer se inteirar daquilo que vê. 

Todavia, como o nosso objetivo é chegar à verdade, acolheremos todas as observações que nos forem endereçadas, e tentaremos, quanto no-lo permita o estado dos conhecimentos adquiridos, seja levantar as dúvidas, seja esclarecer os pontos ainda obscuros. 

Nossa revista será, assim, uma tribuna aberta, mas, onde a discussão não deverá jamais desviar-se das leis, as mais estritas, das conveniências. Em uma palavra, discutiremos, mas não disputaremos. As inconveniências de linguagem jamais tiveram boas razões aos olhos de pessoas sensatas; é a arma daqueles que não a têm melhor, e essa arma reverte contra quem dela se serve. Se bem que os fenômenos, dos quais iremos nos ocupar, se tenham produzido, nestes últimos tempos, de modo mais geral, tudo prova que ocorreram desde os tempos mais recuados. 

Não se trata de fenômenos naturais nas invenções que seguem o progresso do espírito humano; desde que estão na ordem das coisas, sua causa é tão velha quanto o mundo e os efeitos devem ter-se produzido em todas as épocas. 

O que, pois, testemunhamos hoje não é uma descoberta moderna: é o despertar da antiguidade, mas, da antiguidade liberta da companhia mística que engendrou as superstições, da antiguidade esclarecida pela civilização e o progresso nas coisas positivas.

A conseqüência capital, que ressalta desses fenômenos, é a comunicação, que os homens podem estabelecer, com os seres do mundo incorpóreo, e os conhecimentos que podem, em certos limites, adquirir sobre seu estado futuro.

 O fato das comunicações com o mundo invisível se encontra em termos inequívocos nos relatos bíblicos; mas, de um lado, para certos céticos, a Bíblia não tem uma autoridade suficiente; por outro lado, para os crentes, são fatos sobrenaturais, suscitados por um favor especial da Divindade. Não haveria aí, pois, para todo o mundo, uma prova da generalidade dessas manifestações, se não as encontrássemos em milhares de outras fontes diferentes. 

A existência dos Espíritos, e a sua intervenção no mundo corporal, está atestada e demonstrada, não mais como um fato excepcional, mas como princípio geral, em Santo Agostinho, São Jerônimo, São Crisóstomo, São Gregório de Nazianzeno e muitos outros Pais da Igreja Essa crença forma, por outro lado, a base de todos os sistemas religiosos. Os mais sábios filósofos da antiguidade a admitiram: Platão, Zoroastro, Confúcio, Apuleio, Pitágoras, Apolônio de Tiana e tantos outros. 

Nós a encontramos nos mistérios e nos oráculos, entre os Gregos, os Egípcios, os Hindus, os Caldeus, os Romanos, os Persas, os Chineses. Vemo-la sobreviver a todas as vicissitudes dos povos, a todas as perseguições, desafiar todas as revoluções físicas e morais da Humanidade. Mais tarde, encontramo-la nos adivinhos e feiticeiros da Idade Média, nos Willis e nas Walkirias dos Escandinavos, nos Elfos dos Teutões, nos Leschios e nos Domeschnios Doughi dos Eslavos, nos Ourisks e nos Brownies da Escócia, nos Poulpicans e nos Ten-sarpoulicts dos Bretões, nos Cemis dos Caraíbas, em uma palavra, em toda a falange de ninfas, de gênios bons e maus, de silfos, de gnomos, de fadas, de duendes, com os quais todas as nações povoaram o espaço. Encontramos a prática das evocações entre os povos da Sibéria, no Kamtchatka, na Islândia, entre os índios da América do Norte, entre os aborígenes do México e do Peru, na Polinésia e mesmo entre os estúpidos selvagens da Oceania. 

De alguns absurdos que essa crença esteja cercada e disfarçada segundo os tempos e os lugares, não se pode deixar de convir que ela parte de um mesmo princípio, mais ou menos desfigurado; ora, uma doutrina não se torna universal, e nem sobrevive a milhares de gerações, nem se implanta, de um pólo ao outro, entre os povos mais dessemelhantes, e em todos os graus da escala social, sem estar fundada em alguma coisa de positiva. 

O que é essa alguma coisa? 

É o que nos demonstram as recentes manifestações. Procurar as relações que podem e devem ter entre essas manifestações e todas essas crenças, é procurar a verdade. 

A história da Doutrina Espírita, de alguma forma, é a do espírito humano; iremos estudar todas essas fontes que nos fornecerão uma mina inesgotável de observações, tão instrutivas quanto interessantes, sobre os fatos gerais pouco conhecidos.

Essa parte nos dará a oportunidade de explicar a origem de uma multidão de lendas e de crenças populares, interpretando a parte da verdade, da alegoria e da superstição. No que concerne às manifestações atuais, daremos conta de todos os fenômenos patentes, dos quais formos testemunhas ou que vierem ao nosso conhecimento, quando parecerem merecer a atenção dos nossos leitores. 

Faremos o mesmo com os efeitos espontâneos que se produzem, freqüentemente, entre as pessoas, mesmo as mais estranhas às práticas das manifestações espíritas, e que revelem seja a ação oculta, seja a independência da alma; tais são os fatos de visões, aparições, dupla vista, pressentimentos, advertências íntimas, vozes secretas, etc. À relação dos fatos acrescentaremos a explicação, tal como ela ressalta do conjunto dos princípios. Faremos anotar, a esse respeito, que esses princípios são aqueles que decorrem do próprio ensinamento dado pelos Espíritos, e que faremos, sempre, abstração das nossas próprias idéias. Não será, pois, uma teoria pessoal que exporemos, mas a que nos tiver sido comunicada, e da qual não seremos senão o intérprete. 

Uma larga parte será, igualmente, reservada às comunicações, escritas ou verbais, dos Espíritos, todas as vezes que tiverem um fim útil, assim como as evocações de personagens antigas ou modernas, conhecidas ou obscuras, sem negligenciar as evocações íntimas que, freqüentemente, não são menos instrutivas; abarcaremos, em uma palavra, todas as fases das manifestações materiais e inteligentes do mundo incorpóreo. 

A Doutrina Espírita nos oferece, enfim, a única solução possível e racional de uma multidão de fenômenos morais e antropológicos, dos quais, diariamente, somos testemunhas, e para os quais se procuraria, inutilmente, a explicação em todas as doutrinas conhecidas. 

Classificaremos nessa categoria, por exemplo, a simultaneidade dos pensamentos, a anomalia de certos caracteres, as simpatias e as antipatias, os conhecimentos intuitivos, as aptidões, as propensões, os destinos que parecem marcados de fatalidade, e, num quadro mais geral, o caráter distintivo dos povos, seu progresso ou sua degeneração, etc. 

À citação dos fatos acrescentaremos a busca das causas que puderam produzi-los. Da apreciação desses atos, ressaltarão, naturalmente, úteis ensinamentos sobre a linha de conduta mais conforme com a sã moral. Em suas instruções, os Espíritos superiores têm, sempre, por objetivo excitar, nos homens, o amor ao bem pela prática dos preceitos evangélicos; nos traçam, por isso mesmo, o pensamento que deve presidir à redação dessa coletânea. 

Nosso quadro, como se vê, compreende tudo o que se liga ao conhecimento da parte metafísica do homem; estudá-la-emos em seu estado presente e em seu estado futuro, porque estudar a natureza dos Espíritos, é estudar o homem, uma vez que deverá fazer parte, um dia, do mundo dos Espíritos; por isso acrescentamos, ao nosso título principal, o de jornal de estudos psicológicos, a fim de fazer compreender toda a sua importância. 

Nota. Por multiplicadas que sejam nossas observações pessoais, e as fontes em que as haurimos, não dissimulamos nem as dificuldades da tarefa, nem a nossa insuficiência. Contamos, para isso suprir, com o concurso benevolente de todos aqueles que se interessam por essas questões; seremos, pois, muito reconhecidos pelas comunicações que queiram bem nos transmitir sobre os diversos objetos de nossos estudos; apelamos, a esse respeito, a sua atenção sobre os pontos seguintes, sobre os quais poderão fornecer documentos: 

1. Manifestações materiais ou inteligentes, obtidas em reuniões às quais assistiram; 
2. Fatos de lucidez sonambúlica e de êxtase; 
3. Fatos de segunda vista, previsões, pressentimentos, etc. 
4. Fatos relativos ao poder oculto atribuído, com ou sem razão, a certos indivíduos; 
5. Lendas e crenças populares; 
6. Fatos de visões e aparições; 
7. Fenômenos psicológicos particulares que ocorrem, algumas vezes, no instante da morte; 
8. Problemas morais e psicológicos para resolver; 
9. Fatos morais, atos notáveis de devotamento e abnegação, dos quais possa ser útil propagar o exemplo; 
10. Indicação de obras, antigas ou modernas, francesas ou estrangeiras, onde se encontrem fatos relativos à manifestação de inteligências ocultas, com a designação e, se possível, a citação das passagens. Do mesmo modo, no que concerne à opinião emitida sobre a existência dos Espíritos e suas relações com os homens, pelos autores antigos ou modernos, cujo nome e saber podem dar autoridade. Não daremos conhecimento dos nomes das pessoas que queiram nos dirigir as comunicações, senão quando, para isso, formos formalmente autorizados.

Allan Kardec