Todos os estados enfermiços do Espírito se assemelham, no fundo, aos estados enfermiços do
corpo físico, solicitando remédio adequado que lhes patrocine a cura. E a impaciência que tantas vezes gera rixas inúteis, é um deles, pedindo o especifico da calma
que a desterre do mundo íntimo.
Como, porém, obter a serenidade, quando somos impulsivos por vocação ou por hábito?
Justo lembrar que assim como nos acomodamos, obedientes, para ouvir o professor trazido a
ensinar-nos, é forçoso igualmente assentar a emotividade, na carteira do raciocínio, a fim de educá-la,
educando-nos; e, aplicando os princípios de fraternidade e de amor que abraçamos, convidaremos
os nossos próprios sentidos à necessária renovação. Feito isso, perceberemos que todo instante de turvação ou desequilíbrio, é instrumento de teste
para avaliação de nosso próprio aproveitamento.
Aprenderemos, por fim, que diante da crítica estamos convocados à demonstração de benevolência,
diante da censura é preciso exercer a bondade; à frente do pessimismo, somos induzidos a
cultivar esperança; ante a condenação, somos indicados à benção, e que renteando com quaisquer
aparências do erro, é imperioso pensar no certo, dispondo-nos a servi-lo.
Entregando-nos com sinceridade a semelhantes exercícios de compreensão e tolerância, estaremos
em aula profícua, para a aquisição de valores eternos no terreno do Espírito.
É assim que, em matéria de paciência, se a paciência nos foge, urge reconhecer que, perante as
circunstâncias mais constrangedoras da vida, estamos todos nós, no justo momento de conquistá-
la.
Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Rumo Certo" - EDIÇÃO FEB
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