O Desafio da autotransformação
Vamos relaxando, se acomodando confortavelmente em seus
lugares. Procure atingir um estado de tranquilidade absoluta. Você está em paz.
Sente-se verdadeiramente feliz onde está.
Nesse instante, procure perceber as energias sublimes que possam emanar
de um homem de bem. Aquele homem verdadeiramente modificado em seus
pensamentos, em seus sentimentos, em suas atitudes.
Com os olhos da alma, veja o local que escolhestes para
estar nesse momento de Desafio.
Sim, porque tornar-se um homem de bem é o maior de todos os
desafios que um ser encarnado ou desencarnado possa enfrentar em sua caminhada
espiritual.
Apenas contemple o todo numa sintonia de perfeita harmonia
sinta o seu Anjo Guardião fortalecendo ao seu lado essa escolha de tornar-se um
homem de bem, um ser amado, acolhido pela Espiritualidade dessa Casa. Sintam-se
amados por Deus, e conserve nas suas impressões perispituais, as agradáveis
sensações de felicidade. Ser feliz é o destino de todos nós, só precisamos
descobrir como.
Meus amigos,
No
Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, no Capítulo V – Bem Aventurados
os Aflitos, item 20 - A Felicidade não é desse mundo vem nos dizer que:
“20.
Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! Exclama geralmente o homem
em todas as posições sociais. Isso meus caros filhos, prova melhor do que todos
os raciocínios possíveis a verdade desta máxima do Eclesiastes: “A felicidade
não é desse mundo.” Com efeito nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a
juventude florescente, são as condições essenciais da felicidade; digo mais:
nem mesmo a reunião dessas três condições tão desejadas, uma vez que se ouvem
sem cessar, no meio das classes mais privilegiadas, pessoas de todas as idades
se lamentarem amargamente da sua condição de ser.”
É grande a satisfação de saber
que não estamos sós na busca pela reforma íntima. Precisamos refletir sobre a
possibilidade de sermos felizes e não mais nos sentirmos excluídos dessa
suposta felicidade a que tanto nós, seres humanos buscamos.
Compreendendo o que Allan
Kardec afirma em O Livro dos Espíritos, de que “A Felicidade não é desse
mundo.”, venho propor a vocês, uma reflexão sobre diversos pontos ou aspectos
que quando conquistamos nesta vida, passamos a considerar a possibilidade de sermos
felizes.
Compreender o porquê de nossas
atitudes é fundamental para que possamos lograr êxito no processo de
autotransformação a que nos propusermos realizar. Somente assim, o homem será
capaz de resolver seus conflitos íntimos e conseguir manter uma relação de
compreensão mútua com o seu próximo. Eis o caminho para a tal felicidade.
A proposta educativa do
Espiritismo Consolador é a melhoria espiritual pela reforma íntima. Para tanto,
é preciso libertar sua consciência dos grilhões do ego, frente à sua
consciência.
Reformar-se intimamente, dá
lugar ao homem de bem que se predispõe a mudar em benefício de um bem maior,
que é a sua própria evolução espiritual. Pois, somente após tornar-se melhor,
pode-se estabelecer com o próximo um vínculo fraternal e amigo, fortalecendo os
laços de amor ao próximo. Para isso, é preciso devoção em tempo integral aos
deveres que a espiritualização lhes impõe, condicionando-lhe a sentimentos e
atitudes nobres.
Esse livro propõe o desafio do
encontro consigo mesmo, através do despertar de sua consciência e maturidade,
por meio da autoanálise e autocrítica associadas ao uso de seu livre-arbítrio.
Pois, é através dos sentimentos, das emoções associadas à razão que refletimos
as consequências de nossas escolhas na vida.
A percepção da dor como meio
de evolução nos abre os olhos às nossas imperfeições morais, na prática da
convivência com o próximo, levando-se em consideração, o mundo material em que
vivemos, o projeto de vida que traçamos como meta, a relação entre aquilo que se
diz e aquilo que realmente sentimos, o compromisso assumido enquanto espíritos
que somos, para daí enfrentarmos nosso reflexo, nosso verdadeiro eu,
compreendendo a importância do esquecimento de vidas passadas e a necessidade
da transformação moral que exige de nós
um esforço pessoal em educarmos nossos sentimentos, nossas emoções, analisarmos
o sentimento de culpa, o melindre a angústia, enfim, tudo aquilo que estiver em
nossas emoções na condição de imperfeições a serem modificadas, diante nessa
nova fase em que o Planeta Terra entra num movimento de Regeneração, deixando
aos poucos de ser um Planeta de Provas e Expiações.
É certo que essa mudança se
fará ao longo de algumas longas décadas, mas estejamos certos de que a
Regeneração começa individualmente, em cada um de nós, através do movimento de
autotransformação e reforma íntima. Portanto, a palavra de ordem é cuidar de si
inicialmente, para dar conta de si mesmo nesse processo de mudança e já estará
fazendo a sua parte.
A autotransformação é parte fundamental
e elementar na conquista da felicidade a qual poderás gozar ainda aqui na
Terra. Sem essa mudança de atitude não podemos chegar a Deus! Portanto meus
amigos, paremos de nos lamentar e levantemo-nos a trabalhar as nossas
imperfeições para que sejamos felizes.
E em meio a essa possibilidade de sermos felizes ainda
nesta vida, venho lhes trazer um desafio.
Diante desse desafio, Kardec , em O Evangelho Segundo o
Espiritismo, Capítulo XVII – Sede Perfeitos, item O homem de bem vem nos
convidar a ser esse HOMEM DE BEM definindo-o
assim:
“3. O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei da justiça, de
amor e de caridade em sua maior pureza. Se interroga a consciência sobre seus
próprios atos, pergunta a si mesmo se não violou essa lei; se não fez o mal e
se fez todo o bem que podia; se negligenciou voluntariamente uma ocasião de ser
útil; se ninguém tem o que reclamar dele; enfim, se fez a outrem tudo o que
quereria que se fizesse para com ele.”
Mas como encarar esse Desafio?
Amigos encarnados e desencarnados aqui presentes,
A busca do autoconhecimento
tem como maior desafio o encontro consigo mesmo. A esse encontro se atribui o
pesado desafio de estar frente a frente com o seu eu verdadeiro, o seu eu
espiritual, a essência de seu espírito.
Diante da realidade do ser, em
busca de autotransformar-se, certamente surgirão as grandes dificuldades,
expressivos obstáculos que se expressarão através das dores do ser em evolução.
Por esta razão, é preciso desenvolver a capacidade de lidar com as forças
contrárias ao processo de transformação para que prevaleça a busca da melhoria
individual sem que este, precise se culpar, menos ainda se martirizar pelos
seus conflitos, entre o que se deseja como ideal, e o que se faz na prática, em
suas atitudes. Torna-se portanto, indispensável que se tome o cuidado de aliar
a teoria à prática, isto é, aquilo que se diz àquilo que se faz.
É preciso construir o bem
internamente, de dentro para fora, o bem a si e aos outros; além de educar no
propósito do bem é preciso trabalhar em cada ser, as virtudes do homem de bem,
e do amor ao próximo.
É indispensável que se
interrogue a sua consciência para através da análise de suas atitudes poder
identificar se estás no caminho de se tornar um verdadeiro homem de bem. Aquele
que cumpre as Leis Morais numa conduta ética consigo e com o seu próximo,
amando a Deus acima de tudo e de todos, e a próximo como a si mesmo. Aquele que
segue o caminho da justiça e verdade, ainda que contrarie aos seus interesses
pessoais, caminha na direção desse grande desafio que é tornar-se um homem de
bem.
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