segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O Desafio da autotransformação - Série Meditação - Vídeo 16 - por Alessandra Uzêda



O Desafio da autotransformação

Vamos relaxando, se acomodando confortavelmente em seus lugares. Procure atingir um estado de tranquilidade absoluta. Você está em paz. Sente-se verdadeiramente feliz onde está.  Nesse instante, procure perceber as energias sublimes que possam emanar de um homem de bem. Aquele homem verdadeiramente modificado em seus pensamentos, em seus sentimentos, em suas atitudes.

Com os olhos da alma, veja o local que escolhestes para estar nesse momento de Desafio.

Sim, porque tornar-se um homem de bem é o maior de todos os desafios que um ser encarnado ou desencarnado possa enfrentar em sua caminhada espiritual.

Apenas contemple o todo numa sintonia de perfeita harmonia sinta o seu Anjo Guardião fortalecendo ao seu lado essa escolha de tornar-se um homem de bem, um ser amado, acolhido pela Espiritualidade dessa Casa. Sintam-se amados por Deus, e conserve nas suas impressões perispituais, as agradáveis sensações de felicidade. Ser feliz é o destino de todos nós, só precisamos descobrir como.

Meus amigos,
No Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, no Capítulo V – Bem Aventurados os Aflitos, item 20 - A Felicidade não é desse mundo vem nos dizer que:

“20. Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! Exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. Isso meus caros filhos, prova melhor do que todos os raciocínios possíveis a verdade desta máxima do Eclesiastes: “A felicidade não é desse mundo.” Com efeito nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude florescente, são as condições essenciais da felicidade; digo mais: nem mesmo a reunião dessas três condições tão desejadas, uma vez que se ouvem sem cessar, no meio das classes mais privilegiadas, pessoas de todas as idades se lamentarem amargamente da sua condição de ser.”

É grande a satisfação de saber que não estamos sós na busca pela reforma íntima. Precisamos refletir sobre a possibilidade de sermos felizes e não mais nos sentirmos excluídos dessa suposta felicidade a que tanto nós, seres humanos buscamos.
Compreendendo o que Allan Kardec afirma em O Livro dos Espíritos, de que “A Felicidade não é desse mundo.”, venho propor a vocês, uma reflexão sobre diversos pontos ou aspectos que quando conquistamos nesta vida, passamos a considerar a possibilidade de sermos felizes.

Compreender o porquê de nossas atitudes é fundamental para que possamos lograr êxito no processo de autotransformação a que nos propusermos realizar. Somente assim, o homem será capaz de resolver seus conflitos íntimos e conseguir manter uma relação de compreensão mútua com o seu próximo. Eis o caminho para a tal felicidade.

A proposta educativa do Espiritismo Consolador é a melhoria espiritual pela reforma íntima. Para tanto, é preciso libertar sua consciência dos grilhões do ego, frente à sua consciência.

Reformar-se intimamente, dá lugar ao homem de bem que se predispõe a mudar em benefício de um bem maior, que é a sua própria evolução espiritual. Pois, somente após tornar-se melhor, pode-se estabelecer com o próximo um vínculo fraternal e amigo, fortalecendo os laços de amor ao próximo. Para isso, é preciso devoção em tempo integral aos deveres que a espiritualização lhes impõe, condicionando-lhe a sentimentos e atitudes nobres.

Esse livro propõe o desafio do encontro consigo mesmo, através do despertar de sua consciência e maturidade, por meio da autoanálise e autocrítica associadas ao uso de seu livre-arbítrio. Pois, é através dos sentimentos, das emoções associadas à razão que refletimos as consequências de nossas escolhas na vida.

A percepção da dor como meio de evolução nos abre os olhos às nossas imperfeições morais, na prática da convivência com o próximo, levando-se em consideração, o mundo material em que vivemos, o projeto de vida que traçamos como meta, a relação entre aquilo que se diz e aquilo que realmente sentimos, o compromisso assumido enquanto espíritos que somos, para daí enfrentarmos nosso reflexo, nosso verdadeiro eu, compreendendo a importância do esquecimento de vidas passadas e a necessidade da transformação moral  que exige de nós um esforço pessoal em educarmos nossos sentimentos, nossas emoções, analisarmos o sentimento de culpa, o melindre a angústia, enfim, tudo aquilo que estiver em nossas emoções na condição de imperfeições a serem modificadas, diante nessa nova fase em que o Planeta Terra entra num movimento de Regeneração, deixando aos poucos de ser um Planeta de Provas e Expiações.

É certo que essa mudança se fará ao longo de algumas longas décadas, mas estejamos certos de que a Regeneração começa individualmente, em cada um de nós, através do movimento de autotransformação e reforma íntima. Portanto, a palavra de ordem é cuidar de si inicialmente, para dar conta de si mesmo nesse processo de mudança e já estará fazendo a sua parte.

A autotransformação é parte fundamental e elementar na conquista da felicidade a qual poderás gozar ainda aqui na Terra. Sem essa mudança de atitude não podemos chegar a Deus! Portanto meus amigos, paremos de nos lamentar e levantemo-nos a trabalhar as nossas imperfeições para que sejamos felizes.

E em meio a essa possibilidade de sermos felizes ainda nesta vida, venho lhes trazer um desafio.

Diante desse desafio, Kardec , em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XVII – Sede Perfeitos, item O homem de bem vem nos convidar a ser esse HOMEM DE BEM definindo-o assim:

“3. O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei da justiça, de amor e de caridade em sua maior pureza. Se interroga a consciência sobre seus próprios atos, pergunta a si mesmo se não violou essa lei; se não fez o mal e se fez todo o bem que podia; se negligenciou voluntariamente uma ocasião de ser útil; se ninguém tem o que reclamar dele; enfim, se fez a outrem tudo o que quereria que se fizesse para com ele.”
Mas como encarar esse Desafio?

Amigos encarnados e desencarnados aqui presentes,

A busca do autoconhecimento tem como maior desafio o encontro consigo mesmo. A esse encontro se atribui o pesado desafio de estar frente a frente com o seu eu verdadeiro, o seu eu espiritual, a essência de seu espírito.

Diante da realidade do ser, em busca de autotransformar-se, certamente surgirão as grandes dificuldades, expressivos obstáculos que se expressarão através das dores do ser em evolução. Por esta razão, é preciso desenvolver a capacidade de lidar com as forças contrárias ao processo de transformação para que prevaleça a busca da melhoria individual sem que este, precise se culpar, menos ainda se martirizar pelos seus conflitos, entre o que se deseja como ideal, e o que se faz na prática, em suas atitudes. Torna-se portanto, indispensável que se tome o cuidado de aliar a teoria à prática, isto é, aquilo que se diz àquilo que se faz.

É preciso construir o bem internamente, de dentro para fora, o bem a si e aos outros; além de educar no propósito do bem é preciso trabalhar em cada ser, as virtudes do homem de bem, e do amor ao próximo.

É indispensável que se interrogue a sua consciência para através da análise de suas atitudes poder identificar se estás no caminho de se tornar um verdadeiro homem de bem. Aquele que cumpre as Leis Morais numa conduta ética consigo e com o seu próximo, amando a Deus acima de tudo e de todos, e a próximo como a si mesmo. Aquele que segue o caminho da justiça e verdade, ainda que contrarie aos seus interesses pessoais, caminha na direção desse grande desafio que é tornar-se um homem de bem.


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