Que a paz esteja em todos os corações, queridos filhos.
Observando o empenho de cada um na obra de todos nós, aqui
estamos para congratular-nos com vossos esforços uma vez que, graças a eles, a
eficiência dos atendimentos espirituais está ganhando em qualidade, o que fazia
necessário há muito tempo.
As horas difíceis se multiplicam a cada dia, no horizonte das
criaturas que dormem.
Quando aconselhou ao homem convocado ao anúncio do Reino de Deus
que deixasse aos mortos que lhe sepultassem o corpo do seu pai falecido, Jesus
concitava-nos ao pensamento claro sobre a condição de mortos-vivos apresentada
pela imensa maioria dos irmãos que estão ocupando corpos carnais neste momento,
na Terra.
Não dispostos a despertar ao som dos clarins generosos que
convocam o idealismo ao serviço do Bem, os mortos-vivos estarão sendo chamados
à vida, à consciência, à lucidez, por meios diversos, mas igualmente dolorosos.
A falta de base firme,
de alicerce na rocha, no entanto, fará com que esses imaturos seres,
frequentadores de religiões e cerimônias, não saibam como agir diante das
agonias que terão de enfrentar.
Por esse motivo, queridos filhos, é que estamos aqui. É
necessário estarmos alertas e vigilantes para que as angústias alheias não
sejam assumidas como angustias próprias. São convocados a servir como enfermeiros
junto à chusma dos doentes, lembrando-se de que precisam manter o cuidado ara
não se contaminarem com a epidemia.
E entre os homens haverá de se alastrar a do medo, a da
revolta, a da agressividade à medida que a dor assumir a tarefa de produzir despertamento
por atacado.
Não serão apenas as crises financeiras, que irão toldar com
seu manto de preocupações e angústias a alma dos indiferentes.
Multiplicar-se-ão as enfermidades físicas, os acidentes geológicos e
atmosféricos, as conflagrações sociais, de forma que a todos estará sendo
avaliada a reação diante dos desafios diversos.
Serão bem-aventurados se guardarem a serenidade nas horas
difíceis e, sem desespero nem entorpecimento, empenharem-se na obra da
Esperança, sinalizando o caminho aos perdidos da rota.
Suas exemplificações serão tesouro no meio da tempestade e,
graças a elas, os que possuam algum entendimento poderão encontrar forças para
não desabarem na angústia coletiva nem se tresloucarem em condutas desesperadas.
Dos dois lados da vida se realiza a grande transformação já
em andamento desde muitos anos, mas que se acelera nestes tempos, porquanto é
necessário que todas as coisas sejam concretizadas.
Este aviso se destina a suas vidas pessoais, igualmente,
porque em seus lares também repercutirão as mazelas que recairão sobre todos.
Nada de privilégios especiais ou proteções injustificáveis, notadamente para
aqueles que já sabem como se proteger.
Não seria lógico que se cuidasse mais do enfermeiro- que já
se qualificou pelo aprendizado da enfermagem – do que do doente que nada
conhece.
É como enfermeiros que estão habilitados na Escola da Vida
todos aqueles, que, como vocês, participam dos banquetes da Verdade do Espírito.
Por isso, saberão velar pela dor alheia sem se olvidarem da higiene espiritual
que os protegerá, da assepsia de pensamentos e sentimentos, da esterilização
das palavras e atitudes para matar todos os germes que os contaminem com o mal.
Quando Noé aceitou construir a arca para salvar do afogamento
os que nela quisessem entrar, assumiu para si próprio um imenso e extenuante
trabalho. No entanto, graças ao devotado ancião, conseguiu ele próprio e sua
família encontrarem a proteção e a segurança que os demais não quiseram, quando
chegou o momento áspero da tormenta fatal.
Assim são os convidados do Senhor. Os próprios trabalhadores
da última hora não estão livres do suor, do cansaço, do desgaste e dos
testemunhos da fé.
No entanto, chegará o momento da serenidade se tiverem
honrado com empenho a Obra de Deus.
Encarnados e desencarnados já estão sendo separados, segundo
suas vibrações específicas, a fim de que a atmosfera humana não fique à mercê
dos ataques da vasta horda da ignorância, que se opõe aos nobres princípios
representados pelo Cordeiro de Deus.
Esforcem-se por entrar na porta estreita e não descansem até
que o consigam. Do lado de forma, posso lhes afirmar, já há prantos e ranger de
dentes.
Que a paz de Jesus vos abasteça em todos os momentos da vida,
sobretudo, na hora difícil dos testemunhos que são o prenúncio da Alvorada da
Esperança.
Boa noite, queridos filhos. Espírito Bezerra de Menezes
Fonte: Herdeiros do
novo mundo, Espírito Lúcius, André Luiz Ruiz.
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