domingo, 25 de março de 2018

NA EDIÇÃO DA FÉ - Espírito Emmanuel

Ninguém edificará o santuário da fé no coração, sem associar-se, com toda alma, ao trabalho, naquilo que o trabalho oferece de belo e de superior dentro da vida. 

Para alcançar, porém, a divina construção não nos bastam os primores intelectuais, a eloquência preciosa, o êxtase contemplativo ou a desenvoltura dos cálculos no campo da inteligência. 

Grandes gênios do raciocínio são, por vezes, demônios da tirania e da morte. 

Admiráveis doutrinadores, em muitas ocasiões, são vitrinas de palavras brilhantes e vazias. 

Muitos adoradores da Divindade, freqüentemente, mergulham-se na preguiça a pretexto de cultuar a Glória Celeste. 

Famosos matemáticos, não raro, são símbolos de sagacidade e exploração inferior. 

Amenos o trabalho que a Eterna Sabedoria nos conferiu, onde nos situamos, afeiçoando-nos à sua execução sempre a mais nobre, cada dia, e seremos premiados pela grande compreensão, matriz e abençoada de toda a confiança, de toda a serenidade e de todo o engrandecimento do espírito.

Para penetrar os segredos da estatuária, o escultor repete os golpes do buril milhões de vezes. 

Para produzir o vaso de que se orgulhará em sua missão bem cumprida, o oleiro demora-se infinitamente ao contato da argila. 

Para expor as peças com que enriquecerá o conforto humano, o carpinteiro, de mil modos, recapitulará o aprimoramento do tronco bruto. 

Não te queixes se a fé ainda te não coroa a razão. 

Consagra-te aos pequeninos sacrifícios, na esfera de tuas diárias obrigações, à frente dos outros, cede de ti mesmo, exercita a bondade, inflama o otimismo por onde passes, planta a gentileza ao redor de teus sonhos, movimenta-te no ideal de sublimação que elegeste para o alvo de teu destino. 

Aprende a repetir para que te aperfeiçoes... Não vale fixar indefinidamente as estrelas, amaldiçoando as trevas que ainda nos cercam. 

Acendamos a vela humilde de nossa boa vontade, no chão de nossa pobreza individual, para que as sombras terrestres diminuam e o esplendor solar sintonizar-se-á com a nossa flama singela. A tomada insignificante é o refletor da usina, quando ligada aos seus poderosos padrões de força. 

Confessemos Jesus em nossos atos de cada hora, renovando-nos com Ele, avançando felizes em seu roteiro de renunciação, auxiliando a todos e servindo cada vez mais, em Seu Nome, e, de inesperado, reconheceremos nossa alma inundada por alegria indizível e por silenciosa luz... 

É que o trabalho de comunhão com o Mestre terá realizado em nós a Sua Obra Gloriosa e a fé perfeita e divina, por tesouro inalienável, brilhará conosco, definitivamente incorporada à nossa vida e ao nosso coração. 

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