Comentando sobre os acontecimentos do mundo, refere-te
habitualmente a eles como se não fosses parte integrante da
comunidade em que vives.
Recriminas as decisões tomadas, qual se as tuas atitudes, de
alguma forma, não as tivessem influenciado.
Criticas as pessoas, imaginando, assim, isentar-te dos
problemas que lhes dizem respeito, esquecendo-te que todos nós,
os espíritos encarnados e desencarnados ainda vinculados à
evolução da Terra, agimos e reagimos, incessantemente, uns sobre
os outros.
Apontas falhas nesse ou naquele setor, fugindo de lhes partilhar
a responsabilidade e ignorando o que tem sido para corrigi-las.
Todavia, ninguém condena os outros sem condenar a si mesmo.
O mundo é o que é porque os homens são o que são. A vida exterior da Humanidade e conseqüência natural da vida
interior de cada um.
Se desejas renovação, renova-te.
Se anseias por justiça, sê justo.
Se aspiras à paz, toma a iniciativa de exemplificá-la.
Não acredites jamais que nada possas fazer.
Muitos dos que hoje são reverenciados como autênticos heróis
e passaram às páginas da história, foram homens anônimos que
souberam superar a própria fragilidade e que se destacaram pelo
esforço que empreenderam.
A omissão voluntária no bem é uma falta grave pela qual, mais
cedo ou mais tarde, todos responderemos.
O enxurro que solapa os alicerces da casa vizinha pode demolir
a tua e a pedra que atiras a esmo, pode cair sobre a tua cabeça.
Não olvides que Jesus, nosso Senhor e Mestre, na tarefa de
redimir o mundo, não hesitou um instante sequer em tomar nos
ombros o madeiro infamante que, em verdade, não Lhe pertencia.
Odilon Fernandes
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