quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Quais os reais MOTIVOS DA OBSESSÃO? - Do Livro dos Médiuns, Allan Kardec

 Quais os reais MOTIVOS DA OBSESSÃO?

245. Os motivos da obsessão variam segundo o caráter do Espírito.
 Às vezes é a prática de uma VINGANÇA contra pessoa que o magoou na sua vida ou numa existência anterior. Freqüentemente é apenas o DESEJO DE FAZER O MAL, pois como sofre, deseja fazer os outros sofrerem, sentido uma espécie de prazer em atormentá-los e humilhá-los. 
A IMPACIÊNCIA DAS VÍTIMAS também influi, porque ele vê atingido o seu objetivo, enquanto a paciência acaba por cansá-lo. Ao se IRRITAR, mostrando-se ZANGADO, a vítima faz precisamente o que ele quer. Esses Espíritos agem às vezes pelo ÓDIO que lhes desperta a INVEJA DO BEM, e é por isso que lançam a sua maldade sobre criaturas honestas.
            Um deles se apegou a uma boa família nossa conhecida, que não teve aliás, a satisfação de enganar. Interrogado sobre o motivo do ataque a essa boa gente, ao invés de apegar-se a homens da sua espécie, respondeu: Esses não me dão inveja.
Outros são levados por simples COVARDIA, aproveitando-se da fraqueza moral de certas pessoas, que sabem incapazes de lhes oferecer resistência. Um destes, que subjugava um rapaz de inteligência muito curta, respondeu-nos sobre o motivo da sua escolha:
      Tenho muita necessidade de atormentar alguém: uma pessoa capaz me repeliria; apego-me a um idiota que não pode resistir.
            246. Há Espíritos obsessores sem maldade, que são até mesmo bons, mas dominados pelo orgulho do falso saber: têm suas ideias, seus sistemas sobre as Ciências, a Economia Social, a Moral, a Religião, a Filosofia. 
Querem impor a sua opinião e para isso procuram médiuns suficientemente crédulos para aceitá-las de olhos fechados, fascinando-os para impedir qualquer discernimento do verdadeiro e do falso.
São os mais perigosos porque não vacilam em sofismar e podem impor as mais ridículas utopias. Conhecendo o prestígio dos nomes famosos não têm escrúpulo em enfeitar-se com eles e nem mesmo recuam ante o sacrilégio de se dizerem Jesus, a Virgem Maria ou um santo venerado.(6)
            Procuram fascinar por uma linguagem empolada, mais pretensiosa do que profunda, cheia de termos técnicos e enfeitada de palavras grandiosas, como Caridade e Moral. Evitam os maus conselhos, porque sabem que seriam repelidos, de maneira que os enganados os defendem sempre, afirmando: Bem vês que nada dizem de mau. Mas a moral é para eles apenas um passaporte, é o de que menos cuidam. O que desejam antes de mais nada é dominar e impor as suas ideias, por mais absurdas que sejam.(7)
            

Nenhum comentário:

Postar um comentário