terça-feira, 21 de abril de 2020

Cap. 7 - Paciência sempre. - Espírito Emmanuel

"Habitualmente, paciência é um artigo que aspiramos a adquirir de exportação alheia, na loja da vida. Para pesquisar, entretanto, a existência desse talento em nós, urge observar as nossas reações no cotidiano. Para isso, não é a manifestação menos desejável do próximo que nos favorecerá o estudo preciso e sim o próprio comportamento analisado por nós mesmos."
- Voltemos o olhar para dentro de si, e através do autoconhecimento, desnudaremos as nossas formas de reagir a determinados eventos, cujas reações, ensejam a virtude da paciência, mas que nem sempre conseguimos corresponder.  A paciência é virtude conquistada a partir da observação de nossas atitudes frente aos embates da vida. Quando pedires paciência a Deus, Ele sempre te oportunizará com a vivência de algo que demande muita paciência de ti, para que você disponibilize esse recurso interno que traz em si. Voltemos o olhar para dentro de nós!

 "* O chefe que se desmandou em gritaria terá encontrado motivos para agir assim, em vista das aflitivas questões que lhe esfogueiam o pensamento."
-Nem sempre a motivação para agredir verbalmente um subordinado, está no próprio subordinado.  Muitas vezes, descarregamos no outro as nossas angústias, as nossas preocupações acabamos por ferir aquele que nada tem a ver com isso, porque o problema e a motivação do conflito, em verdade, está em mim.

"O subordinado que aderiu à rebeldia, entrou, possivelmente, em perturbação, induzido pelas constrangedoras necessidades materiais que lhe corroem o mundo íntimo. O amigo que se aborreceu indebitamente conosco decerto abraçou semelhante procedimento, impulsionado por lamentáveis equívocos."
- As limitações materiais sobre as quais geralmente estamos sujeitos, podem nos conduzir a não aceitação, e portanto, à rebeldia, ampliando o potencial perturbador que essa condição traz. Tentemos manter o equilíbrio para discernir sobre a aceitação de nossa condição, ampliando o olhar para perspectivas de mudanças, de forma racional e planejada, porque na verdade, nada cai do céu. É preciso levantar-se, planejar, traçar metas e executar para galgar dias melhores.

 "O adversário que se fez mais azedo, atirando-nos pesadas injurias, terá descido a crises mortais de ódio, reclamando, por isso, mais ampla dose de compaixão. O companheiro que nos espanca mentalmente com o relho da cólera jaz, sem dúvida, ameaçado de colapso nervoso, exigindo o socorro do silêncio e da oração, a fim de não cair em moléstia mais grave."
- O ódio, a cólera, a revolta são sentimentos autodestrutivos que prejudicam ninguém mais do que a si mesmo, podendo levá-lo a um colapso nervoso, podendo vir a adoecimento grave, quando não fatal, como enfarte e AVC. Aquele para o qual é enviado sentimentos do tipo, deve encontrar o socorro no silêncio e na oração, praticando aí, a verdadeira caridade espiritual, para com o outro.

"O irmão que abraçou aventuras menos felizes, provavelmente haverá resvalado na sombra de perigosa ação obsessiva, cujos meandros de treva não somos ainda capazes de perceber. "
- Aventuras menos felizes enseja vivências ou experiências distantes da proposta da lei de amor, caridade e fraternidade. Esse distanciamento, acaba por abrir um campo energético de baixa vibração, que possibilita sintonizar-te com energias perigosas de ação obsessiva.

"*Paciência é tesouro que acumulamos, migalha a migalha de amor e entendimento, perante os outros; para conquistá-lo, no entanto, é forçoso saibamos justificar com sinceridade a irritação e a hostilidade, sempre que surjam naqueles que nos rodeiam."
- que tenhamos a humildade para reconhecer com franqueza quando agimos com irritação e hostilidade para com o outro, reconhecendo em nós ainda a incapacidade de agir com paciência diante dos desafios.

"Em síntese, se desejamos a própria integração com os ensinamentos do Cristo, é imperioso compreender que todos os irmãos destrambelhados em fadiga ou desfalecentes na prova, ainda inconscientes quanto às próprias responsabilidades, têm talvez razão de perder o próprio equilíbrio, menos nós."
- É chegado o tempo de tornarmos consciente tudo aquilo que ainda está na escuridão do nosso ser, a fim de criarmos recursos favoráveis à nossa transformação pessoal.

Fonte:
Livro: Mãos Unidas. 
Autor: Francisco Cândido Xavier
Autor Espiritual: Emmanuel

Interpretação: Alessandra Uzêda

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