"Equilíbrio: Razão & Emoção" - Série Meditação - Vídeo 19 - por Alessandra Uzêda

Equilíbrio: Emoção & Razão

Vamos fechar os olhos, sentar-se confortavelmente, nos desligar do ambiente externo e nos voltar para dentro de si. Nesse momento, vamos nos ligar a Jesus Cristo em pensamento e sintonia de amor.... Jesus está feliz... sorrindo pra você nessa busca tão importante pela autotransformação. Energia que vibra em nossos corações, de amor... de paz... de equilíbrio...

Diga para si: estou vivendo um grande momento em minha vida. Sinto-me feliz e em paz por estar buscando essa mudança de atitude em minha vida.

Nesse momento, nos deparamos com alguns obstáculos que veem dificultando a minha evolução ao longo de muitos anos.

Esses obstáculos a que estamos nos dispondo a eliminá-lo de nossa caminhada são responsáveis por muitos sofrimentos em nossas vidas, e são em verdade as causas de nossas atuais aflições.

Meus amigos, Deus quer o progresso de todas as suas criaturas; por isso ele não deixa impune nenhum desvio do caminho reto; não há uma só falta, por pequena que seja, uma só infração a sua Lei, que não tenha consequências forçadas e inevitáveis mais ou menos tristes; de onde se segue que, nas pequenas como nas grandes coisas, o homem é sempre punido pelo que pecou. Lembremos sempre que somos os únicos responsáveis pelos nossos sofrimentos.

O sofrimento está presente em todo processo de mudança e autotransformação. Porém, não se deve martirizar-se e, punir-se severamente, pelas suas imperfeições.

Reconhecê-las como imperfeições já é o primeiro passo para a autotransformação. Se predispor a estar de frente com a verdadeira essência de seus sentimentos exige coragem e amor, duas virtudes imprescindíveis nesse processo de mudança interior.

Não se deve sentir-se incapaz de mudar em face aos horrores a que fomos capazes de cometer em outras vidas. O seu sentimento de arrependimento não pode ser traduzido pelo sentimento de inferioridade, pois que se encontra frente ao desafio da transformação interior.

É preciso colocar a condição de inferioridade, de baixa estima, como alavanca propulsora para a evolução do seu ser. Se faz necessário se contrapor à condição de achar que simplesmente é assim, e ter a maturidade para perceber que não há nada que o espírito seja, que não possa ser mudado, melhorado e transformado pelo Amor Divino.

Deus na sua infinita misericórdia, nos perdoa sempre pelos nossos erros, conscientes de que para cada causa sempre haverá um efeito, compreende as nossas imperfeições e as nossas limitações, e ainda, piedosamente nos concede a graça da reencarnação para nos redimir de nossos desacertos, dando-nos ainda o bônus do esquecimento, para que possamos construir um agora diferente, digno moralmente, que irá refletir na formação do futuro de cada um, na escalada espiritual.

É preciso aceitar as nossas condições de seres imperfeitos, em busca do crescimento espiritual, para que, ao tomar consciência dos próprios erros, possa coloca-los no crivo da justiça, que lhe dirá, através de sua consciência, o que há de errado e o que há de certo em suas ações, em suas atitudes.

Ao tomar consciência dos erros cometidos, importante se faz, identificar as razões que o levaram a cometer tais erros. Identificadas as razões, a causa dos erros cometidos, torna-se indispensável refletir sobre as suas consequências, não só para si, sobretudo para com os outros, afim de que possa ainda nesta vida, reparar o mal que lhes tenha feito.

Quando nos conscientizamos da necessidade de melhoria contínua do nosso ser espiritual, desenvolveremos a habilidade de pensar e raciocinar antes de agir. Ao pensar sobre as possíveis consequências de nossas ações, poderemos evitar, através do uso da razão e do bom-senso, contrair antipatias desnecessárias ainda nesta vida, pois que esta atitude de reflexão, lhe dará a moderação necessária para evitar agir em prejuízo de si mesmo, principalmente em relação ao seu próximo, evitando maiores sofrimentos entre aqueles que lhes foram colocados em seu caminho.

Meus amigos, há duas condições necessárias à evolução do espírito com as quais devemos sempre, em qualquer circunstância, buscar o equilíbrio: a emoção e a razão.

  

A emoção está para o temperamento, assim como, a razão está para o raciocínio. O equilíbrio emocional é a válvula propulsora do agir consciente, pois quando estamos em desequilíbrio do ponto de vista emocional, sentimentos afloram como dominadores absolutos de nossas ações.

Infelizmente, geralmente esses sentimentos estão associados às emoções negativas do ódio, da inveja, de ciúmes, da posse, do desejo de vingança, motivos estes que nos levam a agir no calor das emoções sem deixar prevalecer o comando do raciocínio à luz da razão, do bom-senso, enfim, do domínio da razão frente às emoções.

É importante que, ainda nesta vida, trabalhemos cada emoção negativa, que carregamos no íntimo do nosso ser espiritual, e nos colocarmos contra todos e quaisquer males que possamos cometer ocasionados pelo calor dessas emoções. Esse confronto com os nossos verdadeiros sentimentos, ainda que sejam os mais mesquinhos que alguém possa sentir, é um dos passos elementares para a autotransformação.

Enfrentar a si mesmo para que possa lidar melhor com o próximo, numa relação de respeito à individualidade e singularidade de cada ser, a que Deus cuidou de nos dar pelo seu amor, é um ato de coragem!

Não se deve adotar uma atitude primitiva, que poderá leva-lo ao fundo do poço, na condição de ter perdido uma guerra. Trata-se somente de uma batalha, voltada para a autotransformação do ser. É por esta razão que muitos seres humanos se julgam incapazes de se transformarem intimamente, pois que aceitam a condição de “ser assim” ao invés de raciocinar na condição de “estar assim”.

O “ser assim” está na essência do espírito, sobre o qual Deus nos criou igualmente uns para com os outros, para que pudéssemos evoluir em nossa caminhada.

O “estar assim” é a condição que se encontra perante suas escolhas, através do uso do livre-arbítrio, mas que porém, ainda podem ser modificadas de agora em diante, através do equilíbrio emocional e o uso da razão.

Reagir com lamentações aos nossos erros e nos colocarmos na condição de vítimas dos atos exteriores não nos transforma em seres melhores. Essa vitimização pode ser perigosa, pois que abre um canal de acesso às influências de caráter expiatórios e obsessivos, que se não reagir a tempo, irá afundar ainda mais com relação aos propósitos de mudança e autotransformação a que se propõe. Somos vítimas de fato, mas vítimas de nós mesmos, de nossas escolhas.

A vida continua no seu ciclo de oportunidades, nos convidando a agir de maneira inovadora, reconstrutora e salutar. Inovar, reconstruir e vencer cada batalha, a cada dia, a cada passada que damos em nossas vidas, em meio ao equilíbrio entre a emoção e a razão.

Portanto meus amigos, vamos imaginar que todos nós estamos numa mesma condição, para o auto aprendizado e a autotransformação.  Unidos pelos mesmos objetivos de melhorias contínuas agradecemos imensamente ao nosso Anjo Guardião, Mentores Espirituais dessa Casa de Luz, Amigos Protetores, e até mesmo àqueles espíritos que aqui são trazidos na condição de aprendizes como nós. Muito Obrigado! Que ao retornarmos ao ambiente sensório possamos conservar em nossa mente, em nossos corações, as melhores impressões sobre o amor, porque segundo Jesus Cristo, devemos amar a Deus acima de todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo.

E sobre A VINGANÇA...que possamos entender que este sentimento é o último vestígio abandonado pelos costumes bárbaros, que tendem a se apagar do meio dos homens.

E sobre O PERDÃO...que possamos compreender de uma vez por todas que Se perdoardes aos homens as faltas que eles fazem contra vós, vosso Pai Celestial vos perdoará também vossos pecados, mas se não perdoardes aos homens quando eles vos ofendem, vosso Pai, também não vos perdoará os pecados.  

E sobre O ÓDIO...que possamos nos livrar desse sentimento tão cruel que alguém possa sentir, não só porque faz mal ao outro, mas sobretudo pelo mal que causa a quem o sente, pois, conforme relato de Fénelon, Bordéus, 1862, em O E.S.E. disse: é a mais penosa prova, experimentei essa tortura em minha última encanação sobre a Terra; mas Deus lá está, e pune nesta vida e na outra, aqueles que faltam à lei do amor.

Liberte-se da vingança e do ódio e apenas compreenda, perdoe e ame e certamente, estará no caminho em direção à Casa do Pai. Que a paz de Deus esteja com todos!