quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Medo e Insegurança a luz do Espiritismo


Medo e Insegurança

O medo e a insegurança são dois pesos sem medidas para um coração. A balança do equilíbrio emocional que deve estar em pleno vigor de suas ações se descompassa frequentemente quando o medo e a insegurança estão presentes.

Mas, quando podemos perceber a sua presença nas mais simples vivências da vida em si, devemos recorrer a Deus. Deus de amor, Deus acolhedor. Deus que ampara e orienta seus filhos nos caminhos a seguir.

Mas, o fato é que a maioria dos homens não estão abertos ou maduros o suficiente para observar e perceber esses sinais. É quando cai no desespero e acabam por tomar atitudes erradas.

O momento pede de cada um de nós, mais reflexões que antecedem as nossas atitudes. Ao contrário disso, se não se está ligado ao Pai, as reflexões só aparecem após as atitudes erradas cometidas contra si e o seu próximo. Reflete antes de agir porque a angústia do arrependimento fragiliza ainda mais os homens na Terra. Eis o momento no qual os inimigos espirituais se aproximam de ti fortalecendo no seu pensamento a ideia contraria de agir instintivamente.

O mal feito deve ser reparado; a palavra dita não se tira nem se esquece, exceto quando o agredido já atingiu um razoável grau de maturidade e obediência para perdoar o agressor.

Cabe a cada um refletir as atitudes a serem tomadas levando em consideração duas máximas do Cristo: o seu direito termina quando o do outro começa; e, não faças aos outros aquilo que não gostaria que fizessem contigo.

Quando o homem compreender a verdadeira essência das palavras do Cristo, sobretudo em situações de medo e insegurança, passará a refletir as suas atitudes para com o próximo, e por consequência, a ponderar as suas ações, colocando-se no lugar do outro, certamente começará a se auto burilar, a se autotransformar, a educar seus sentimentos pra tomar novas atitudes se instalando aí o processo de reforma íntima tão necessária a essa geração que carrega o fardo das provas, transformando-as em vícios ou virtudes, que recaem sobre o mal ou o bem, respectivamente.

Kardec explica que todas as virtudes dessa geração, estão voltadas para as atividades intelectuais, e que em contrapartida, todos os vícios dessa geração estão fortalecidos pela indiferença moral.

Amigos, abre-se ao entendimento, pois bem aventurados são aqueles que são brandos porque prestarão dócil ouvido aos ensinamentos.

A Doutrina de Jesus, amparada na doçura, exige de nós obediência e resignação. A obediência meus amigos, é o consentimento da razão. Aquele lado da balança que faz você refletir uma conduta ética, moral e de bom senso, para depois agir. É dentro desse consentimento da razão que encontrará a paz interior ao invés do medo e da insegurança.

Já a resignação é o consentimento do coração para agir no caminho do bem e do amor, o que lhe trará o equilíbrio do ouro lado da balança. É sabedoria divina desenvolvermos a consciência e a percepção, a sensibilidade e a amorosidade para que não precisemos levar uma vida de medos e inseguranças a cada prova que nos depararmos como trajetória de evolução de nosso espírito.

Somos chamados a todo instante pelo nosso Anjo Guardião, pelos Espíritos Protetores, Espíritos Amigos, Mentores Espirituais que cuidam de seus trabalhadores na Terra, chamados a refletir nossas ações, nossos pensamentos, a sintonia que estabelecemos com o Alto, com o propósito e a finalidade de não nos desvirtuarmos do nosso planejamento espiritual, a fim de que ainda nesta encarnação possamos dar cumprimento aos nossos propósitos elementares ao nosso desenvolvimento e escalada espiritual.

Portanto meus amigos, quando sentires medo e insegurança, primeiramente aceite que eles existem para lhes fazerem refletir sobre as suas atitudes, sobretudo do ponto de vista moral.

Aceitar que existe o medo e a insegurança, te faz perceber que há uma ameaça iminente mas que necessariamente pode não acontecer, e tudo pode dar certo.

É um momento para analisar a sua conduta e fortalecer a sua fé no Pai que jamais desampara seus filhos, lembrando que a análise de sua conduta deve estar amparada no respeito ao direito do outro e fundamentada no princípio de que deve-se sempre colocar-se no lugar do outro e questionar-se se gostaria que fizessem com você o mesmo.

Não deixe que o medo e a insegurança estagnem, cristalize a sua caminhada. A fé em Deus e a paz interior vão lhes dar a força necessária para continuar a conduzir o leme da embarcação que é você, que é o seu corpo e o seu espírito, e que não terá outro destino senão chegar a Deus.

Meus amigos quero lhes dizer que Deus jamais desampara seus filhos e mais do que isso, o Pai Misericordioso compreende cada fragilidade de um espírito encarnado como vós, e desencarnados como todos que aqui foram chamados.

A compreensão do Pai é de fundamental importância na decisão de permitir a reencarnação num Planeta como a Terra, dando-lhes nova oportunidade de reparar seus vícios e enobrecer suas virtudes.

Se abre ao entendimento dos ensinamentos do Pai e trata de fazer valer a razão de sua encarnação, a fim de que não desperdices como muitos dos desencarnados a fizeram em vida, e que hoje, choram suas amarguras no arrependimento e no sofrimento, porque se não encontrarem o caminho do Pai, permanecerão no medo e na insegurança também na vida espiritual.

Olhai para os céus, e sinta a sintonia que liga ao Pai, convidando-os a experimentar a paz de espírito, o amor e a felicidade ainda nesta vida a fim de que ao regressar À casa do pai, recebas o mérito da missão cumprida.

Que Deus abençoe a cada um de vocês tocando o seu coração de paz!
Vida e Paz!

Por Alessandra Uzêda

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